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— Você mentiu para mim. — Percy disse baixinho e rouco no ouvido de Nico, para que somente ele pudesse ouvir. Eles estavam no banheiro de deficientes do 12° andar, lugar que geralmente era vazio. Nico não sabia o que tinha dado nele, meses de provocação que não passavam de uma inocente brincadeira tinham enfim resultado na imagem de suas fantasias mais sujas; abrir as pernas e deixar que seu chefe o fodesse gostoso e fundo em um lugar público onde qualquer um poderia escutar do lado de fora.
Percy puxou sua cabeça para trás e agarrou em seus cabelos negros com força, o fazendo abrir as pernas e sentar em seu colo, se afundando contra Percy e ouvindo a privada ranger. Nico pôde sentir o momento que Percy o segurou firme pela cintura e ambos já sem as roupas de baixo, deslizou para dentro dele com dificuldade e com um grunhido de prazer, deixando que a gravidade o puxasse para baixa naquela tortura tão prazerosa.
— Ah! Eu não m—menti... eu n—não... hmmmm... — Nico gemeu, se sentindo amolecer nos braços fortes de Percy. Eles tinham feito um trabalho bem rápido, com apenas um pouco de lubrificante e força bruta, agora a dor se misturava com o prazer, fazendo seu interior se abrir por conta própria.
Percy fincou os dedos em sua pele e forçou os últimos centímetros para dentro, rebolando dentro dele com aqueles pequenos empurrões, para dentro e para fora, controlando Nico como se ele pesasse menos do que uma pluma.
— Por favor! — Nico implorou, perdido nas mãos de Percy em seu corpo e no membro que criava novos caminhos dentro dele.
— Você tem certeza? — Percy abriu mais as pernas de Nico e o penetrou mais a fundo, Nico choramingou, se contorcendo todo. — Aposto que você ainda vai pra escola. Você é daqueles que finge namorar garotas, mas quando ninguém vê deixa homens como eu te fuder, hmm? Você não tem vinte anos. Você não tem graduação em publicidade. Você é um virgem, o virgem mais apertado que eu já tive o prazer de ter. O mais jovem, também.
Percy deslizou os dedos pelas pequenas bolas de Nico e as apertou, os escorregando para baixo, circulando a entrada molhada e enfiando um dedo junto com seu membro, o alargando ainda mais.
— É isso que você queria, não era? Um homem grande com pau enorme te fazendo sentir o que aquelas menininhas não podem?
— C—como...! — Nico guinchou novamente, seu membro se contorcendo todo sem nem ser tocado.
— Como eu sei disso? É tão óbvio, está estampado no seu rosto. E no seu documento de identidade, também. Não sei como não pensei em verificar mais cedo.
— Então, porque...? Por favor, eu preciso... hmmmm...
— Isso. Assim. Bem melhor, você não acha?
Nico não conseguia responder. Ou pensar. Percy havia largado de suas pernas e tocado em seu membro, o segurando levemente, mal o tocando; o havia feito empinar mais a bunda e finalmente encontrado o ponto que fez sua visão escurecer por momento.
Oh.
— Shhhh... eu sei o que você está pensando. É errado e blá blá blá. Você acha que eu não sei? Eu tenho uma família, sabe? Uma linda garotinha de cinco anos e uma mulher estonteante me esperando em casa. — Percy disse com a respiração rápida e corpo curvando ao redor de Nico, o abraçando por trás, mas como se contasse uma história para um amigo. — Tenho um bom emprego e dinheiro suficiente para não trabalhar se eu quisesse. Mas tem esse garoto... um estagiário que é mais competente que o próprio dono, que seria eu, e que vive rebolando aquela bundinha empinada, tão doce e inocente com seu lindo sorriso. Eu tive que fazer alguma coisa sobre isso.
— Oh, meus deuses! Eu n—não quer—ria! — Nico gaguejou, sua visão embaçando e lacrimejando, rebolando no colo de seu chefe sem pudor algum.
— Infelizmente, você não vai poder continuar a ser meu funcionário. — Percy continuou como se Nico não o tivesse interrompido, mantendo sua cadência lenta e profunda, colados um ao outro. — Eu ignorei até agora porque... bem... eu sei que você entende, Nico. Volte daqui há dois anos quando você estiver na faculdade, sua vaga vai estar reservada. Mas enquanto isso... ah, sim... perfeito.
Percy suspirou extasiado e então segurou no membro de Nico com firmeza, moveu a mão com rapidez e com a outra, manteve Nico imóvel enquanto o fodia forte e rápido, finalmente permitindo que Nico gozasse longamente, apertando Percy e o levando junto.
Sinopse: Esse é meu relato. Um relato de uma alma perdida e torturada, já esquecida pelo tempo. Quando você a achar, já não estarei aqui. Só peço que você leia, me entenda e não conte para ninguém. Porque no fundo ninguém gosta da verdade.
Carta a Alguém
Dói muito. Não me deixe ir, por favor. Onde você está? Não deixe com que eu me afogue, eu não aguento mais. Quanta dor alguém pode suportar? Quantas frustrações e desespero são necessários para que o alívio venha? Talvez eu nunca saiba, embora o conhecimento desse fato me liberte de alguma forma
Sim, foi o que você leu. Morte. A doce e serena paz.
Mas eu quero que você entenda, chegou um momento em que foi insuportável continuar, então eu fiz o que nunca tinha pensado, o que meus pais e amigos nunca perdoariam; tomei um vidro inteiro de calmantes e me deitei sob o manto majestoso da água, esperei que até que ela fizesse seu trajeto e que em sua dolorosa lerdeza, entrasse por meus pulmões e trouxesse a liberdade que eu precisava. E por um mísero momento foi puro êxtase, sentia que minha hora finalmente chegava; meu corpo tremia de excitação e meu coração disparava, eu estava tão perto, enfim teria meu descanso.
Mas, então, havia você.
Você não deixou, me resgatou da minha felicidade eminente, da minha paz, do único sossego que eu poderia ter.
Mas, você… você não tinha o direito. Abriu a porta do banheiro e apenas tomou minha vontade de viver em suas mãos, tratando como se fosse a sua própria, me puxou para cima em direção a superfície e para fora da água, liberando meu pulmão para que o oxigênio pudesse circular.
Você não tinha o direito.
Ainda me lembro de suas palavras ríspidas e mãos desesperadas percorrendo meu corpo em busca de um pulso, de qualquer sinal de vida; um doce momento de agonia, um maldito momento de sorte; com o primeiro folego de ar circulando meu corpo veio a dor, minha garganta queimou e minha vergonha apareceu, eu não pude olhar nos seus olhos, não pude te encarar, mas lá estava você, sua voz rouca de tanto gritar me pedindo para voltar, me pedindo para acordar. Entretanto, eu não queria, e por um longo tempo tive minha paz. Mas como eu poderia continuar dormindo se você continuou ali, do meu lado, segurando minha mão? Implorando dia após dia ‘você tem que acordar, querida. Volte para mim.’ E foi o que fiz, abri os olhos e a luz branca do quarto de hospital me cegou por um momento, porém sua mão na minha me trouxe de volta como ela sempre trazia. Eu olhei para você e sorri, era bom sorrir novamente. Você me disse ‘oi’ e aquela simples palavra o suficiente para trazer lágrimas aos meus olhos, iguais aos seus. Eu suspirei e continuei olhando para você porque era a única coisa que eu poderia fazer, porque eu estava viva e que porque alguém se importava. Foi o dia que eu entendi, eu precisava de ajuda. Você não precisava me dizer outra vez, eu sabia que precisava. Eu estou aqui, não estou? Em meio a seus gritos e suplicas de amor. Estou aqui enfim pedindo abrigo, de peito aberto e cabeça baixa, da forma mais clara e concisa que eu poderia usar.
Não era essa a sinceridade que você tanto pediu? Essa é minha tentativa de te dizer. Quero que você saiba de tudo, o que passei e o que ainda vou passar. EU preciso de você, preciso do seu corpo quente para me esquentar nas noites escuras e do seu ombro para chorar quando o mundo for um lugar grande demais para mim. Espero que não seja tarde demais e que você saiba que não importa o que o aconteça comigo, mesmo que eu faça tudo errado e acabe por mudar de uma forma irreversível e irreconhecível, que me perca em mim mesma e no meu mundinho estreito e miúdo, repleto de fantasias e monstros, onde tudo há um começo, um meio e um fim. Quero que você sabia de tudo isso e que possa me perdoar. Você vai ficar comigo e fazer tudo dar certo?
Eu sei que você vai, porque não é sempre o que acontece? Nessa nossa fantasia de mundo real, essa experiência momentânea que chamamos de vida? Para melhor ou para pior, é tudo o que temos. Eu queria poder dizer o que acontece a seguir. No enredo perfeito eu saberia exatamente como termina a nossa história, você seguraria minha mão e juntos continuaríamos nossa jornada, sem dor ou obstáculos, porque enfim chegaríamos ao nosso almejado final feliz.
Será que depois de tudo isso você pode entender? Será que pode me perdoar? Eu nunca saberei ao certo, pois você não me diz nada. Mesmo você estando ao meu lado nesse exato momento estamos há galáxias de distância. Você pode me escutar? Pode escutar meu coração batendo rápido cada vez que você me olha? A cada vez que segura minha mão? Como ela treme e eu finjo que nada acontece?
Você sabe o que faz comigo?
Não, eu não peço muito. Será que você pode fazer isso por mim? Só preciso de uma migalha, de uma promessa, só uma, apenas uma garantia de que tudo vai ficar bem e você vai continuar aqui, num gesto que pode salvar vidas, que pode salvar a minha vida. Me prometa que quando as coisas ficarem difíceis você não vai pensar em nada além de me estender a mão, sem pretensão ou obrigação alguma, só porque você quer. Você vai me segurar em seus braços e dizer que tudo vai ficar bem? Eu preciso saber.
Então, pense bem, apenas por um momento. Você vai me salvar?
Me prometa. É só o que eu peço.
E não se esqueça, não importa o quão longe eu pareça estar e o quão isolada eu deseje ficar, apenas se deite aqui, bem do meu lado, onde nenhum monstro possa nos alcançar. Palavras não são necessárias, muito menos atos grandiosos. Apenas se deite ao meu lado, me abrace bem forte e beije meu pescoço. Só isso. Eu vou respirar fundo e fingir que não há nada a temer, que os monstros atrás da porta, me torturando lentamente, são só isso, ficção da minha mente, ilusões ocas sem sentido. Mas, veja bem, seu eu jogar isso tudo fora o que me restará? Migalhas de sentimentos? Meios-termos nunca completos?
Eu acho que não. Eu seria apenas mais um copo meio cheio, meio cheio de nada, cheio de vazio. É por isso que pego esse meu relato e guardo para mim, bem escondido no fundo do guarda-roupa para que ninguém perceba, ninguém além de você, quando o peso do mundo me obriga a mostrar o que há dentro de mim. Afinal, quem iria quer uma coisa tão quebrada, tão sem uso como eu? Pois, agora, enquanto me deito entre seus braços no fim do dia, não me resta nada além de me contentar com o que eu sou. Espero que no fim, você ainda me queira pelo menos uma fração do que eu te quero.
Esse é o meu relato.
Ei, como é que vai? Foi meio pesado, ne? Eu sei. E não se preocupe, estou bem. Esse foi um conto que escrevi nos anos de 2010 a 2015. Sabe aquela musica “How to save a life, do The Fray“? Foi inspirada nela. As vezes, é interessante escrever algo diferente, algo que você pode experimentar sem ter que se tornar real. Espero que essa história possa te proporcionar isso.
Até a próxima!
Oii, como vai? Eu estava tentando continuar minha história atual, A Refulgente, mas sabe quando não está rolando? Aí comecei outra que deve ter no máximo umas 50 mil palavras (embora eu não saiba como escrever nada curto ou não tenha o controle mental para isso), outra Percy/Nico é claro. E como está fluindo bem, decidi dividir o começo dela por aqui antes de colocar em outros lugares. Na verdade, aqui é o único lugar onde ela vai estar até eu completá-la, se é que isso vai acontecer. Então, vamos ver como as coisas vão.
Para manter as coisas organizadas, vou reblogar o último capítulo conforme eu for atualizando o blog, assim fica mais fácil de acompanhar.
Ainda não tenho um sumário pronto, e em linhas gerais segue assim: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro e bem rápido! Nessa história vou tentar ser mais direta. Será que eu consigo? Boa leitura!
PS: Se vocês virem algum erro sobre quanto tempo Nico estive na Itália é porque mudei de cinco anos para dois. Texto sem muita revisão, mesmo assim, espero que vocês gostem.
— Olha quem voltou! O garoto italiano. — Nico apenas teve tempo de se virar antes de ser prensado contra ombros largos e braços fortes que o abraçaram com tanta força que o levantaram no ar, o deixando sem ar e fazendo com que seus livros e bolsa caíssem ao chão, a porta de seu armário sendo fechada com um estrondo barulhento.
— Perseu Jackson!
— Só a minha mãe me chama assim.
Mas Percy estava rindo, o girando no ar enquanto as pessoas ao redor olhavam para eles. Também, não era para menos. Eles estavam bem no meio do corredor onde havia vários armários, dando para a entrada das classes de aula. Nico não resistiu, ele envolveu os braços ao redor do pescoço de Percy e o abraçou tão forte quanto Percy tinha feito, enterrando o rosto contra o pescoço de Percy.
— Eu senti sua falta.
— Eu também senti a sua. — Nico murmurou de volta e se afastou, finalmente conseguindo ver o rosto de Percy.
Olhos tão verdes quanto ele se lembrava, nariz reto e empinado, lábios finos e largos sempre em um sorriso bonito. O que tinha mudado era a altura, quase dois metros, e músculos. Onde ele se lembrava de um garoto tímido e um pouco triste tinha se transformado nesse… nesse homem feliz e cheio de vida. Confiantes. Embora ele ainda pudesse ver a bondade e a amizade que eles costumavam ter, mas essa coisa entre eles… esses abraços todos eram algo novo. Ele não podia evitar a comparação com o passado, onde ele era jovem demais e Percy era… Percy era Percy, abrindo a porta de sua casa para um garotinho triste e solitário.
— Dois anos, hein? Eu pensei que você nunca ia voltar.
— Hm.
— Me deixe te ver melhor. — E o que ele nunca esperaria do garoto mais hétero e tímido que ele já tinha conhecido aconteceu, Percy levou uma de suas mãos a seu rosto e penteou seus cabelos para trás, expondo sua face por completo. E ele? Bem, Nico apenas encarou Percy de volta, tão focado no garoto quanto Percy se focava nele. Todas as ligações e vídeo-chamadas não se comparavam ao que a realidade lhe mostrava, o fazendo se questionar o que tinha acontecido nesse tempo todo para fazer Percy agir assim, tão… tão afetuoso, tão atencioso. Ele ainda namorava Annabeth, não? Ainda era o capitão do time de basquete? Esse devia ser o caso, pois Percy vestia a jaqueta do time.
— Hm… Percy? Me põe no chão, sim? — Nico fez o seu melhor para ficar sério.
— Por quê?
— Você não tem uma namorada?
— Eu tenho?
Então, Percy sorriu ainda mais e enfim o colocou no chão para em seguida afrouxar o agarre em seu rosto e em sua cintura, sem se afastar, porém se inclinando um pouco sobre ele, como se tivesse algo em seu rosto que ele precisava ver mais de perto.
— Como você tem estado? Por que você não me disse que chegava essa semana?
— Por quê? Você ia me buscar no aeroporto?
— É claro, meus amigos merecem o melhor.
— E o que seria esse melhor?
— Eu, é claro.
Nico jurava que estava tentando ficar sério. Pelo jeito que as coisas iam, Percy queria algo a mais e no momento ele não estava interessado. Mas não adiantou, Nico se segurou nos ombros de Percy e gargalhou; ele achava que essa era uma das piores cantadas que ele já tinha ouvido.
— Ei, não ri da minha cara. Eu sou um cara legal.
— E muito humilde, também.
— Muito. — Percy disse e enfim o soltou, se encostando a seu lado em frente aos armários e Nico suspirou em alívio, pegando suas coisas do chão e as guardando no armário. Às vezes Percy era um pouco demais para ele; era o que Nico tinha descoberto durante os anos nas milhares de conversas que eles tiveram nesse tempo todo. Ele não sabia quando Percy tinha mudado do garoto introvertido para essa pessoa esfuziante, mas ele gostava. E odiava ao mesmo tempo, fazendo seu estômago se revirar de nervosismo.
— Agora, de verdade, como as coisas têm estado?
— Você sabe, sempre iguais. — Nico deu de ombros e fechou o armário, tirando os livros que usaria naquele dia, os guardando na bolsa. — Bianca veio comigo.
— Faculdade? — Percy perguntou. — E você?
Nico deu de ombros mais uma vez e se encostou ao lado de Percy, voltando a encará-lo de perto, o olhando sobre os cílios, tentando não demonstrar como realmente se sentia. Achava que nunca se conformaria com a beleza do amigo, agora duplicada conforme os traços suaves da adolescência davam lugar a músculos definidos e um rosto angular e forte, o sorriso de canto, o olhar intenso, a atitude confiante… e… bem, tudo isso e muito mais.
— O que tem isso?
— O que te traz de volta?
— Eu senti falta de casa. — Nico acenou para si mesmo. — Por um tempo pensei que fosse em Verona, mas… eu sempre ficava me perguntando o que estava acontecendo por aqui.
— Então, você decidiu voltar? Simples assim?
— Por que não? Eu vou fazer dezoito em alguns meses. Queria aproveitar esse último ano e rever o pessoal.
Bem… ele queria rever algumas poucas pessoas e uma delas estava bem em sua frente, olhando para ele como se quisesse… como se quiser ver o que tinha dentro de sua mente. E como costumava acontecer, ele foi o primeiro a perder nesse joguinho para ver quem desviava o olhar primeiro.
— Então… você sentiu saudade e veio para ficar ou…
— Vim para ficar. Hades vai vir depois.
— Fico feliz. — Percy disse, ainda sorrindo, algo mais sincero e bonito, como se tivesse se cansado de flertar. — Quem sabe a gente pode se ver mais tarde. Comer alguma coisa?
— Mais tarde quando?
— Hoje. Depois da prática de basquete. Quer me ver jogar?
— Oh, não! Era isso o que eu temia! O clichê colegial! — Mas ele ria e Percy ria junto, o fazendo lembrar dos velhos tempos.
— Sabe, você não pode falar de mim. Você era todo bonitinho e tímido e voltou parecendo sair de um filme dos anos oitenta. Jaqueta de couro, calça rasgada e isso… é delineador? — Percy se aproximou mais uma vez dele e segurou suavemente em seu queixo, apenas mais uma desculpa para tocá-lo, disso Nico tinha certeza; não que estivesse reclamando. Percy podia fazer isso e muito mais. — Você é o perfeito garoto bonzinho que ficou rebelde.
— Eu ainda sou um bom garoto.
Isso fez Percy parar por um momento, ainda com as mãos sobre o rosto de Nico, e o encarar longamente apenas para um sorriso de canto aparecer junto a covinhas.
— É mesmo? O quanto você é um bom garoto?
— Acho que você nunca vai descobrir.
Mais um silêncio e mais um olhar que no passado o faria correr em busca de abrigo mais rápido que um foguete. Entretanto, esse Nico tinha ficado para trás junto com sua inocência.
— Hm. — Foi tudo o que Percy disse durante alguns momentos, e Nico jurava que ele estava se aproximando em direção a seu rosto quando o sinal tocou, os interrompendo.
— Certo. — Nico pigarreou, endireitando a coluna e olhando ao redor. — Acho que eu tenho que ir.
— Qual seu primeiro horário?
— Língua portuguesa. Preciso passar na secretaria primeiro.
— Eu vou com você.
Nico nem tentou negar, ele tinha sentido tanta falta de Percy que estender um pouco mais as coisas não faria mal. Ele se desencostou do armário e, de novo, aconteceu algo que ele não esperava. Percy pegou a mochila de seu ombro, a carregando para ele e com a outra mão, entrelaçou os dedos com os seus, o puxando suavemente pelo corredor quase vazio em direção à administração do colégio.
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Então, aceitável? Percebi que meus diálogos não são os melhores. Sua opinião ou feedback educado é sempre bem vindo^^
Obrigada por ler!
Oii, como vai? Não deu para postar no fim de semana por causa das eleições, mas aqui está. Espero que vocês gostem.
Sem nenhuma revisão.
Boa leitura!
Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI / CAPÍTULO XXII / CAPÍTULO XXIII / CAPÍTULO XXIV / CAPÍTULO XXV / CAPÍTULO XXVI / CAPÍTULO XXVII
— Bebê, tudo bem? — Percy teve que perguntar.
Geralmente Percy não se preocuparia se Nico ficasse longos períodos em seu mundinho feliz e submisso. A verdade é que ele gostava de ver Nico completamente sob seu controle, obedecendo cada ordem sua e se esforçando tanto atender suas vontades que se fosse por ele, esses momentos entre quatro paredes nunca teriam fim. Entretanto, o céu já começava a escurecer e ele podia ouvir o barulho da risada de seus irmãos e a voz de sua mãe os repreendendo.
Era nessas horas que Percy desejava ser um adulto e não ter que dividir o tempo que tinha com Nico, e muito menos deixar que eles vissem Nico em seu estado mais vulnerável. Sinceramente? Percy não se importava como outras pessoas iriam reagir e sim, como Nico se sentiria quando enfim emergisse de seu estado leve e contente.
Percy fez o melhor que pôde para que Nico se sentisse seguro o suficiente para sair de seu transe. Eles tomaram um longo banho de banheira, lavou os cabelos de Nico, ofereceu a comida favorita de Nico e depois o fez tirar uma soneca. Isso costumava ser o bastante para fazer Nico voltar ao normal. Hoje? Nico parecia especialmente decidido a se manter distante.
— Bebê? — Percy chamou mais uma vez.
Nico meramente levantou a cabeça que estava encostada em seu peito e se acomodou melhor debaixo das cobertas, piscando lentamente, parecendo esperar pela próxima ordem.
— Eu preciso que você volte para mim.
— Voltar? — Nico franziu a testa e se sentou, tentando raciocinar.
— Faz cinco horas. Quer jantar?
— Oh. — O vinco desapareceu do rosto de Nico, mas ele continuou como estava, lento e dócil, sem questionar nada. — Tudo bem.
Nico, então, se levantou. Ele se arrastou para fora da cama e, calmamente, calçou o sapato, andou até a porta do quarto e o esperou, paciente, obediente, quase se curvando, segurando as próprias mãos atras das costas.
Percy suspirou, pelo menos Nico não estava completamente aéreo. Aquilo era tudo sua culpa, sabia bem disso. Não era isso o que ele queria? Nico completamente obediente e submisso cem por cento do tempo?
No fim, Nico estava certo. O que Percy realmente queria era diversão e realizar suas fantasias mais obscuras.
Momentos mais tarde, Percy percebeu que não tinha motivos para se preocupar. Eles desceram as escadas, comeram sem nada estranho acontecer e Nico até interagiu com Tyson e Grover, ajudando Sally a colocar as travessas na mesa. Houve um momento em que Nico e Sally sumiram para dentro da cozinha e só voltaram dez minutos depois, momento que Percy pensou estar encrencado, mas tudo o que viu foi Nico se sentar em seu colo e encostar a cabeça em seu ombro, e Sally, que sorriu para ele toda orgulhosa.
***
Às vezes, Percy desejava voltar ao momento onde seus pais ainda eram casados e sua família tinha muito menos dinheiro. Isso significaria menos responsabilidades, mais tempo livre e menos estresse em sua vida. Primeiro, sua mãe teve a brilhante ideia de fazê-lo acordar as cinco horas da manhã naquele fim de semana para ajudar com o faturamento e inventario mensal, algo que um contador poderia fazer facilmente. Mas, não, Sally havia sofrido um golpe no passado e não estava disposta a receber outro. Por isso, todos da família eram obrigados a ajudar. Nico era um caso a parte, é claro, ele já ajudava Sally mais do que devia na cozinha, então, Nico estava dispensado desse trabalho árduo. E se não bastasse isso, eles teriam uma reunião com os abastecedores do restaurante.
Aparentemente, a qualidade dos legumes não estava agradando Sally, e, aparentemente, Percy intimidava qualquer um que olhasse muito tempo para ele. Vai intender. Sendo assim, essa era uma de suas obrigações; sempre que eles tinham que lidar com algum cliente ou prestador de serviço insuportável, ali estaria ele. E dessa vez, era o abastecimento de legumes; sua nova missão era ficar atras da mãe e encarar os homens até que eles concordassem com o novo contrato. Seria engraçado se não tivesse que deixar Nico sozinho em casa.
Mas antes de ir a reunião, Percy fez questão de ir acordar Nico. Sabia que ainda eram oito horas da manhã de um sábado, porém, ainda se lembrava como Nico tinha reagido quando não o encontrou na cama naquela vez que havia visitado o clube de Apolo. Então, sem fazer barulho, Percy subiu as escadas e foi em direção a seu quarto, vendo que a porta estava encostada, podendo ver dentro do quarto pela fresta da porta.
Percy empurrou a porta e o que viu tirou seu folego.
Nico estava no meio do quarto, pelado, cabelos molhados e descalço, de costas para a porta, sentado na beirada da cama. Nela, estava a caixa preta com a coleira, a mesma coleira que ambos tinham decidido ignorar, feito um taboo que nunca deveria ser mencionado. Mas ali estava Nico, segurando a coleira contra seu colo, parecendo admirar a peso em seus dedos longos e magros, completamente calmo e composto, e com a mesma atitude quieta e dócil que havia adotado pelos últimos dias.
Pela primeira vez, decidiu que não tomar nenhuma ação era o melhor a se fazer. Porque, não importava o que ele dissesse ou até mandasse, isso era algo que Nico teria que decidir por si mesmo. E se no final Nico decidisse que não queria nada daquilo, Percy teria que aceitar.
Não demorou para que Percy tivesse sua resposta. Lentamente, Nico levou a coleira até o próprio pescoço e a enrolou em volta de sua pele, ainda sem afivelar o fecho, parecendo medir o peso do couro em sua pele. Quando nada aconteceu, Percy observou Nico afivelar a coleira e continuar segurando o couro contra sua pele, como se a coleira fosse muito pesada para seu pescoço aguentar. Nico se levantou, e ainda de costas para a porta, andou até o espelho que ficava do outro lado do quarto, perto do guarda-roupa. Nico estava se admirando, era isso o que acontecia; ele tocou no couro da coleira, como se acariciasse o pelo de um animal de estimação, e mesmo daquela distância, Percy podia ver a pele oliva escurecendo com o rubor, embora Nico não estivesse entrando em pânico como antes. Afinal, por que ele iria? Era apenas fantasias, não era?
Percy não aguentava mais. Ele marchou a passos decididos para dentro do quarto e parou atras de Nico, quase colado a suas costas, observando agora ambas suas reflexões em frente ao espelho. Era algo automático, suas mãos foram para o pescoço de Nico, seus dedos rodeando o longo pescoço, bem na parte da coleira que agora escondia a gargantilha, massageando a pele que encontrou lá.
— Então você gostou. — Não havia sido uma pergunta, porque a resposta era óbvia. A expressão no rosto de Nico dizia tudo o que Percy precisava saber, e o arfar surpreso e tímido, mais ainda.
— Eu não... eu estava curioso! — Ali estava, a ansiedade vindo feito um trem-bala. Então, o problema devia ser sua presença. Ou talvez a expectativa que o próprio Nico colocava em si mesmo.
Nico deu um passo para a frente, tentando se livrar de suas mãos, e dessa vez, Percy permitiu que Nico fugisse; isso não era algo que ele devia brincar se quisesse que no futuro a visão de Nico usando uma coleira fosse algo cotidiano.
— Tudo bem. Eu não quis te assustar.
— Você não assustou. É só que... você sabe... não sei consigo fazer o que você espera de mim. O diário, são apenas fantasias e... nunca pensei que eu fosse... fosse gostar tanto disso a ponto de ter sexo com alguém. Eu só... eu não sei.
— Eu entendo. — Percy disse em sua voz mais afável.
— Você entende? — Nico abriu bem olhos, parecendo surpreso e tão inocente, que Percy voltou a se aproximar, tocando nos cabelos negros, tentando confortá-lo.
— Tudo bem se você quiser brincar. Tudo bem se você não quiser. A gente não tem que tentar algo novo só porque eu quero.
— Eu pensei que o papel de um submisso fosse fazer as vontades do dominador?
— Isso é uma fantasia, não é? Você mesmo disse. Não quero te forçar.
— Oh. — Nico murmurou, relaxando nos braços de Percy, encostando a cabeça em seu ombro e o abraçando pela cintura. — As vezes, eu sinto que devo fazer certas coisas... quer dizer! Você nunca me pediu para fazer isso...
— Está tudo bem. — Percy disse mais uma vez, sorrindo para Nico, decidindo tirá-lo de sua miséria. — A partir de agora sempre que eu quiser fazer algo vou pedir permissão. Não importa o que seja, mesmo que seja um beijo.
— Sempre?
— E você não tem a obrigação de aceitar ou retribuir, ou de se sentir pressionado.
— Eu não sinto que você me obriga, eu só... — Então Nico olhou para baixo, todo tímido, o virou o rosto para lado tentando se esconder. — É essa vontade incontrolável de... de fazer essas coisas.
— Como o quê?
— De obedecer. Não te desapontar. — Foi quando Percy viu Nico fechar os olhos, os apertando bem forte, ainda com o rosto contra seu ombro. — Eu quero ser o seu bebê e seu bom garoto para o resto da vida. Só seu.
Por essa Percy não esperava! Eles tinham com toda a certeza percorrido um longo caminho até ali. Percy se pegou endireitando as costas e respirando fundo, um sorriso um tanto maníaco se formando em seu rosto, uma reação mais rápida do que ele podia controlar. E tão rápida como veio, aquele senso de satisfação e possessão doentia, também desapareceu, restando a Percy apenas puxar Nico contra seu peito e o abraçar forte.
— Obrigado por me contar. Você é tão corajoso. Meu perfeito bebê, hm?
Nico não disse nada, mas ele gemeu, o abraçando mais forte ainda pela cintura, se encolhendo contra seu peito, quase se fundindo a ele. Percy não trocaria esse momento por nada nessa vida.
***
— Obrigado por me contar. Você é tão corajoso. Meu perfeito bebê, hm?
Sim, ele era! Deuses! Ouvir Percy dizer essas coisas, por mais que Nico já soubesse desse fato, fazia algo dentro dele explodir em contentamento.
Bem, o que ele podia dizer? Tinha decidido se deixar levar.
Quer dizer, o que de tão ruim poderia acontecer além de Percy o levar cada vez mais fundo nesse mar de prazer que ele nem sabia ser possível existir? Do que adiantava fugir e lutar contra esses sentimentos quando sem nem perceber se via no mesmo lugar? Essa sensação leve o fazia se lembrar de um jogo que ele e Percy costumavam jogar quando crianças; a cada vez que venciam um desafio, o jogo os levava a um nível acima, subindo degrau por degrau até chegarem ao nível final.
O problema é que aquele jogo inocente e bobo parecia não ter fim, os degraus se estendendo infinitamente a se perder de vista. Era assim que Nico se sentia, quanto mais longe Percy o levava, mas difícil era encontrar aquele mesmo Nico que havia começado no primeiro nível. As vezes, Nico mal se reconhecia. Não se sentia tão pequeno quanto antes, tão tímido ou tão indefeso. Era como se durante o jogo ele tivesse ganhado poderes especiais e eles ainda estivessem com ele, como se Nico os tivesse sugado para dentro de seu ser, para sempre absorvidos em sua pele. Mas, as vezes, mesmo que não ele quisesse, o velho Nico fazia suas aparições, ele não se orgulhava disso, forçando Percy a dar um passo para trás nessa valsa onde ninguém sabia qual seria o próximo passo. Entretanto, o que ele podia fazer se não entrar no ritmo da dança?
Esse era um bom exemplo, o melhor deles. Sentindo Percy acariciando seus cabelos e deslizando as mãos por suas costas, sempre tentando confortá-lo não importando o motivo. Mesmo quando não havia motivo ou quando o culpado era o próprio Nico. Naquele instante, Nico percebeu que dessa vez não precisava ser confortado, mas que gostava do gesto gentil de qualquer forma.
— Sei que eu posso ser... rigoroso. — Percy murmurou em seu ouvido, roçando a barba que crescia contra seu pescoço, o fazendo estremecer. — Você tem que me dizer se eu estiver sendo exigente.
— Você nunca exigisse o que eu não quero dar.
Essa era a verdade. Por mais que ele hesitasse ou dissesse que não queria, era difícil mentir para si mesmo quando o objeto de sua única obsessão na vida estava bem a sua frente, oferendo tudo o que pensou que nunca teria, ainda fosse tão intenso que parece que estava a ponto de desmaiar a qualquer momento. Não porque fosse ruim, mas porque Nico perdia o folego toda vez que Percy olhava para ele por mais de dois segundos.
Então, Nico sentiu lábios tocando os seus numa caricia doce e lenta, e fechou os olhos, relaxando conforme o beijo continuava; uma mordiscada e uma lambida depois, um arfar, línguas se encontrando em um encaixe perfeito, como sempre tinha sido, como naquela primeira vez onde ele tinha fugido e só voltado dois anos depois. Parecia que era tudo o que Nico tinha feito até esse momento, fugir e se esquivar até que ele não tinha vesse alternativa, até que seu único pensamento fosse se redimir por todo o tempo perdido.
— Bom garoto. — Percy disse colado a seus lábios, pressionando suas bocas juntas pela última vez antes de se afastar, sorrindo para ele.
Nico queria seguir Percy, pedir para ser jogar na cama e continuar subindo os degraus. Percy tinha outras ideias, como ir para longe de Nico e abrir o guarda-roupa, tirando um blazer e uma calça caqui social.
— Você não tinha que sair com seus amigos? — Percy disse, ainda com a cabeça dentro do guarda-roupas.
Isso era verdade. Era por isso que Nico tinha acordado tão cedo em um sábado, se distrair com o pensamento de vestir aquela coleira e se ajoelhar aos pés de Percy, jurando fidelidade e obediência eterna não estava dentro dos planos. Talvez depois do casamento se ele realmente acontecesse.
Quando Percy emergiu, estava completamente vestido. Sapatos italianos, camisa preta, terno completo e cabelos penteados para trás. Nico era tão sortudo! Como ele conseguir noivar com alguém tão bonito e charmoso estava além de sua compreensão.
Nico nem tentou se conter, ele andou até Percy, ficou na ponta dos pés e o beijou novamente, algo rápido e suave, e disse: — Você nunca se veste desse jeito pra mim.
Percy sorriu para ele, daqueles tipos de sorriso de lado e covinhas que o fazia parecer um tubarão, e o segurou pelos cabelos, o fazendo gemer.
— Do que adianta eu me vestir assim se as roupas vão ser tiradas em menos de cinco minutos?
Percy o beijou forte nos lábios, arrancando outro gemido dele e o deixou ir, se olhando uma ultima vez no espelho.
— Porque você não descansa um pouco, hm? Eles podem te esperar.
Bem, descansar não era a palavra certa.
Nico seguiu os olhos de Percy e olhou para o próprio colo. Nico tinha um certo volume aparente, e Percy parecia que iria a qualquer momento se ajoelhar no chão e ajudá-lo com isso. Em seguida, Percy voltou a olhar em seus olhos e sorriu novamente.
— Depois. Eu prometo. — Percy, seu dom cruel, disse, se afastando a lentos passos em direção a porta. Mas antes de ir, disse: — Não se divirta muito sem mim.
Então, parece que estou enrolando, não é? A verdade é que falta pouco de plot para escrever. Vou tentar terminar essa história nas proximas 30 mil palavras. Estou planejando alguns extras também, nada muito complicado.
Obrigada pela presença!
Suzanne Collins gripping my face with her hands: listen listen the first step to evil is dehumanisation, always, the second you start to see people as less than people no matter what they've done to you that's when you start heading down a path of selfish destruction and violence
Don't forget to post your fanwork in our AO3 Collection [here] and tag us ( @percico-nicercy-events ) if you share it on tumblr so we can reblog it!
Plain text below.
12 Days of Nicercy Christmas
Dec 14th - 25th, 2024
Prompts
Dec 14: Pears | First
Dec 15: Doves | Two
Dec 16: France | Hens
Dec 17: Calling | Four
Dec 18: Gold | Rings
Dec 19: Eggs | Geese
Dec 20: Swans | Grace
Dec 21: Milk | Eggnog
Dec 22: Dancing | Mistletoe
Dec 23: Jumping | Lordship
Dec 24: Flutes | Eleven
Dec 25: Drums | Ending
Hi, how are you? This is the English version of "NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL ". I usually write in Portuguese, but as I saw a lot of people who read in other languages, I decided to write this one in English too. Admittedly, I used Google and corrected what I could. I hope this is an acceptable translation, even if my writing is a bit rusty in English.
Now, for those who don't know what the story is about, here's an improvised summary: Nico is returning from Italy after spending two years there and meets Percy, the best friend he left behind, but who kept in touch in that time away. The rest develops from this reunion, and very quickly! In this story I will try to be more direct.
Thanks for the support! And good reading.
"Look who's back! The Italian boy.” Nico just had time to turn around before he was pressed against broad shoulders and strong arms that hugged him so tightly they lifted him into the air, knocking him out of breath and sending his books and bag tumbling to the floor, the door of his school locker being slammed with a loud bang.
“Perseus Jackson!”
"Only my mother calls me that."
But Percy was laughing, twirling him around in the air as people around him stared at them. Well, there was a good reason. They were right in the middle of the hallway where there were several lockers, leading to the entrance of the classrooms. Nico couldn't resist, he wrapped his arms around Percy's neck and hugged him as tight as Percy had did, burying his face against Percy's neck.
"I missed you.”
"I missed you too." Nico muttered back and pulled away, finally getting to see Percy's face.
Eyes as green as he remembered, nose straight and upturned, thin lips and wide in a pretty smile. What had changed was Percy’s height, nearly seven feet tall, and all those muscles. Where he remembered a shy and a little sad boy had turned into this... this happy and full of life man. Confident. Although he could still see the kindness and friendship that they used to have, this thing between them… having to deal with those feelings so openly still was something new. He couldn't help but compare himself to the past, where he was too young and Percy was... Percy was Percy, opening the door to his home to a sad, lonely little boy.
"Two years, huh? I thought you were never coming back."
“Hm.”
"Let me see you better." It wasn't like Percy had never seen him up close or every day for those two years on video calls. Nico had forgotten how intense Percy could be, full of touches and smiles.
Percy brought one of his hands to his face and brushed his hair back, exposing his face completely. And him? Well, Nico just stared back at Percy, as focused on the boy as Percy was on him. The truth is that all the calls and video calls didn't compare to what reality showed him, making him question what had happened to make him run away from Percy, from those gestures that felt so… so affectionate and so attentive. How dare he do this to them? Leaving the person he loved most behind? He was the most cowardly person in the whole world.
"Um... Percy? Put me down, yeah?” Nico did his best to stay serious.
"Why?”
"Don’t you have shame?”
"Have I?
Then, Percy smiled even more and finally put him on the ground to then loosen his grip on his face and waist, not pulling away completely, but leaning a little over him, as if there was something in his face that Percy needed to see more closely.
"How have you been? Why didn't you tell me you were coming back this week?”
"Why? Would you pick me up at the airport?”
“Of course, my friends deserve the best.”
“And what would that be?”
“Me, of course.”
Nico swore he was trying to be serious. The way things were going, Percy wanted something more and at the moment he wasn't ready. But it was no use, Nico grabbed Percy's shoulders and laughed; he thought it was one of the worst lines he had ever heard.
"Hey, don't laugh in my face. I'm a nice guy.”
“And very humble, too.”
"Very.” Percy said and finally released him, leaning against his side in front of the lockers, making Nico sigh in relief and picking up his things from the floor, putting them in the locker.
Sometimes Percy was a little too much for him; that was what Nico had discovered over the years in the thousands of conversations they'd had in that time. He didn't know when Percy had changed from the introverted boy to this bubbly person, but he liked it. And hated it at the same time, making his stomach flutter with anxiousness.
"Now really, how have things been?"
“You know, the same." Nico shrugged and closed the closet, taking out the books he would use that day, putting them in his bag. “Bianca came with me.”
"College?” Percy asked. “And you?”
Nico shrugged once more and leaned back against Percy's side, facing him closely again, looking at him through his lashes, trying not to show how he really felt. He didn't think he'd ever would get used to his friend's good looks, now doubled as the smooth features of adolescence gave way to defined muscles and an angular, strong face, the crooked smile, the intense gaze, the confident attitude... and... well, all of that. And much more.
"What about it?"
"What brings you back?"
“I missed home.” Nico nodded to himself. “For a while I thought it was Verona, but… I kept wondering what’s going on around here.”
"So, you decided to come back?”
“Why not? I'm turning eighteen in a few months. I wanted to use this last year and see the guys again.
Well… he wanted to see a few people again and one of them was right in front of him, looking at him as if he wanted to… as if Percy wanted to see what was inside his mind. And as it used to happen, he was the first to lose in this little game to see who looked away first.
“So… did you miss it and came to stay or…”
“I'm here to stay. Hades will come later.”
"I’m glad.” Percy said, still smiling, something more sincere and cute, like he got tired of flirting. "Maybe we can see each other later. Wanna eat something?”
"Later when?”
"Today. After basketball practice. Want to see me play?”
"Oh no! That's what I was afraid of! The high school cliché!” But he was laughing, and Percy was laughing along with him, reminding him of old times.
“You know, you can't talk about me. You were all cute and shy and you came back looking like you stepped out of an eighty’s movie. Leather jacket, ripped pants and that… is it eyeliner?” Percy approached him once more and gently cupped his chin, just another excuse to touch him, of that Nico was sure; not that he was complaining. Percy could do that and much more. “You're the perfect good boy gone bad.”
“I'm still a good boy.”
That made Percy stop for a moment, still with his hands on Nico's face, and stare at him for a long time only for a crooked smile to appear along with dimples.
"Is that so? How much of a good boy are you?”
"I don't think you'll ever find out."
One more silence and one more look that in the past would send him running for cover faster than a rocket. However, that Nico had been left behind along with his innocence.
“Hm.” Was all Percy said for a few moments, and Nico swore he was moving closer towards his face when the bell rang, interrupting them.
"Right.” Nico cleared his throat, straightening his spine and looking around. “I think I have to go.
“What's your first class?”
" English class. I need to stop by the secretary first.”
" I'll go with you.
Nico didn't even try to deny it, he had missed Percy so much that stretching things a little further wouldn't hurt. He pushed himself away from the locker and, again, something he didn't expect happened. Percy took the backpack from his shoulder, carrying it for him and with the other hand, intertwined their fingers together, pulling him smoothly through the almost empty corridor towards the administration of the school.
***
It was strange to be there after so long. The cream-colored walls were still the same, there were the same blue benches and black tables, the same wide hallways and the same cafeteria, painted the same pastel color. He even managed to recognize some familiar faces among the younger ones. It was a dejavu, except that now he saw things from above, in a distant, almost displaced perspective, where before his days were permeated by anxiety and uncertainty, now everything seemed easier and colorless, even if a little painful, but unimportant and maybe even comfortable. Maybe it was because Percy was still holding his hand, talking to the same secretary as two years ago, a woman in her fifties, always smiling and helpful.
In the end, it didn't take long for him to get his admissions papers that he would need to show his professors.
“So, English class? Double? I also have it. Let me see your schedule.”
Nico shrugged and took his class schedule out of his bag. He watched Percy take the paper from his hands, frown in concentration and hand the paper back to him, "We have most of our classes together. “Are you in the arts and music clubs? I'm into the music too. Guitar classes.”
“Seemed to be the easiest.”
"I bet.”
"Shut up.” Nico shoved Percy by the shoulders and walked out of the office. Few people knew that he had a knack for creative things and maybe he played something for Percy over the years. Well, that was none of other people's business.
“Nico, the classes have changed! We are using the auditoriums.”
"Of course.” Nico rolled his eyes and this time he wasn't even surprised when Percy reached out and touched his shoulder, his big hands sliding down his back to his waist, gently guiding him in the right direction. In fact, he didn't remember this school having an auditorium, so he let himself be guided by Percy, a warm and comfortable presence at his side.
***
When they arrived at the auditorium, the class had already started. Professor Johnson wasn't the type to mind being late if the class wasn't disrupted, that’s why Percy stood at the main entrance to the room, away from the teacher's gaze, preferring to watch Nico go down to the podium where the teacher was and deliver the paper for her to sign.
What could Percy say? Nico was a much more interesting sight at that moment, long legs covered by tight jeans, perky ass, small waist, broad shoulders, deep-set black eyes and a small mouth that always seemed to be bitten and reddened, skin tanned, looking so soft that he couldn't resist the urge to touch him as soon as he could, just to test the theory. He admitted it, he was going too fast, but two years was enough time to know if you liked someone, wasn't it? Not counting the seven years before that. Perhaps he should have gone to Italy with Nico when Hades offered, always generous even if absent most of the time.
He was snapped out of his reverie when Nico finished talking to the teacher and walked towards him, carefree and slow, as if he had all the time in the world, parading around in his punk clothes and unpretentious attitude. Why avoid something he knew would happen sooner or later? If Percy could, he would kiss Nico then and there, to end this torture that had gone on for so many years. But he could control himself, if he had waited two years, he could wait a few more days.
"All went well?”
Nico just nodded and took his hand, leading him towards the middle of the auditorium where they could get a good view of the teacher and hear what she was talking about. Percy didn't even have time to appreciate Nico taking the initiative and touching him of his own free will, although he felt he should be more concerned with the reaction of the people around them, the indiscreet stares and murmurs buzzing in his ear; he didn't exactly date boys in public, especially since Annabeth was always around to make everyone think he was with her. It was what it was, he just hoped he didn't have to punch some faces. Because he would, and gladly.
“Per?” He heard someone call him and there was only one person who still called him that. "What chapter are we in?"
"Seven.”
"Thanks.” Nico muttered more quietly than before and began to read, completely focused on the book and what the teacher was saying. Percy was left to wonder how anyone could be so cute. So lovely. Watching a small crease appear between Nico's brows, his lips set into a frustrated pout until he seemed to find what he was looking for in the book, relaxing against the seat and settling down to jot down quick notes as the teacher discussed the matter.
Then a noise came from the row of chairs above his, someone tapping him on the shoulder. He turned around and there was Grover, his oldest childhood friend.
"Who's the new kid?"
“Nico.”
“That quiet, sad boy Sally had practically adopted?' Your Italian boy? Now I understand the obsession.”
"Dude!” Percy whispered furiously. He wasn't that obsessed…was he? Percy looked to the side, just to make sure Nico hadn't heard, seeing that the boy was still focused on the class and turned back to Grover: “We'll talk later.”
"As you wish, don Juan."
"Whatever.”
Percy faced forward, leaned over Nico, seeing where they were in the book, and ignored everything else. When Nico pushed the book toward him so the two of them could read, Percy didn't hesitate. He put his arm around Nico's shoulder, put their heads together and began to read. Maybe be if he could concentrate, the little voice in the back of his mind would stop reminding him that this would lead to more trouble than he was willing to deal with.
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I hope you liked it. Updates always in Fridays or early if a have the time.
Thanks again!
Something I made while dealing with my own stuff and hoping drawing this would pick me up somehow. Maybe it worked.
FT my cat. His name is Mischief
Oi, como vai? Faz tempo que a gente não conversa, então, resolvi fazer uma newsletter mensal para manter todo mundo informado do que acontece por aqui, assim, se você perder algum post importante estará aqui.
Bem... essa semana deveria ter episodio novo na "Sitter's love", mas fiquei doente. Até parece uma desculpa esfarrapada, eu sei, mas pelo menos vim dar sinal de vida. O projeto de ajuda para escritores também deveria estar acontecendo, e pelo mesmo motivo, ela está meio parada. Também sinto que eu devia mudar o formato do projeto, quando comecei a escrever sobre escrita criativa o objetivo era para ser aulas curtas e direto ao ponto, algo que eu sei, não funciona muito bem por aqui. Então, acho que vou apagar o post anterior e tentar adequar o conteúdo para algo mais amigável e menos agressivo. Ainda essa semana vou tentar postar um capítulo da "Sitter's love", talvez ainda hoje.
Aqui segue os posts do mês!
Hi, how are you? It's been a while since we last talked, so I decided to do a monthly newsletter to keep everyone informed of what's going on around here, so that if you miss any important posts they'll be here.
Well… this week there was supposed to be a new episode of “Sitter's love”, but I got sick. It sounds like a lame excuse, I know, but at least I'm here to give a sign of life. The writers' aid project in portuguese was also supposed to be happening, and for the same reason, it's at a bit of a standstill. I also feel that I should change the format of the project, when I started writing about creative writing it was meant to be short and to the point lessons, something that I know doesn't work very well around here. So I think I'll delete the previous post and try to adapt the content to something more friendly and less aggressive. Later this week I'll try to post a chapter of “Sitter's love”, maybe even today.
Here are the posts of the month!
Sitter's love
Chapter III, Chapter IV, Chapter V
Chapter VI e Chapter VII
Chapter VIII e Chapter IX
Chapter XIV
Chapter XV
Se você quiser ver os outros capítulos, clique aqui
If you want to see the other chapters, click here
Amor de Babá
Capítulo III, Capítulo IV, Capítulo V, Capítulo VI, Capítulo VII
There's no place like home
Chapter XXVIII, Chapter XXIX, Chapter XXX
ShortStories - Histórias curtas!
ShortStory #2 – Eu sei que você quer (traição+blowjob+babá)
ShortStory #3 – Recém Casados (fingering+orgasm denial+chastity)
ShortStories - #1, #2 and #3 (In English)
Ajuda para escritores - O post que eu provavelmente vou apagar, mas se você quiser ver, está aqui
The post that I'll probably delete, but if you want to see it, is here
Escrevendo História - Prompts Criativos! Aqui
Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing
464 posts