Love him, but leave him wild.
Harper Lee, To Kill a Mockingbird (via thelovejournals)
◟ ·゚✧ aquele dia era definitivamente o mais difícil do ano, tanto por causa da ressaca incurável que fazia a jornalista grunhir a cada minuto. o pior de tudo era que ainda tinha aula naquele dia, então depois de estar devidamente acordada, ou quase, yerin se pôs a sair do lugar que considerava casa, dez minutos antes da aula começar. nem é preciso dizer que levou um esporro pelo horário, ainda mais porque parou para comer algo no caminho, mas aquilo a deixou com um mau humor dos infernos. no fim de tudo, tinha terminado com uma essay para fazer pro dia seguinte, de mil e quinhentas palavras, sobre o motivo de hospitais serem processados hoje em dia. pelo menos aquilo ela saberia desenvolver. quando passou por um restaurante e sentiu o cheiro de samgyetang, ela decidiu na hora que aquilo seria sua salvação do dia. mas não era apenas ela que estava de ressaca, yerin lembrou-se e pediu que a dona cortasse o frango e dividisse em vinte porções iguais. aquilo a rendeu um olhar atravessado ao qual ela respondeu com um de seus sorrisos habituais, sagaz e sem nenhum pingo de arrependimento, e logo voltou a caminhar para casa. distribuiu cada porção para os amigos, deixando um beijo na testa de soyeon quando entregou a porção dela e saiu atrás de jiwon, o único que não tinha encontrado até agora. —— ❝ jiwonnie, onde você está? ❞ —— yerin se perguntou em voz alta enquanto caminhava até a segunda casa, mas antes de chegar lá, viu uma silhueta no jardim, e voilà. aproximou-se do garoto e acariciou os fios de cabelo do garoto que parecia estar tirando uma soneca ali mesmo. —— ❝ ei bobinho, você pode pegar um resfriado aqui fora. vamos entrar, hm? ❞ —— colocou a sopa na frente dele e ergueu as sobrancelhas, sorrindo para o rosto sonolento que a respondeu. —— ❝ como está sua ressaca? eu trouxe algo que pode ajudar. ❞ —— yerin cutucou a bochecha do garoto para que ele acordasse de vez.
Era mais do que óbvio que Jiwon evitava o interior da casa, principalmente porque depois de vários remédios a dor de cabeça parecia não passar. A maioria dos outros sintomas já havia desaparecido, mas a dor de cabeça não e isso lhe irritava a ponto de querer ficar sozinho. Talvez fosse por isso que estivesse estirado no jardim, cochilando após ter passado longos minutos observando as estrelas e o que conseguia captar da beleza delas. ❝ —— Hm...? ❞ ser acordado não era algo que gostava e até demonstrava isso com a demora para responder ou para abrir os olhos, mas se deu por vencido quando viu que provavelmente a outra pessoa não desistiria. ❝ —— … Não podemos comer aqui, noona? ❞ só então se permitiu sentar sobre o gramado, usando ambas as mãos para esfregar o rosto em uma tentativa inútil de despertar de vez antes de encarar a mulher. Mais segundos do que estava acostumado eram necessários para formular uma resposta, qualquer uma. Pensar com dor era horrível. ❝ —— Que horas são? Achei que ainda tivesse na universidade.❞
♥: YOUR MUSE CRYING ABOUT SOMETHING
Tudo o que Jiwon queria e precisava naquele momento era fugir. Dos olhares, das conversas, das risadas, das pessoas. Queria passar o dia sozinho porque não iria conseguir fingir que nada estava acontecendo. Aquela sensação ruim vinha todos os anos, naquele mesmo dia, e era forte o suficiente para que Jiwon não lutasse contra ela. Se manter forte ou ao menos parecer forte era algo que fazia todos os dias, então naquele em especial se permitia explodir e simplesmente sentir. Chorava, em silêncio, tentando buscar na mente algo de tão ruim que tenha feito que explicasse o motivo por estar sendo tão castigado pelo que ou quem quer que fosse. Destino? Deus? A vida? Não importava, só sabia que era cruel. Ouvir a porta do seu atual esconderijo se abrir não foi o suficiente para que Jiwon se interessasse em saber quem havia entrado ali, na verdade, o rapaz sequer se movia porque estava ocupado demais preso em um transe só seu. Apenas quando sentiu a tal presença se aproximar que levou uma das mãos, rapidamente, até os olhos e o nariz na intenção de utilizar o breu do quarto para fingir que nada estava acontecendo. Inútil, o tom de voz rouco, quase desaparecendo, denunciava o quanto chorava. Se sentia patético, mas não esperou o homem mais velho lhe questionar para dizer o que estava pensando porque, felizmente, a relação de ambos se baseava em confiança. ❝ —— Não consigo. ❞ fungou, deixando uma risada forçada escapar dos lábios enquanto permitia que o olhar embaçado voltasse para as mãos machucadas de tanto socar a parede mais próxima. Já não sentia dor, apenas o oxigênio que parecia queimar os pulmões a cada segundo que respirava.❝ —— Não dá pra ignorar que hoje seria o aniversário dela. Como eu me acostumo com isso agora? Antes só precisava ir até a casa dos pais dela entregar o presente e ver aquele sorriso, agora eu vou ver um túmulo e é isso? Acabou? ❞ apoiou o cotovelo em um dos joelhos, permitindo que a mão tocasse a boca por alguns segundos apenas para que pudesse manter aquele silêncio torturante por mais tempo. Odiava se questionar quando aquele era o assunto, odiava não ter uma resposta, odiava sentir que poderia ter feito mais e, mais ainda, odiava desejar ter estado naquele carro.❝ —— Eu não quero sair daqui. Tenho a impressão de que vou ligar a televisão e vou ver noticiarem a morte dela... ❞ pela primeira vez, permitiu que o olhar procurasse o do outro rapaz. Não fingia não chorar porque àquela altura seria perda de tempo, mas precisava falar em voz alta porque manter preso na garganta lhe sufocava. Engoliu a seco, em um suspiro fundo, e só então continuou contra a própria vontade.❝ —— ... Se isso acontecer, de novo, vou ter que encarar dessa vez e aceitar que ela morreu. E eu não consigo. ❞
trigger warnings apply!
been cheated on | been bullied | told a horrible lie | stolen something of value | overdosed on drugs | been drunk | passed out | cheated | bullied | !!! punched someone in the face !!! | been beaten up | broken a bone | been admitted to hospital | had a near-death experience | been drugged | done drugs | smoked | kissed someone you weren’t attracted to | bled severely | killed someone | had an attempt on your life | made an attempt on your own life | lost someone | loved someone | gone without food for over three days | gone without sleep for over three days | been tortured | been slapped by a parent | been abused by someone who should have loved you | had a panic attack | been in a car accident | had sex | had sex with a stranger | been raped | felt raped | passed out from pain | cried yourself to sleep | spent a whole day in bed | hurt yourself | taken your anger out on yourself | taken your anger out on someone you love | been used | used | been terrified | played a cruel game on someone | been dominant | been submissive | been forced to smile | been misgendered | felt too many things at once | laughed when you felt like crying.
@1198-minseok made this heart shake and earned one starter!!
A cara amarrada que Jiwon trazia consigo tinha nome: ressaca. Os olhos estavam ainda mais sensíveis a luz, a cabeça doía, sentia sede de dois em dois minutos e, de quebra, seu corpo estava dolorido por ter dormido em um sofá que comparado ao seu tamanho era minúsculo. ❝ —— Hyung, eu-- Argh. Luz. ❞ até se aproximou para falar com Minseok, mas notar a janela aberta e a luz do sol praticamente queimar os olhos, fez com que dois passos fossem dados para trás e precisasse puxar o capuz do moletom para se cobrir mais do que já estava coberto. ❝ —— Tô sentindo como se eu fosse roubar um banco, ou como se eu estivesse me transformando em um vampiro. Tá foda. ❞ reclamou mais sozinho do que para o outro, semicerrando então os olhos para que pudesse falar o que queria ao procurá-lo sem que incomodasse tanto para isso. ❝ —— Tem algum remédio pra dor aí? Pode ser qualquer um, tudo dói mesmo. ❞ a primeira reação de Jiwon seria chutar alguma coisa, mas após procurar algo por alguns segundos, desistiu em um crispar de lábios. Sem chute, menos uma parte do corpo dolorida, afinal.
O canto dos lábios carnudos se repuxou em um sorriso quase maldoso, e logo os dedos suspenderam a armação dos óculos redondos. Discretamente, tomou mais um gole de soju, deixando por sua vez, a garrafa vazia ao seu lado. ‘ Bom, você acha que se eu tivesse dinheiro pra gastar eu gastaria colocando ele em cuecas ? ‘ arqueou uma sobrancelha, curiosa com o que ele diria a respeito. Ria divertida porque era no mínimo incomum se imaginar indo em bares, mais ainda algum que tivesse garotos semi-nus fazendo danças indecentes. Nem iria conseguir passar da porta graças a sua altura a as feições de uma garota de quinze anos. Mas mesmo assim, se pegou pensando na hipótese. ‘ Okay, talvez eu fizesse isso por você. Mas só porque eu ficaria com pena de um pobre garoto dançando em um pole dance humano. ‘ abrira um largo sorriso que, abruptamente, sumiu por completo após ser questionada sobre o maldito beijo. As bochechas ficaram vermelhas em ímpeto, e para disfarçar, Song forçou uma tosse. ‘ Foi pior. Agora eu preciso beber, preciso beber muito e fazer outra loucura pra vê se alguém esquece a primeira. Quer me ajudar ? Te pago um café. ‘
O olhar de Joohee, de quem esperava mesmo uma resposta para a pergunta, fez com que Jiwon risse quase que em automático ainda que distraído porque estava ocupado demais tentando pegar a garrafa de bebida - que inclusive conseguiu alguns segundos depois, fazendo com que quase caísse em cima de si. Ser um bêbado desastrado era uma desgraça e tinha noção completa disso, mas felizmente ainda tinha os reflexos sãos o suficiente para recuperar a garrafa com uma das mãos. Havia feito sem querer, mas nem por isso deixou de brincar e fingir que havia feito de propósito. ❝ —— Ou dançarino ou malabarista, a lista de trabalhos só aumenta. ❞ ergueu a embalagem que segurava como se brindasse e então deu um bom gole na bebida, permitindo que a ponta da língua umedecesse os lábios logo depois. ❝ —— Mas respondendo a sua pergunta... Não sei bem, vai que gosta em segredo. Mesmo que você pareça um bebê, aprendi cedo que as aparências enganam. ❞ se o rapaz já tinha o riso solto quando decidia brincar, com um tanto de álcool no sangue a risada que seguiu o que ouvia nem era uma surpresa, mas talvez a expressão que se formou pelo rosto sim. ❝ —— Pena? Ah, para! Fala isso porque nunca viu minhas habilidades com o quadril. ❞ a piscadela veio enquanto tentava ficar sério mesmo que acabasse desistindo e sorrindo logo depois, principalmente ao perceber o desconforto que ela demonstrava quando o beijo era citado. O local estava escuro, mas graças a iluminação precária do local, conseguia perceber o avermelhar das maçãs do rosto. ❝ —— Loucura é comigo mesmo. Estou ao seu dispor, mademoiselle. ❞
❝— Uma garrafa de C1 Blue Soju? Ou um pouco mais que isso?❞ tentou lembrar a quantidade de álcool que tinha ingerido, olhando para cima. Pensava ter comprado o soju característico de Busan com maior teor alcóolico, mas não fazia ideia se isso era de fato verdade ou se estava criando isso na própria mente, visto que a ideia não ficava clara em sua cabeça. Por algum motivo ficou absorta o suficiente em seus pensamentos sobre a bebida para não perceber que estava em posição de dança de salão até sentir seu corpo ser levemente puxado pelo mais velho. Voltou a atenção a tempo de não perder o equilíbrio e, de quebra, conseguir escutar a última sentença de outrem. Começou a dançar sem estar certa se estava fazendo direito ou não, apenas seguindo a guia de Jiwon. ❝— Eu não sei fazer na-…❞ Teve que interromper sua fala, pois não queria soar auto-depreciativa. Talvez no dia-a-dia acabasse soltando algo daquele tipo, mas não era esse o seu perfil enquanto alcoolizada. ❝— Hmm, digo, eu não sei dançar então eu não tenho nada para mostrar.❞
Havia sido uma pergunta que não precisava de resposta, mas acabou rindo ao perceber que ela se esforçava para pensar em alguma coisa. Não atrapalhou o pensamento, apenas porque estava concentrado demais juntando toda a coordenação motora que sabia que tinha enquanto estava completamente sóbrio porque não queria pisar nos pés dela conforme se movia. ❝ —— Dança lenta não deve ser tão difícil. ❞ as palavras foram bem colocadas. “Não deve”. Jiwon também não fazia ideia de como dançar aquilo, mas poderiam aprender juntos, por que não? Então, em um suspiro, tentou buscar na mente alguma coisa que pudesse guiar seus passos e acabar guiando os dela também. ❝ —— Só não vamos fazer aquele lance de rodar porque não queremos vomitar, certo? Certo. ❞ seguia o básico que sempre diziam na hora de dançar: um passo pra cá e um pra lá, por vezes até intercalava os movimentos com um passo para trás e um para frente porque lhe era mais divertido assim. ❝ —— Olha só, parece que alguém leva jeito pra isso. ❞
O que, você tá brincando, certo? Ele lembra?! Ok, é isso, eu nunca mais passo na frente daquela escola, vou ter que mudar a rota pra ir pro estágio, na verdade, vou mudar de estágio. Será que ainda rola tempo de mudar de curso?
❝ Achou que tinha esquecido? Que ingênuo. Acha que eu sei os detalhes como? Ele que me contou com a cara mais vermelha impossível. Parece até uma versão mais velha de você. E que vai mudar o que, tem que continuar indo pelo mesmo caminho, como vou olhar pra cara dele e rir se a gente não se bater mais? ❞
[text]: why do i have a stop sign in my living room?
〔 ✉ ⇆‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕não é óbvio?
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 droga, achei que ia ficar na cara.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 mas eu explico, sou uma pessoa boa.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 é o meu jeito carinhoso de dizer algo como…
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 PARA DE SE ESFORÇAR TANTO, POR OBSÉQUIO.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 DAQUI A POUCO VOCÊ TÁ PARECENDO UM ZUMBI.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 EU NEM ENTENDO MAIS O QUE VOCÊ DIZ.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 NÃO PARECE NEM COREANO.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 A NÃO SER QUE FALE JAVANÊS = HORA DE DESCANSAR.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 é isso, noona. 🖤
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 boa noite aí pra você.
〔 ✉ ⇆ ‘ 거의 어머니 💐 ’ 〕 cuida bem da placa porque nem foi fácil arrumar ela.
❝ rows of houses sound asleep, only s t r e e t lights notice me. i am desperate if nothing else in a holding pattern to find m y s e l f. i talk in circles, i watch for signals for a clue. how to feel different? how to feel new? like s c i e n c e fiction bending truth, no one can u n r i n g this bell. u n s o u n d this alarm, unbreak my heart new. god knows, i am d i s s o n a n c e. waiting to be swiftly pulled into tune, i’ll go a n y w h e r e you want. ❞
kim jiwon, xx, music shop attendant & dog f*ckin' lover. help me polarize, help me down those stairs is where i'll be h i d i n g all my problems. help me polarize, help me out. my friends and i, we got a lot of problems. you know where i'm coming from though ( i a m r u n n i n g ) to you all i feel is deny.
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