Você sempre molhou somente os pés na água da praia, ao passo que eu mergulhava fundo e sentia o sal da água arder os olhos, mas eu mergulhava, mergulhava por alguém que preferiu molhar só as pontas dos dedos.
// Ryan Lucas
Damon 🥺
I will take care of you...
Tenho guardado você em algumas partes de mim. Aquelas partes que amou tanto lhe conhecer e caminhar diante aos teus passos. Te acompanhei paciente por essa estrada da vida. Mas não sei em qual quarteirão eu te perdi de vista. Mas você ainda me faz companhia. Ô meu querido antigo amor, como valeu a pena ter caminhado contigo. Mas te ver ir, me custou muito. As noites parece-me um pouco mais escuras. O frio que me pega desprevenido, também me parece mais gelado. Há um silêncio gritante, que no meio da noite, ouço teus passos em direção a porta. Ô querido antigo amor, que me visita nos dias solitários. Tento lhe alcançar por meio desses entulhos, mas você não me ouve mais, e nem sente o meu toque. O tempo te levou pra longe, mas juro não esquecer-te. Porém, as preciosas promessas já morreram de fome. Ô querido antigo amor, ficamos pelo caminho. Um amor que foi pouco ouvido. Um amor que foi paciente até aonde pôde. Que gritou nas madrugadas, mas se calou ao amanhecer. E hoje, só resta às manhãs cinzas. Ô querido amor antigo, vou deixando de existir aos poucos, mas ainda aguardo tua visita. Guardo a saudade, para que enfim, um dia pudermos matar. Ou enfim, partir com ela, e com tudo que nos restou. As memórias respiram em mim, ô querido antigo amor, todas essas ruas tem seu nome. Ô querido amor antigo, eu deveria ter cedido mais. Ter lutado mais. Porém, a nossa guerra acabou. Ô querido antigo amor, recolho nossos planos desprezados, te amei até não sobrar nada de você em mim, mas há partes de você pra todo lado, e eu sempre me esbarro em tudo. Então você vive de novo.
Foi assim que joguei fora duas amizades do ensino fundamental e agora não tenho amigas 🤝🏼
Lonesome
Inundada pela solidão,
a mesma dos meus 6 anos, dos 10, dos 16. . .
nunca muda, de repente sinto-me estática no mesmo lugar em que um dia tomei consciência deste ser e do espaço entre mim e qualquer coisa, presa em um estado mental que ninguém compreende,
nem eu,
longe, tão longe de ser alcançada,
afogando na distância desse vazio em meu coração
perdida nessa solidão que nunca se esvai, que me mantém em um quarto isolado aqui dentro, independente do que acontece lá fora, ora proteção, ora aniquilação,
sempre aqui esse vazio,
sempre aqui essa velha e pesada solidão.