It’s A Secret Recipe 🤫

It’s A Secret Recipe 🤫

It’s a secret recipe 🤫

More Posts from Auroraescritora and Others

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Olá, quanto tempo, não? Para quem não está acompanhando a versão em inglês fiz uma capa com inteligencia artifical. Ficou super fofo.

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XIV

Nesse capítulo temos uma mega cena 18+. Ela é um presente pela demora em atualizar a história. E aproveitando o assunto, gostaria de saber da opnião de vocês sobre algo. Eu deveria continuar com as cenas hot? Tipo, tecnicamente, eu deveria indicar que o blog é para maiores, o que o esconderia por tras daquele aviso chato e me consideraria um bot do sexo, sabe? Se alguém me denunciar, o blog vai ser excluido e aí já viu. Então, eu devo continuar com as cenas +18 por aqui ou coloca-las em outro lugar?

Enfim, ignorem se acharem algum erro, ok? E boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII

Percy tinha descoberto algo muito interessante nesses últimos dias. Tinha descoberto o caminho certeiro para ter um final feliz, tanto entre as pernas de Nico quando no coração de seu lindo bebê. O segredo para satisfazer Nico era fazer a coisa certa, no momento certo e no ritmo certo. Se ele fosse devagar no começo, o tratando com carinho e fizesse Nico relaxar, a tendência dele ter tudo o que queria de Nico e ir muito além disso, era grande. Sinceramente? Percy não pensava como alguém tão inocente em tudo o que fazia podia ter um lado tão desinibido entre quatro paredes. O engraçado era ver os raros momentos onde Nico se lembrava que não devia agir assim e se sentir encabulado para no momento seguinte Nico abrir as pernas e pedir por mais. 

— Você foi um garoto muito arteiro hoje. Você merece uma punição. Meu garotinho lembra o que eu disse hoje mais cedo?

— Hmm… que você me deixaria gozar? — Nico tentou, esperançoso.

— Não, que eu te faria implorar.

— Oh. — Foi tudo o que Nico disse antes que ser jogado na cama e de suas calças serem arrancadas.

Mas Percy fez tudo com carinho. Tirou os tênis de Nico, puxou suas calças para baixo junto com sua cueca e apreciou o momento;.não era sempre que Nico lhe deixava ver toda aquela pele exposta. Ele acariciou as longas pernas de Nico e as beijou devagar, mordiscando por onde ia, torturantemente lento em seu toques, subindo e subindo, chegando na virilha de Nico finalmente e se demorando por ali, massageando a junção das pernas com a pélvis e tocando no membro de Nico quando ouviu um choramingo.

— O que foi, bebê?

— Você… você está me torturando!

— Eu estou?

— Hmhmm. — Nico acenou, levando as mãos ao rosto, como se fosse escondê-lo, acabando por morder os dedos bem no momento em que Percy olhou para Nico, vendo a face corada e os olhos quase se fechando de sono, prendendo o próximo gemido. Percy admitia que estava no clima para fazer exatamente o que Nico o acusava de fazer. Por isso, ignorou o membro ereto de Nico e foi um pouco mais abaixo e acariciou sua entrada, roçando em suaves e delicados círculos até que ela se abriu feito uma flor para ele, pulsando contra seus dedos.

Mas Percy não o penetrou como Nico queria. Não, ele continuou roçando e roçando, vendo Nico se abrir e fechar continuamente, ouvindo os doces gemidos que seu bebê não conseguia conter dentro de si.

— Percy!

— O que foi?

— Eu…

— Sim?

— Eu preciso de você! Dentro de mim!

— Oh, não. Não chore, a gente nem começou ainda.

— O-obrigado. — Nico murmurou, todo choroso, e se inclinou em sua direção, agarrando em sua camisa, implorando docemente, seus grandes olhos negros o fitando tão desesperado e frustrado que Percy teve piedade, embora só agora Percy estivesse se lembrando do combinado deles. Se Nico não soubesse o que dizer e quiser continuar, diria “Obrigado” e quando estivesse gostoso e mesmo assim quisesse parar, diria “Por favor”.

“Tão doce”, Percy pensou. Ele faria tudo ficar melhor.

Percy puxou Nico contra seu peito e o consolou, beijando seus cabelos e murmurando:

— Pronto, pronto. Já vai passar. Viu? Tudo bem?

— Eu… eu queria…

— Eu sei o que você quer.

Ainda com Nico nos braços, Percy se virou para o lado e abriu a primeira gaveta na mesa de cabeceira e tirou um tubo de lubrificante de lá. Colocou um pouco nos dedos, esquentando o gel na mão e levou os dedos para a entrada de Nico. Exatamente como antes, Nico gemeu docemente e jogou a cabeça para trás quando Percy massageou ao redor da entrada Nico, sentindo Nico derreter feito manteiga em seus braços, se entregando para as sensações que sentia.

Percy não pode evitar o calor que se espalhou em seu peito, ambos de prazer e de afeto, mas de luxúria também, aquele sentimento que o fazia se esquecer de tudo e que o incentivava a pegar tudo o que queria.

— É isso que você queria, lindo? Que eu te fudesse na casa dos meus pais?

Percy tentou ser o mais delicado possível, o mais deliciado que sua mente inebriada de prazer permitia. E ele admitia, não era o suficiente para ele, nunca seria, sabendo que essa não era a forma que ele traria seu bebê se estivesse com a cabeça no lugar, mas algo dentro dele dominou seu corpo, o fazendo agir jeito que seu corpo pedia. 

No fim, cuidado e gentileza não era o que ele queria e não era o Nico tão pouco queria. Percy não se orgulhava, quando menos viu estava com três dedos dentro de Nico, o abrindo devagar, mas com vontade e com mais profundamente que havia feito nas vezes passadas. Ele teve que parar por um momento e respirar fundo, tinha prometido que não deixaria seus sentimentos interferirem em seu relacionamento com Nico. O que ele podia fazer se Nico ficava ainda mais bonito, gemendo com as costas curvadas, a ponto de gozar enquanto ele apenas continuava brincando com o corpo de Nico, descobrindo os lugares que o fazia gemer e o que o fazia chorar de prazer, ou mesmo aquele lugarzinho que estava fazendo Nico gritar, tremendo dos pés a cabeça?

Foi por isso que Percy se obrigou a tirar os dedos de dentro de Nico e respirar fundo. Não era certo tratá-lo feito um boneco de retalhos, um brinquedinho que ele podia usar e depois guardar em uma caixa.

— Bebê? Tudo bem? — Percy se forçou a enxergar entre a névoa de luxúria e enxergar seu bebê e não… um amante onde ele poderia satisfazer todos os seus desejos.

Percy viu como em câmera lenta, Nico abriu os olhos, desfocados e dilatados, e respirou tão fundo como ele tinha feito, parecendo confuso.

— Não… ah… não pare… eu… obrigado. — Nico disse na voz mais suave e doce que Percy já tinha ouvido, todo obediente e contente, completando: — Estou tão bêbado.

E então, Nico estava rindo, parecendo mais chapado do que qualquer bebida poderia causar, colocando os braços em volta de seu pescoço e o beijando suavemente. Percy não poderia recriminá-lo, se sentia tão alto quanto Nico demonstrava estar, mas o que Percy não havia percebido até aquele momento eram as lágrimas que escorriam, vendo os olhos de Nico que além de estarem desfocados, estavam marejados também; a pele morena quente ao toque, manchada por linhas invisíveis. Por que Percy sabia disso? Ele teve que levantar sua mão e limpar o rosto de Nico, as deslizando até segurar Nico pela nuca e pescoço, as mantendo ali, fincada nos cabelos de Nico. E Nico? Bem, ele apenas gemeu, deixou que Percy o inclinasse para mais perto e abriu mais as pernas, se oferecendo a Percy. 

Percy não queria pensar nisso, nessa… demonstração de submissão. Aquilo fazia algo dentro dele acordar, algo que Percy tinha vergonha de admitir ter dentro de si. Mas… ele olhou para baixo e viu que Nico tinha gozado em algum momento. Eles deviam parar, não? Então, por que Percy estava abrindo as próprias calças e estava aplicando lubrificante no próprio membro?

Percy grunhiu quando sentiu a ponta da cabeça de seu membro entrar em contato com a entrada de Nico. Eles deviam usar camisinha, não deviam? Mas ele sabia que Nico era virgem antes de transar com ele, o que Percy sabia ser mais uma desculpa para seu cérebro cheio de endorfinas não o forçar a parar. Entretanto, Nico tinha pedido, não tinha? 

Ele não hesitou mais, segurou Nico pela cintura e o puxou contra seu membro, deixando que a  gravidade fizesse seu trabalho. Era uma experiência fora do corpo ver a entrada pequena e apertada de Nico acomodar seu tamanho, o observando descer devagar, o recebendo centímetro por centímetro, vendo seu membro desaparecer dentro de Nico quase sem esforço nenhum, ouvindo agora os gemidos agudos e arfados contra seu ouvido, peito contra peito, sentindo Nico o abraçar com força pelo pescoço e enrolar as pernas em volta dele, rebolando em seu colo tão gostoso que por um momento Percy se viu sem reação, apenas sendo capaz de arfar contra os cabeços negros de seu bebê, o ajudando no que pudesse.

Então, Nico soltou um longo e arfado gemido contra seu pescoço e o mordeu, parando de se mover imediatamente, o apertando tão forte que ele não sabia como não tinha gozado naquele mesmo instante. Nem mesmo assim Percy teve forças o suficiente para parar, achando que eles tinham ficado por longos momentos naquela mesma posição, sentados e imoveis na cama e que talvez Nico tivesse pegado no sono, ou até que Nico tivesse gozado de novo e não quisesse mais continuar. Esse foi o momento em que Percy ouviu um gemidinho manhoso e sentiu Nico se mover, só um pouquinho, girando os quadris, como se tentasse encontrar uma posição melhor. E Percy, como o cavaleiro que era, o ajudou. Ainda segurando na cintura de Nico, ele o moveu um pouco para a direita e então para a frente, encontrando um ângulo mais confortável. Sim! Percy achava que tinha encontrado, sentindo Nico o apertar forte e gemer como se estivesse morrendo.

— É aqui? Assim? É gostoso?

— Ah… ah… obrigado! — Nico se contorceu todo e se forçou contra ele, voltando a abraçá-lo com força. E já que Nico estava tão decidido a matá-los de prazer, era a melhor forma que Percy poderia morrer.

Percy segurou com mais força nos quadris de Nico e quase o imobilizando, o puxou para cima e então o levou para baixo, devagar e gostoso, sentindo Nico o apertar tanto que quase chegava a doer.

— Bebê, você tem que relaxar, hm? Respire fundo pra mim.

Nico fez, porque ele era o melhor garoto do mundo, e se deixou cair sobre seu peito, relaxando com a cabeça apoiada em seus ombros.

Ah, assim era bem melhor, porque, de repente, seu membro estava deslizando para dentro e para fora de Nico sem nenhum esforço, Nico gemendo sem nenhum pudor com a cabeça jogada para trás. Percy observou por um momento como Nico se entregava para ele sem nenhum medo e se esqueceu dele mesmo, lamentando que quase perdeu Nico para sempre.

— Você quer gozar? — Percy perguntou, se sentindo flutuar.

— Per… eu… ah! Eu não sei! — E de novo na voz mais doce, porém agora arfada e desesperada, Nico abriu aqueles olhos negros e implorou com o olhar, algo que ele próprio parecia não saber o que era.

Percy não sabia muito o que estava fazendo, mas se Nico queria, ele faria isso ser realidade.

— Se toque.

— O-oquê? — Nico perguntou sem entender.

— Eu quero que você se toque.

Percy, então, segurou em uma das mãos de Nico e a levou entre seus corpos onde o membro de Nico estava ereto.

— Eu quero ver. — Percy repetiu e esperou para ver o que Nico faria.

Nico piscou lentamente para ele e ainda parecendo incerto e chapado, envolveu os dedos em volta de si mesmo e começou a deslizar a mão para cima e para baixo, no toque mais delicado e suave que Percy já tinha visto. Ele não fez nada além de observar Nico se tocar ainda com ele dentro de Nico, sentindo Nico pulsar e o apertar ritmicamente por curtos minutos. 

Não demorou muito, tão devagar e suavemente como Nico tinha começado, Nico gozou, com longos movimentos e gemidos mais doces ainda. E dessa vez Percy viu, Nico ejaculando, o pequeno membro estremendo e enfim soltando as últimas gotas até que Nico parou de mover a mão e olhou para Percy, piscando lentamente e respirando rápido, como se esperasse a próxima ordem.

Esse estava sendo um momento levemente estranho e maravilhosamente extraordinário para Percy. Ele estava contente em apenas observar o prazer de Nico e deixar que sua ereção sumisse sozinha. O fato é que Nico ainda olhava para ele, ainda parecendo incerto e sinceramente confuso.

— Você não vai gozar? — Nico perguntou a ele e Percy quase riu, achava que estava enlouquecendo.

— O que você sugere que eu faça, hm?

— Oh. — Nico murmurou, entortando a cabeça e encostando delicadamente suas mãos sobre os ombros de Percy. — Eu posso decidir?

— Claro. 

Percy deu de ombros, por que não? 

A surpresa veio imediatamente. Nico levantou o quadril, gemendo baixinho e deixou que o membro de Percy escorregasse para longe dele. Logo em seguida, Nico se ajoelhou na cama, se sentou entre as pernas de Percy e segurando na base, beijou a cabecinha por longos momentos. Ele lambeu e chupou sem pressa para enfim sugá-la inteira, começando uma sucção leve, na visão mais bonita e erótica que Percy já tinha tido o prazer de presenciar, achando que aquele seria o orgasmo mais rápido de sua vida. 

Nico começou a mover as mãos também e de repente, seu membro estava deslizando para dentro da garganta de Nico. O que o fez em fim gozar foi quando Nico engoliu em volta dele e arfou, engasgando levemente. E de novo, Percy não teve reação se não se apoiar na cama e jogar a cabeça para trás, gemendo longamente. O surpreendendo novamente, Percy observou Nico continuar a chupa-lo, agora tão suavemente ele mal podia sentir, só deslizando para longe quando Nico teve a certeza que Percy tinha terminado, enfim amolecendo contra seus lábios. Era como se um mundo novo tivesse se aberto bem em frente aos olhos de Percy; ele não sabia que alguém chupar seu membro poderia sacudir seu mundo dessa forma. Mas, claro, Nico não era qualquer pessoa e ninguém além de Nico poderia causar essas sensações nele.

— Per? — Ele ouviu a voz baixinha de Nico o chamar. Percy abriu os olhos e percebeu que ele ainda tinha a cabeça jogada para trás e encarava o teto. Era difícil até de abrir a boca.

— Hm?

— Eu… desculpa… eu não queria…

Ele não queria? Percy queria rir de histeria e prazer.

Contente e verdadeiramente satisfeito, Percy enfim reuniu forças para se mover e se sentou na cama, vendo que Nico ainda estava entre suas pernas. O engraçado é que Nico não parecia feliz, parecendo que iria cair nas lagrimas a qualquer momento.

— O que foi, bebê?

— Eu te machuquei.

— Me machucou?

— Você parecia com dor, mas eu não queria parar. Você nunca me deixa fazer isso.

Percy sorriu e puxou Nico para seu colo, o abraçando contra seu peito. Ele poderia dizer que Nico estava certo; foi tão bom que chegou a doer, como se seu orgasmo estivesse sendo puxado para fora dele e Percy não tivesse nenhum controle sobre isso.

— Você não me machucou. De fato, você só precisava pedir. Você foi ótimo.

— Eu fui… ótimo? — Nico se afundou contra o peito de Percy, mas ainda parecia em dúvida. — Se você diz, vou acreditar.

Percy sorriu novamente e beijou os cabelos de Nico. Ele só esperava que Nico não brigasse com ele na manhã seguinte quando ambos estivessem completamente sóbrios.

***

— Se você diz, vou acreditar. — Percy ouve Nico dizer, o observando fechar os olhos e suspirar antes de relaxar contra seu peito, agora respirando profundamente em seu sono.

Percy quase caiu na tentação de fazer o mesmo e dormir naquela exata posição, sentado no meio da cama com Nico o usando como um travesseiro. Mas infelizmente, ele tinha que ser a pessoa responsável. Sentindo as pernas ainda tremendo, colocou Nico deitado sobre os travesseiros, o cobriu com um lençol e se levantou. Entrou no banheiro da suíte e depois de se limpar e arrumar suas roupas, voltou para o quarto com uma toalha umedecida e limpou Nico, dizendo um “Volto logo”, que Nico pareceu não ouvir e saiu do quarto, fechando a porta suavemente atrás dele, deixando Nico debaixo das cobertas apenas de meias e camiseta. Desceu as escadas e já se arrependendo, viu que ainda tinha pessoas na festa. Não que isso importasse para ele, era apenas mais um dia na casa dos Jackson, por isso andou com passos decididos para a cozinha, mas quando chegou lá teve uma surpresa indesejada. 

Era Annabeth, é claro! Quem mais poderia ser? Seu relaxamento desapareceu em um piscar de olhos, especialmente quando Annabeth se virou para ele e sorriu, segurando uma taça de cristal com vinho tinto contra os lábios, a bebida favorita dela, Percy infelizmente sabia disso. 

Talvez ele tenha escondido algumas coisas de Nico e talvez ele tivesse passado mais tempo do que queria com Annabeth nos últimos anos; Nico tinha ido embora e Percy tinha se sentindo solitário, imagina sua surpresa quando Annabeth lhe mostrou um pouco de solidariedade. 

Percy tinha baixado a guarda, ele admitia. Em nome dos velhos tempo e da infância, Percy decidiu que dar outra chance para a primeira amizade que tinha feito na vida poderia dar certo. O fato é que tudo ficou bem por algum tempo, a turma se reuniu mais uma vez e tudo ia bem, isso é, até que Annabeth em uma sessão de estudo regada a bebida, seus melhores amigos e livros espalhados em todas as superfícies de seu quarto, tinha tentado lhe beijar. No fim, tudo o que Annabeth queria era ser a rainha do baile e se aproveitar da influência de sua família para conseguir uma bolsa de estudos e uma posição de líder de torcida na melhor universidade do país. Se ela tivesse pedido essas coisas para ele, Percy não teria se importado em ajudar, mas como ela decidiu pegar a força, Percy devolveu na mesma moeda.

Agora, aqui estavam eles. Annabeth em um longo vestido vermelho que não escondia nada, parada em frente a geladeira, parecendo observar algumas fotos presas nela, fotos deles e de seus outros amigos de quando eles eram crianças e Percy ainda não havia conhecido Nico. Percy quase acreditou no olhar de saudade dela, quase foi enganado mais uma vez, e tudo isso porque ele estava tentando levar um copo de água com analgésicos para seu bebê, hm?

Não dessa vez.

— O que você está fazendo aqui? Pensei que eu tinha sido claro.

— Eu queria conversa com você.

— É melhor você ir embora.

— Você não sente falta da gente? De como costumava ser?

Annabeth, então, se virou totalmente em sua direção e colocou a taça em cima da bancada, se aproximando mais dele, desfilando, como se tentasse seduzi-lo. Tudo o que aquilo causou foi fazer seu estômago se revirar. Do que ele sentiria falta? De se sentir sozinho, como se ele fosse invisível? De viver para realizar todos os desejos egoístas dessa garota mimada? De não poder fazer algo se Annabeth não permitisse? O pior sempre seria saber que não importa o que ele fizesse, Percy sempre se sentiria com frio e abandonado, mesmo que ela estivesse há menos de cinco passos de distância.

 — Como você pretendia fazer isso? Invadindo meu quarto no meio da noite?

— É uma boa ideia. Eu ainda me lembro onde fica.

— Você enlouqueceu? É isso?

— É você que não entende! Deveria ser nós dois. Isso não é natural. O que seu pai diria se te visse assim? — Annabeth tocou em seu ombro e então a ânsia de vômito realmente veio, quase se materializando.

— Meu pai não tem nada a ver isso. Você passou dos limites.

— Percy, querido. Ainda não é tarde demais. — Annabeth tocou em seu rosto e o encarou com aqueles frios olhos acinzentados, algo que no passado ele achou lindo e magnético, mas que agora congelava seu corpo e alma. Se tinha algo que ele havia aprendido com Annabeth é que a manipulação vinha em todos os tamanhos e formas.

Ele deu um passo para trás, saindo do alcance de Annabeth e respirou fundo, se sentindo libertar de um fantasma que continuava a assombrá-lo desde que ele decidiu que gostava mais doces garotinhos bem comportados do que de garotas manipuladoras e cruéis. Talvez Nico estivesse certo e a única forma dele realmente se livrar de Annabeth seria fugindo e desaparecendo, exatamente como Nico tinha feito.

— Você precisa ir embora. Agora!

— Percy, sei que você está confuso. Ele é tão bonitinho que até parece uma garota, não é? Ele nunca vai te dar o que eu posso. Uma família. Um lar.

“Nico pode me dar…?’’, Percy se perguntou por um momento, distraído. Então, ele sentiu vontade de rir. Nico lhe dava exatamente o que ele queria e do exato jeito que ele mais desejava.

— Você tem certeza?

Percy sabia que não devia, sabia que isso não era da conta de Annabeth, e mesmo assim, ele fez. Percy abriu os primeiros botões de sua camisa e mostrou a marca no meio de seu peito de dentes e unhas, perto do pescoço, porém discretos o suficiente para cobrir com a camisa.

— Você acha que Nico não me dá o que eu preciso? Ele é muito melhor do que você jamais será.

— Você vai se arrepender! Como você me trocar por aquele--

— Na verdade, mesmo que eu não estivesse com ele, você seria a última pessoa na face da terra que--

Plaft! 

Percy não sentiu a dor vir, apenas escutou o barulho da mão de Annabeth contra seu rosto, o toque frio da mão dela o congelando por dentro. O choque veio quando seu rosto virou para o lado com o impacto, veio quando o grito de fúria dela chegou a seus ouvidos, completamente enraivecida, como se um demônio tivesse possuído o corpo da beldade de olhos claros e cabelos loiros.

— Você acha que pode falar comigo desse jeito? Que pode me tratar assim? Quem você pensa que você é! — Annabeth bradou, indo para cima dele mais uma vez. Mas dessa vez, Percy se negava a se submeter as vontades dela, ele não tinha medo do que diriam ou quais seriam as consequências.

Dessa vez, Percy segurou nos braços de Annabeth e a encarou, sem medo, antes que o próximo tapa pudesse chegar.

— Nós terminamos aqui. Não quero te ver, escutar sua voz ou saber de você. Você não é bem-vinda na minha vida ou na vida de Nico. E se você tentar algo, vai se arrepender. Esse é meu último aviso.

Com isso, Percy deu as costas a ela e saiu da cozinha ainda ouvindo os gritos de Annabeth. Quando Percy voltou, Annabeth ainda estava na cozinha andando de um lado para o outro, furiosa, com a taça de cristal na mão. Mas se fosse por Percy, Annabeth que guardasse a taça de recordação. Ele não queria nada em que ela tivesse tocado.

— Se certifiquem que ela nunca mais coloque os pés nessa casa.

Parado, no meio do corredor que dava para a entrada da cozinha, Percy observou os homens acenarem e irem em direção à intrusa. Cada um segurou Annabeth por um braço e sem mais palavras, Annabeth é levada pelos homens, berrando e ofendida, porque, finalmente, a pessoa que assombrava seus pesadelos estava banida de sua casa e de sua vida de uma vez por todas.

***

Ainda escutando os gritos da loira, Percy pôde enfim pegar o copo de água e os analgésicos que Nico iria precisar. E se sentindo exausto e com o rosto latejando, subiu a escada para o andar superior e entrou em seu quarto no fim do corredor, encontrando Nico acordado, encostado contra o batente da cama e olhando para o próprio colo coberto apenas pelos lenções com a expressão mais triste e cabisbaixa que Percy já tinha visto em seu bebê.

Tudo fica pior no momento em que Percy fecha a porta e entra no quarto. Nico levanta a cabeça e olha para ele com aqueles grandes olhos negros, agora marejados.

— Onde você estava? — Nico diz em voz baixa, soando rouca e cansada.

— Eu fui buscar um remédio para ressaca.

— Eu não estou de ressaca.

Mas Nico parecia que iria cair no sono a qualquer momento, continuando a olhar para ele, como se não acreditasse nele, e Percy desiste de tentar convencê-lo. Porque, nisso, eles eram parecidos. Uma vez que eles se decidissem por algo, nada os faria mudar de ideia. Seria pior se eles descobrissem que o outro estava mentindo. Assim, conformado, Percy andou a passos rápidos até a mesa de cabeceira, colocou a água e o remédio em cima dela e se sentou ao lado de Nico, o puxando para seu colo.

— O que foi, hm?

— Não é nada. — Nico enfiou o rosto na curva do pescoço de Percy e o abraçou forte pela cintura, relaxando, e só assim se sentiu confortável o suficiente para dizer o que pensava. — Eu vi Annabeth na festa. Depois que você mandou ela embora. Eu odeio saber que ela ainda está por perto, rondando a gente e esperando o momento certo para atacar.

Então, esse era o problema.

Bem, Nico estava mais certo do que pensava. 

Percy abraçou Nico mais forte, o envolvendo completamente em seus braços e suspirou, encostando sua cabeça no topo dos cabelos de Nico.

— É isso o que você pensa de mim? Que eu iria correr para o lado dela depois de ficar com você?

— Não, acho que não. Eu só… ela tem uma influência estranha sobre você. Eu só… não gosto disso.

— Não gosta do quê?

— Do jeito que ela olha para você. Como se quisesse te… dominar. Me mata pensar que… pensar que ela pode conseguir o que quer.

“Como eu faço com você?”, Percy teve o impulso de perguntar, mas parou antes que eles entrassem em uma discussão que ambos não estavam prontos para enfrentar. Embora ele soubesse que a situação deles fosse diferente, e mesmo que Percy quisesse dominar Nico, era algo completamente consensual entre ambas as partes; já com Annabeth, ele não poderia dizer o mesmo. Apenas o pensamento disso revirava seu estômago.

— Você não precisa se preocupar. — Percy disse por fim, tentando relaxar.

— Sei.

— Nico.

Percy segurou no rosto de Nico, puxando sua cabeça para cima e o forçou a encará-lo:

— Eu te amo. Só você e ninguém mais. Quando você vai entender isso?

— Eu entendo. Acreditar, é mais difícil. Eu lembro das vezes que você vinha cheirando diferente… ou com mordidas em lugares suspeitos… — Nico levou as mãos ao lugar que ele mesmo tinha deixado uma marca, afastando a camisa para tocar na pele e fazendo Percy entender tudo. 

— Eles não significavam mais do que… alivio de estresse. — Percy disse, tocando na mão de Nico sobre seu peito. — Eles nunca significaram nada mais do que isso. Você precisa acreditar em mim.

— Na época eu não conseguia entender. Era tão confuso. Você dormia na minha cama e fazia sexo com eles. — Mas agora, Nico parecia entender melhor, indo para a Itália e sentindo a necessidade de aliviar esse mesmo tipo de estresse.

— Você era… um anjo perfeito, delicado e imaculado. Eu não queria te sujar.

— Me sujar? — Nico disse, parecendo confuso mais uma vez.

— Eu não queria te forçar como aqueles meninos fizeram.

Nico levantou a cabeça, pronto a dizer que aqueles garotos nunca se comparariam a Percy, voltando a encará-lo. Porém, quando Nico viu uma marca grande no lado direito do rosto de Percy a confusão foi substituída por preocupação. 

— O que aconteceu? — Percy estranhou imediatamente a mudança em Nico. O garotinho estava fazendo uma careta, algo entre confuso e irritado.

— Seu rosto. Quem te bateu?

Será que seria muito brega dizer que Nico o fez esquecer da dor? Percy decidiu que sim, era uma das coisas mais bregas que ele já tinha pensado em dizer.

— Não foi nada. Apenas um arranhão.

— Eu quero saber. — Quando Nico percebeu que exigir não funcionaria, ele tocou suavemente no rosto de Percy e o beijou docemente nos lábios, dizendo todo delicado e baixinho: — Estou preocupado com você. Por favor, Per. Me diz quem fez isso com você.

— Nem doí mais.

— Por favor?

— Annabeth. Foi Annabeth. Eu encontrei ela na cozinha. — Percy suspirou e fechou os olhos, quase ronronando com o toque carinhoso de Nico. — Ela não aceitou um não como resposta.

— Per! Você devia fazer uma denúncia!

— Talvez amanhã. Quando Sally ver meu rosto e me obrigar a ir. Ou Paul chegar de viagem e me arrastar até lá com a ajuda de Tyson.

— Per. — Nico murmurou fracamente, seus olhos se enchendo de lagrimas, fazendo o coração de Percy se apertar e se encher de afeto na mesma proporção.

— Estou bem. Eu juro. — Para provar seu ponto, Percy o beijou suavemente e acariciou os cabelos de Nico, os penteando para trás. — Viu? Está tudo bem.

— Então, você tem que tomar o remédio.

— Mas eu trouxe para você.

— Vamos dividir.

Percy sorriu e deu de ombros. Quebrou o remédio no meio, deu uma parte para Nico , engoliu a outra parte e segurou nas mãos de Nico.

— Que tal um banho antes de ir pra cama?

Nico aceitou a oferta, é claro. Porque Nico era o garoto mais obediente e bem-comportado do mundo, sempre querendo o agradar e cuidar dele, mesmo que Percy não merecesse.

Assim, Nico tocou o remedia com a água e eles tiraram o resto das roupas, tomaram uma ducha rápida e logo estavam debaixo das cobertas. Tinha sido um longo dia e tudo o quê eles queriam eram um momento de paz e silencio.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Obrigada por ler!

Se você gostou me deixe um comentario, sugestões e criticas construtivas. Até um emoji é valido, apenas para eu saber que a história está agradando.

Até a proxima.


Tags
1 year ago

THERE'S NO PLACE LIKE HOME - PERCY/NICO AU HIGH SCHOOL - CHAPTER IX - Parte II

Hello, how are you? I noticed that there was a part missing from the previous chapter. I've already put it in the full chapter, but it will also be here for those who have read the chapter before. It's a flashback to when Percy and Nico first met.

Happy reading!

Previous chapters: CHAPTER I / CHAPTER II / CHAPTER III / CHAPTER IV / CHAPTER V / CHAPTER VI / CHAPTER VII / CHAPTER VIII

Extra  - Getting to know each other

Another scene from the past, when Percy and Nico first met.

Percy looked around, making sure no one was following him, and left the empty classroom. Ever since his family's restaurant had become five"star, the stalking had begun. People who had never spoken to him now wanted to be his friend, his best friends started treating him like royalty. No matter where he went, everyone knew his name, trying to get a reservation on behalf of other adults. He had learned very quickly how to avoid these people who were now almost everyone he knew. And you know what was worse? These people weren't interested in his mother's food, they were interested in who frequented the restaurant. It was so unfair! Even to go to the bathroom the crowds followed him without giving him a minute's peace. Tyson was so lucky! He’d already finished high school and was about to graduate from college. Percy had no choice but to deal with the gossip and greedy, self"centered people.

Looking once again at the empty corridor, he put his cell phone back in his pocket and went into the bathroom.

Ah, finally. Silence. Just him and the urinal. He unzipped his pants and...he heard a moan. Right next to him. Percy turned his face and there were three boys in a circle. He saw that one of them was unzipping his pants and the others were already without them.

Well, that was none of his business.

"No, please. I… I…"

"You what? Are you going to tell your little sister? Your Dad?"

"Please!"

Percy sighed and walked towards them. His mother hadn't raised him to watch someone being abused.

He stopped behind them, in front of the mirror, and saw what was happening. A boy with the softest, most feminine features he had ever seen was trying to cover his face and was cowering against the wall, he was so small that reacting against those boys would have been stupid. The problem was that he was so distracted by the boy's beauty that Percy ended up missing when one of the boys grabbed his own member and pointed it towards the boy on the floor.

"What are you doing?" Percy finally said. The boys were startled and jumped away, covering themselves as best as they could.

"We... hey, aren't you that rich kid?"

Just what he needed.

"I said, what are you doing?"

"It's not what it seems."

"Oh, is not? How do you explain that?"

The three boys and Percy looked at the little boy on the ground, who was hiding his face and crying pitifully.

"You know what? I don't want to know. If I catch you doing it again…"

"You have no proof!"

"Are you sure?"

The boys looked at each other and after a few moments, ran off. And Percy Finally could do what he needed to do and leave.

That is, if the little boy hadn't lifted his face and looked at him with those deep black eyes, swollen and shining from crying. Slightly curly black waves of hair and the most beautiful red lips he had ever seen. Percy admitted that he had frozen, enjoying the sight. He, who had never been interested in anyone in his eleven years of life, found himself enchanted. And even when the little boy bit his lips and looked at him, still lying on the bathroom floor, Percy couldn't stop staring.

"You didn't have to." The little boy mumbled, shrinking further against the wall near the sink.

"I... was the right thing to do." That was the truth, it was the right thing to do, but what wasn't right was to admire the beautiful little boy, especially in a situation like that. He felt like a monster. "What's your name?"

"Nico. Niccolas."

Hmm... Italian. They say it's the language of love.

"Percy Jackson."

"Oh." Nico said, looking him up and down, his high cheeks getting hotter. "You're not going to do what those boys wanted to do... are you?”

"What they wanted to do?”

Nico looked down and Percy followed his gaze.

Oh, actually, his zipper was still open, but now there was a certain... volume there.

"I'm nothing like those boys.”

"Aren't you?" Nico still looked doubtful, even though he himself had a bulge in his pants. A much smaller one that Percy seemed to be analyzing more closely than he should.

"I'm not." Percy turned around, trying to convince himself, and walked to the urinal again.

He pulled down his underwear and tried to concentrate. No one had warned him that it would be so difficult to relieve himself with an erection on the way. Percy took a deep breath, relaxing, and finally succeeded. When he returned to the sink, intending to wash his hand, he saw that the little boy was still on the floor, watching him get close.

Nico had been watching him... go to the bathroom? Since the area was wide open, it was impossible not to see.

"Do you need help?" He said as he washed his hands, staring at their reflections in the mirror. Nico looked scared and embarrassed, while he himself was serious and almost absent, showing no emotion.

"No! I mean, I'm fine. Thank you very much.”

"All right, then.”

Percy dried his hand and turned towards the exit. He had offered to help, hadn't he? From then on, it wasn't his responsibility what happened to Nico.

***

Percy had never realized how big that school was. Two indoor and two outdoor courts, fifty classrooms, ten laboratories. Swimming pools, jogging trails and even a forest with a variety of plantations. It was a good place for anyone looking for a well-rounded education, but also for anyone looking for a place to hide. Luckily, Percy had found just the perfect place; deserted and quiet, right in front of one of the open courts. Best of all, the view from the stands was very limited, preventing people from finding him easily.

He walked calmly through the school corridors and arrived at his favorite spot, determined to make a few baskets on the court and eat something quick before the next class. Percy intended to join the team and didn't want it to be out of sheer favoritism. That is, he was just about to enter the court when he saw a black head of hair on the far side of the bleachers. Now, he needed to know who it was, and only then would Percy know if it was still a safe place or not.

Percy hurried over and saw that it was the same little boy as last time. He had a cut in his lip and the right side of his face was purple. Percy had the impulse to ask who had done this to him, but remembered it was none of his business. Especially since Nico seemed to be fine, apart from his bruised face, and seeing that Nico was eating a small feast. Percy could see at least four different kinds of dishes, all arranged in little bowls, the sight warming his heart for some reason. It must have been the way Nico cowered, trying to hide from him, but he still stared at him, smiling.

Percy watched Nico pick up one of the lunchboxes and, as shyly as possible, offer it to him, saying: "Do you want some?”

Percy found himself walking the rest of the distance to Nico, abandoning his backpack and basketball at the foot of the bleachers, and sat down in front of Nico.

"I brought it too. My mother is a cook.”

"Ah." Nico muttered and shrugged, picking up his fork. "I always make a lot. See?”

Nico then opened the other two lunchboxes and showed them to him. Vegetable pie with cheese. Meatballs. Calabrian bread. Cake, too.

"Do you? And your mother?”

"I don't have one. She's dead.”

That's when Percy realized what he was doing. Like a weirdo, he watched Nico eat as if it were the most wonderful thing in the world while the boy ate alone, having to make his own food.

"Your father? You must have one, right?”

Nico denied it and stuffed another piece of pie into his mouth, ignoring all the other dishes. "Dad's always traveling.”

"So...?”

"I learned from Mama before she died. Her food was the best!" But Nico said it so happily that Percy felt better.

"Who looks after you?”

"I have a nanny. My sister, too! She's the best sister in the world." Nico continued eating happily and Percy felt something in his eyes. What was going on? This boy couldn't be so naive, could he? So... happy? How old was he? Nine? Ten? He must be younger than himself.

"You really don't want to? I did it all by myself!”

"Everything? Did you even reach the stove?”

"Yes, I did! The nanny just turned on the stove. I have a ladder near the table and…”

"Yeah?”

"You're very mean. I don't want to talk to you anymore!”

Percy couldn't stand it, he put his hand around his belly and laughed. It had been a long time since he had seen something so cute and funny. Nico's chubby cheeks inflating like a balloon, his arms crossed, his lips in an even cuter pout.

"How old are you, eh?”

"I’m eleven! What's the problem?”

"You're so short and small. Who's feeding you?”

And again, Percy couldn't take it. Laughing at his own joke, he let himself fall backwards onto the bleachers, laughing and laughing until his breath died away and then came back, a happy smile remaining on his lips long after his crisis had passed.

"Are you okay?” Nico asked in a small, soft voice, making his heart melt.

Percy opened his eyes to see that Nico had approached where he was laing, sitting on his knees, all worried, his black eyes wide and cheeks flushed.

"So…" Percy said, trying to stop smiling. "We're in the same year. Why haven't I see you around?

"I saw you.” Nico said and lowered his eyes to his lap. "It's hard not to when people only talk about you.”

"What they say?”

"You get the best grades. You're the best at sports. You have the best girlfriend. That sort of thing.”

"Who is that girlfriend?”

"I think… Annabeth Chase? I'm not sure. I arrived a few weeks ago.”

"That's good to know.”

"Know what?”

"That I have a girlfriend.”

"You… don't know?" Nico tilted his head like a confused puppy and that got another laugh out of him. This time, Nico laughed along. He seemed to be holding back his laughter, but when Percy didn't stop, Nico found himself with no escape, joining in.

"You're funny.” Nico told him.

"No, you are.”

And like third-graders, which they both were, they laughed again as they heard the bell ring. Percy hadn't even realized that half an hour had passed, which was more time than he usually spent with his old friends. And what that said about him, hm?

"We have to go." He heard Nico say.

They really did.

In a hurry, he helped Nico collect the lunch boxes and accompanied him to his next class, discovering that Nico was in fact in the same class as him. Was Percy so distracted by trying to hide that he couldn't see what was going on around him? Well, that would change from that moment on.

-------------------------------------------------------------------------

Thanks for reading!


Tags
1 year ago

So fucking funy! Can I just leave hickey?

@haiseiscute333 @gutsnoir @language-of-blueberries

ⓘ You can Bite your Friends.

1 month ago

first time writing fanfiction of a character : uughh i hope this is all canon accurate... it cant be canon innacurate at all or the enitire fandom will throw rocks at me...

10057th time writing the character: heres them working at a mcdonalds

4 weeks ago
Title: SOME GRAMMATICAL VOICES FOR USE IN SCIENTIFIC WRITING  

ACTIVE VOICE 
e.g. Our team collected samples and then we tested them.  

CLICKBAIT VOICE 
e.g. We collected some samples... You won't believe what happened next!  

PASSIVE VOICE 
e.g. Samples were collected and tested.  

HAIKU VOICE
e.g. Quiet science lab. Workers arrive with samples. The testing begins.  

PASSIVE-AGGRESSIVE VOICE 
e.g. We did all the collecting and testing. No need to thank us. Just doing our job.  

CONSPIRACY VOICE 
e.g. Mysterious "Samples" were harvested and covertly "tested" by so-called scientists.

alt-only bonus:

WILLIAM CARLOS WILLIAMS VOICE
e.g.

I have tested
the samples
that were in
the lab  

and which
you were probably
planning
to analyse  

Forgive me
they were intriguing
so significant
and so quantifiable

My latest cartoon for New Scientist

1 year ago
Sterek Teacher!AU | Part 2 [Click Here For Part 1]
Sterek Teacher!AU | Part 2 [Click Here For Part 1]
Sterek Teacher!AU | Part 2 [Click Here For Part 1]
Sterek Teacher!AU | Part 2 [Click Here For Part 1]

Sterek Teacher!AU | Part 2 [Click here for Part 1]

“That wasn’t very subtle.”

Stiles shrugged and walked closer to him, sitting on his desk. “Wasn’t meant to be.”

“Stiles.”

“What? It’s not like everyone doesn’t know I have a crush on my history teacher. They just don’t know the good part.”

Derek sighed, raising his hand to run his fingers through Stiles’ hair. “You’re gonna get me arrested.”

Stiles scoffed and leaned forward, throwing a quick glance at the closed door. “That’s okay, I’ve got a double of the keys.”

Rolling his eyes, Derek put his hands on Stiles’ hips and used them as leverage to push his chair forward, placing his body between Stiles’ thighs. “Why does that not surprise me.”

“Besides, my dad already knows and he doesn’t care.”

“What?!”

TBC

5 months ago
This Is The Magic Lucky Word Count. Reblog For Creativity Juice. It Might Even Work, Who Knows.

This is the magic lucky word count. Reblog for creativity juice. It might even work, who knows.

1 year ago

Update!

Oii, como vai? Finalmente consegui escrever alguma coisa. Por enquanto apenas vão sair as versões em inglês até que ambas as versões estejam no mesmo capítulo. Fiquei esse mês afastada porque surgiu uma surpresa. Consegui comprar meu primeiro apartamento! Então, está difícil para mim apenas me concentrar em escrever quando tenho que pensar em mil coisas ao mesmo tempo. A boa notícia é que vamos continuar com nossa história. Eu não prometo trazer atualizações toda a semana, mas prometo passar aqui de vez em quando. Você sempre pode me mandar uma ask ou uma mensagem. Sei que eu sumo de vez em quando, mas sempre dou uma olhada nas notificações. Assim, se você ficar com saudade, é só falar comigo. Estou pensando em oferecer uma mentoria criativa. Alguém tem interesse?

Enfim, a versão em inglês vai continuar a vir semanalmente e a em português vai ficar em pausa por algumas semanas. Logo voltaremos a nosso cronograma normal. Até logo e obrigada pela compreensão.

Hi, how are you? I finally got around to writing something. For now, only the English versions will be published until both versions are in the same chapter. I've been away for a month because I gotta a surprise. I managed to buy my first apartment! So it's hard for me to concentrate on only writing when I have to think about a thousand things at once. The good news is that we will continue with our story. I don't promise to bring you updates every week, but I do promise to stop by from time to time. You can always send me an ask or a message. I know I disappear from time to time, but I always check the notifications. So if you miss me, just let me know and send me an ask. I'm thinking of offering creative mentoring. Anyone interested?

Anyway, the English version will continue to come and the Portuguese version will be on hiatus for a few weeks. We'll get back to our normal schedule soon. See you later and thanks for understanding.


Tags
1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO IX

Oii, como vai? Capítulo novo, porém não tão longo como eu esperava. Leiam as notas finais!

Cenas do passado/Flashback em italico

Boa leitura!

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII

Percy olhou para os lados, se certificando que ninguém estava o seguindo e saiu da sala vazia. Esse era o preço para não ver sua mãe chorando pelos cantos e se chamando de fracasso.

Desde que o restaurante de sua família tinha se tornado cinco estrelas, a perseguição tinha começado. Não importava onde fosse ou quem estivesse perto dele, a adoração velada por puro interesse começaria, pois, quem nunca tinha falado com ele agora queria ser seu amigo, e seus melhores amigos começaram a tratá-lo como se ele fosse da realeza. Todos sabiam seu nome. Mas no fim o que eles queriam era arranjar um reserva em nome de outros adultos. Percy tinha aprendido bem rápido a se esgueirar dessas pessoas que agora eram quase todos que ele conhecia. E sabe o que era pior? Essas pessoas não estavam interessadas na comida de sua mãe e sim em quem frequentava o restaurante. Isso era tão injusto! Até para ir no banheiro, multidões o seguiam sem lhe dar um minuto de paz. Tyson era tão sortudo! Ele já tinha terminado o colégio e estava a ponto de se formar na faculdade. Restava a Percy lidar com as fofocas e pessoas interesseiras.

Olhando mais uma vez para o corredor vazio, Percy guardou o celular no bolso e entrou no banheiro.

Ah, finalmente silêncio. Somente ele e o mictório. Abriu o dizer de sua calça e… e escutou um gemido. Bem perto dele. Virou o rosto e ali estavam três garotos em uma rodinha. Viu que um deles abria a própria calça. 

Bem, isso não era da sua conta.

— Não, por favor. Eu… eu… 

— Você o quê? Vai contar pra irmãzinha? Pro papai?

— Por favor!

Percy suspirou e caminhou em direção a eles. Sua mãe não tinha lhe educado para ver alguém ser abusado.

Ele parou atrás deles, em frente ao espelho, e viu o que acontecia. Um garoto com as feições mais suaves e femininas que ele já tinha visto tentava tampar o rosto e se encolhia contra a parede, ele era tão pequeno que reagir contra aqueles garotos seria burrice. O problema é que Percy se distraiu tanto com a beleza do garoto que acabou perdendo o momento em que um dos garotos segurou no próprio membro e apontou em direção ao garoto no chão.

— O que vocês estão fazendo? — Ele enfim disse. 

Os garotos se assustaram e se afastaram num pulo, se cobrindo como puderam.

— A gente… ei, você não é aquele garoto rico?

Era só o que faltava.

— Eu disse, o que vocês estão fazendo?

— Não é o que parece.

— Ah, não é? Como você explica isso?

Os três garotos e Percy olharam para o garotinho no chão que escondia o rosto e chorava desoladamente.

— Vocês sabem de uma coisa? Eu não quero saber. Se eu pegar vocês fazendo isso de novo…

— Você não tem provas!

— Quer pagar pra ver?

Os garotos se entreolharam e depois de alguns momentos, saíram correndo. Finalmente ele podia fazer o que precisava e ir embora.

Isso é, se o garotinho não tivesse levantado o rosto e olhado para ele com aqueles profundos olhos negros, inchados e brilhantes. Cabelos levemente encaracolados em ondas negras e os lábios mais bonitos e avermelhados que ele já tinha visto. Admitia que tinha congelado, apreciando a visão. Percy que nunca havia se interessado por ninguém em seus onze anos de vida se via encantado. E mesmo quando o garotinho mordeu os lábios e olhou para ele, ainda estatelado no chão do banheiro, Percy não conseguia parar de olhar.

— Você não precisava.

— Eu… era o certo. — Essa era a verdade, era o certo a se fazer, mas o que não era certo era admirar o lindo garotinho, principalmente numa situação como aquela. Ele se sentia um monstro. — Qual seu nome?

— Nico. Niccolas.

Hmm… italiano. Dizem que é a linguagem do amor.

— Percy Jackson.

— Oh. — Nico disse, o olhando dos pés à cabeça, suas bochechas altas se esquentando. — Você não vai fazer o que aqueles garotos queriam fazer… vai?

— O que eles queriam fazer?

Nico olhou para baixo e Percy acompanhou o olhar. Oh, de fato, seu zíper ainda estava aberto, porém agora havia um certo… volume ali.

— Eu não sou como aqueles garotos.

— Não é? — Nico ainda parecia em dúvida, embora ele mesmo tivesse um volume nas calças. Um bem menor e que Percy parecia estar analisando com mais atenção do que deveria.

— Eu não sou. — Ele se virou, tentando convencer a si próprio e andou até o mictório.

Abaixou a cueca e tentou se concentrar. Ninguém o avisou que seria difícil se aliviar com uma ereção no caminho. Respirou fundo, relaxando, e enfim conseguiu. Quando voltou para a pia, pretendendo lavar a mão viu que o garotinho ainda estava no chão, o observando se aproximar.

Nico tinha lhe observado… ir no banheiro? Já que a área era bem aberta, impossível não ver o que acontecia.

— Você precisa de ajuda? — Percy disse enquanto lavava as mãos, encarando ambas suas reflexões no espelho. Nico parecia assustado e encabulado, enquanto ele próprio estava todo sério e quase ausente, sem mostrar emoções.

— Não! Quer dizer, eu estou bem. Obrigado.

— Tudo bem, então.

Percy secou a mão e se virou em direção à saída. Ele tinha oferecido ajuda, não tinha? A partir dali não era sua responsabilidade o que acontecia com Nico.

***

Percy nunca tinha percebido como aquela escola era grande. Duas quadras cobertas e mais duas ao ar livre, cinquenta salas de aula, dez laboratórios. Piscinas, trilhas de corrida e até uma floresta com uma plantação variada. Era um bom lugar para quem estivesse procurando uma educação abrangente, também era um ótimo para quem estivesse procurando um lugar para se esconder. Felizmente, Percy tinha encontrado o lugar perfeito: deserto e silencioso, bem em frente a uma das quadras descobertas. O melhor de tudo era que a visão da arquibancada era bem limitada, impedindo que as pessoas o achassem facilmente.

Ele caminhou calmamente pelos corredores do colégio e chegou a seu lugar favorito, decidido a fazer algumas cestas na quadra e comer algo rápido antes da próxima aula. Ele pretendia entrar para o time e não queria que fosse por puro favoritismo. Isso é, ele já ia entrar na quadra quando viu uma cabeleira negra no lado mais distante da arquibancada. Agora, Percy não tinha escolha, ele precisava saber quem era, só assim saberia se ainda era um lugar seguro ou não.

Percy andou a passos apressados e viu que era o mesmo garotinho da vez passada. Ele tinha o lábio cortado e o lado direito do rosto arroxeado. Percy teve o impulso de perguntar quem tinha feito aquilo com ele, mas se lembrou, não era de sua conta. Até porque Nico parecia estar bem tirando o rosto machucado, vendo que ele comia um pequeno banquete. Percy podia ver pelo menos quatro tipos de pratos diferentes, todos organizados em pequenas marmitas, a visão esquentando seu coração por algum motivo. Devia ser a forma que Nico se encolheu, tentando se esconder dele, mas mesmo assim o encarou, sorrindo.

Ele observou Nico levantar uma das marmitas e da forma mais tímida possível, oferecer a ele, dizendo: — Você quer?

Percy se viu andando o resto da distância até Nico, abandonando sua mochila e bola de basquete no pé da arquibancada, e se sentando em frente a Nico.

— Eu trouxe também. Minha mãe é cozinheira.

— Ah. — Nico murmurou e deu de ombros, pegando seus talheres. — Eu sempre faço muito. Vê?

Então Nico abriu as outras duas marmitas e mostrou a ele. Torta de legumes com queijo. Bolinho de carne. Pão de calabresa. Bolo também.

— Você faz? E sua mãe?

— Eu não tenho. Ela morreu.

Foi quando Percy se deu conta do que fazia. Feito um esquisito, observava Nico comer como se fosse a coisa mais maravilhosa do mundo enquanto o garoto comia sozinho, tendo que fazer a própria comida.

— Seu pai? Você deve ter um, certo?

Nico negou e enfiou outro pedaço de torta na boca, ignorando todo o resto dos pratos.

— Papai nunca está em casa. Eu aprendi com a mama antes dela morrer. A comida dela era o máximo! A vovó também cozinha muito bem. — Mas Nico falava aquilo com tanta felicidade que Percy se sentiu melhor.

— Quem cuida de você?

— Eu tenho uma babá. Minha irmã, também! Ela é a melhor irmã do mundo. — Nico continuou comendo todo contente e Percy sentiu algo em seus olhos. O que estava acontecendo? Esse garoto não podia ser tão ingênuo, certo? Tão... feliz? Quantos anos ele tinha? Nove? Dez? Devia ser mais novo que ele próprio.

— Você não quer mesmo? Fiz tudo sozinho!

— Tudo? Você sequer alcança o fogão?

— Fiz, sim! A babá só ligou o fogão. Eu tenho uma escada que fica perto da bancada e...

— E?

— Você é muito malvado. Não quero mais falar com você!

Percy não aguentou, ele colocou a mão em volta da barriga e gargalhou. Fazia tempo que ele não via uma coisa tão fofa e engraçada. As bochechas gordinhas de Nico se enchendo feito um balãozinho, os braços cruzados, os lábios num biquinho ainda mais fofo.

— Quantos anos você tem, hein?

— Eu tenho onze! Qual o problema?

— Você é tão baixinho e pequeno? Quem está te alimentando?

E de novo, Percy não aguentou. Rindo da própria piada, se deixou cair de costas na arquibancada, rindo e rindo até que seu ar sumisse e depois voltasse, um sorriso feliz permanecendo em seus lábios muito tempo após sua crise passar.

— Você está bem? — Nico perguntou numa voz pequena e suave, fazendo seu coração derreter.

Percy abriu os olhos para ver que Nico tinha se aproximado de onde ele estava deitado, sentando sobre os próprios joelhos, todo preocupado, seus olhos negros arregalados e bochechas coradas.

— Então... — Percy disse, tentando parar de sorrir. —  Estamos no mesmo ano. Como eu não te vi por aí?

— Eu te vi. — Nico disse e abaixou os olhos para o próprio colo. — É difícil não ver quando as pessoas só falam de você.

— O que eles falam?

— Que você tira as melhores notas. É o melhor nos esportes. Tem a melhor namorada. Essas coisas.

— Que namorada é essa?

—  Acho que... Annabeth Chase? Não sei direito. Cheguei há poucas semanas.

— É bom saber disso.

— Saber do quê?

— Que eu tenho uma namorada.

— Você... não sabe? — Nico entortou a cabeça, feito um cachorrinho confuso e isso arrancou outra gargalhada dele. Dessa vez, Nico riu junto. Ele parecia estar segurando o riso, mas quando Percy não parou, Nico se viu sem escapatória, se juntando a ele.

— Você é engraçado. — Nico lhe disse.

— Você que é.

E feito um garoto da terceira série, coisa que ambos eram, riram novamente, enquanto ouviam o sinal tocar. Percy nem tinha percebido que meia hora tinha se passado, o que era mais tempo do que ele costumava passar com seus velhos amigos nos últimos tempos. E o que isso dizia sobre ele, hm?

— A gente tem que ir. — Ele ouviu Nico dizer.

Eles realmente tinham. Com pressa, ajudou Nico a recolher as marmitas e o acompanhou para a próxima aula, descobrindo que Nico de fato estava na mesma sala que ele. Percy estava tão distraído em tentar se esconder que não via o que acontecia à sua volta? Bem, esse fato iria mudar a partir daquele instante.

***

— Nico.

— Hm.

— É hora de acordar.

Nico resmungou e se aconchegou mais debaixo dos cobertores. Ele estava tão cansado que sentia que precisaria de uma semana inteira para se recuperar. 

Ele se remexeu de novo, prestes a colocar o cobertor sobre a cabeça quando sentiu braços fortes rodearem sua cintura, entretanto, o que o fez abrir os olhos foi o beijo em seu pescoço, naquele lugarzinho perto da nuca que agora o fazia reagir mais intensamente do que ele achava que deveria. Era tudo culpa de Percy, culpa da forma que Percy havia o tocado na noite anterior e de todas aquelas palavras. 

Deuses! O que ele tinha feito? Nico tinha realmente dito tudo aquilo para Percy? Nico não acreditava nisso! Ele se sentou em um pulo e olhou ao redor. Ele ainda estava em seu quarto, e Percy? Bem, o idiota ainda estava a seu lado, encostado contra a cabeceira da cama e com um sorriso tão satisfeito no rosto que isso o fazia se perguntar: Será que ele tinha dito algo que não se lembrava na noite anterior?

— Então, você gosta de apanhar? 

— Percy!

— Pensei que eu fosse o único que você permitisse te fu--

— Não se atreva! — Nico admitia que estava entrando em pânico. 

— Eu me pergunto onde está o garoto que queria ir devagar, hmm?

Em outro pulo, Nico se jogou em cima de Percy e tampou a boca dele com as mãos.

— Retiro tudo o que eu disse. Tudo!

Percy lambeu sua mão e continuou sorrindo para ele até que Nico se deu por vencido, deixando que Percy falasse:

— É uma pena. A gente podia se divertir tanto… 

— Eu… eu não sei. — Nico teve que desviar o olhar, talvez ele não quisesse retirar nada, por mais humilhante que fosse.

— Bebê. Vem aqui.

Nico foi, é claro. 

Percy o segurou pela cintura e o fez se deitar sobre o peito dele, uma das mãos de Percy indo a seus cabelos imediatamente. Nico não entendia porque aquele gesto o acalmava tanto ou porque esse sentimento de ternura o fazia querer contar tudo o que não tinha dito na noite anterior. É que… ele se sentia condicionado a nunca mentir para Percy, e ele já havia dito tanto… Nico queria ter uma máquina do tempo para se certificar que nada daquilo tivesse acontecido, porque só assim teria certeza que nada entre eles mudaria.

— Eu sinto muito.

— Nico.

— Eu não devia ter ido embora. Mas quando você me disse para conhecer outras pessoas, pensei que… pensei que a gente nunca teria uma chance. Então, por que ficar esperando por algo que nunca vai acontecer?

— Está tudo bem. É minha culpa.

— Não quero saber de quem é a culpa. Quero que você diga que me perdoa e que no futuro isso não vai afetar as coisas.

— Eu te perdoo e isso não vai mudar nada.

Nico sabia que Percy falava isso apenas porque ele havia pedido, mas mesmo assim, o nó em seu estômago parecia se afrouxar.

— Promete?

— Eu prometo.

Nico se afastou o suficiente para poder olhar no rosto de Percy e o tocou ali suavemente, acariciando os lados do pescoço dele.

— Você sabe que eu te amo, não sabe? De verdade? — Nico se forçou a dizer, vendo um sorriso pequeno aparecer nos lábios de Percy.

— Por que essas declarações agora?

— Eu percebi… pensei que gostava de você porque você foi o meu primeiro amigo. Mas quando eu estava na Itália, parecia que algo estava faltando. Tentei encontrar isso em outras pessoas, sabe?

— O que você estava procurando? — Foi quando Percy tocou em seus ombros, tentando consolá-lo.

Ahg, ele não conseguia olhar para Percy quando Percy agia de forma tão gentil.

— Eu não sei! — Era uma mentira, é claro. E Percy sabia disso. — É difícil expressar o quanto você significa pra mim. Então, quando eu não te conto as coisas é porque eu não consigo, não porque eu não quero.

— Eu sei disso. Mas eu preciso que você me diga. Preciso que você me dê permissão. — Então, Percy tocou em sua nuca, puxando sua cabeça para cima, o fazendo encará-lo. E ainda assim, quando Nico se negou e manteve os olhos fechados, Percy insistiu: — Lindo. Olhe para mim.

Nico fez, ele fez porque era impossível resistir quando Percy falava com ele naquele tom firme e ao mesmo tempo tranquilizador.

— Eu entendo. Você não precisa se forçar. 

— Eu sinto muito.

— Não, Nico. Não é sua culpa.

— Não quero te preocupar.

Porque essa era a verdade. Ele sempre gostou de passar pela vida quieto e despercebido, só que Percy o anotou e não o largou desde então. Não importava quanto tempo passasse, nunca se acostumaria com a atenção que Percy lhe dava e mesmo depois de uma década, era estranho, era como se ele estivesse em um sonho e a qualquer momento iria acordar, percebendo que Percy tinha sido sua imaginação lhe pregando peças.

— Isso não vai se repetir.

— O quê? — Nico perguntou, sem entender.

— Não vou te obrigar. Apenas… me diga se você precisar. Qualquer coisa.

— Qualquer coisa?

— É claro.

— Então diz que me ama.

— Eu te amo.

— De novo.

— Eu te amo.

— De novo.

— Nico. — Percy sorriu e o beijou, o interrompendo. — O que está acontecendo? É sobre a noite passada?

— Não é nada.

— Prometo que não vou fazer aquilo novamente.

— Aquilo…?

— Eu não vou ser… tão intenso ou… você sabe.

Por que ele sentia que seu rosto estava esquentando? E já que esse era o caso…

— Por que não?

Esse era o momento que Nico mais temia. Percy ficou em silêncio e o encarou por longos segundos, sem lhe dar escolha se não encará-lo de volta. Ele temia tanto esses silêncios porque esse era o momento em que ele não conseguia mentir, e se ele não pudesse falar, não teria como desviar a atenção para longe da verdade. 

Sim, essa era a realidade, não importava o quanto ele tentasse dissimular, Percy sempre saberia de tudo no final.

— Tudo isso é por vergonha? A humilhação é demais para você? Ou é porque você gosta da sensação?

Nico não sabia como Percy conseguia falar tudo isso de forma tão séria e compenetrada. Bem, Percy estava mais certo do que imaginava. Entretanto, quando Nico ficava nervoso esses sentimentos saíam apenas de duas formas, lágrimas de ansiedade ou de risada. Então, imagina a cena onde ele começou a rir do nada enquanto Percy continuava sério e todo austero.

— Você acha que eu sou uma piada? — Percy disse e estufou o peito, fingindo estar ofendido.

— Eu nunca acharia isso.

— Eu te amo. — Então, Percy o abraçou forte e acariciou suas costas. — Não importa o que seja essa coisa entre a gente, vamos superar juntos.

Era o que Nico esperava.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Então, como foi? Infelizmente vou ter que dar uma pausa para descansar e volto em agosto. Se eu conseguir escrever algo legal, volto antes. Até mais!


Tags
  • sp-ree
    sp-ree liked this · 1 month ago
  • thereal-beanbean
    thereal-beanbean liked this · 1 month ago
  • jadeeatsrainbows
    jadeeatsrainbows reblogged this · 1 month ago
  • reallyinkyhands
    reallyinkyhands liked this · 4 months ago
  • x0scarecr0w
    x0scarecr0w liked this · 4 months ago
  • reblogsforfun
    reblogsforfun reblogged this · 4 months ago
  • awholehoststan
    awholehoststan liked this · 4 months ago
  • crazycatkatetrap
    crazycatkatetrap liked this · 4 months ago
  • chaotic-inkme
    chaotic-inkme liked this · 5 months ago
  • genderless-spoon
    genderless-spoon liked this · 5 months ago
  • serenefreakgeek
    serenefreakgeek liked this · 5 months ago
  • river-puppy
    river-puppy liked this · 5 months ago
  • wheneverfeasible
    wheneverfeasible liked this · 5 months ago
  • whatdoyoumeeeeean-howamidoing
    whatdoyoumeeeeean-howamidoing reblogged this · 5 months ago
  • whatdoyoumeeeeean-howamidoing
    whatdoyoumeeeeean-howamidoing liked this · 5 months ago
  • edibleorb
    edibleorb liked this · 5 months ago
  • quevadilla
    quevadilla reblogged this · 5 months ago
  • steddie-as-they-come
    steddie-as-they-come reblogged this · 5 months ago
  • sittinthroughthisoreshit
    sittinthroughthisoreshit reblogged this · 6 months ago
  • sittinthroughthisoreshit
    sittinthroughthisoreshit liked this · 6 months ago
  • angxlstar
    angxlstar liked this · 6 months ago
  • megasweetbones
    megasweetbones liked this · 6 months ago
  • thelittletobsterthatcould
    thelittletobsterthatcould liked this · 7 months ago
  • i-love-love
    i-love-love liked this · 7 months ago
  • tarka-the-bloody-otter
    tarka-the-bloody-otter liked this · 7 months ago
  • the-holy-roomba
    the-holy-roomba reblogged this · 7 months ago
  • the-holy-roomba
    the-holy-roomba liked this · 7 months ago
  • cabbagekingtm
    cabbagekingtm reblogged this · 7 months ago
  • adragonnamedatlas
    adragonnamedatlas liked this · 7 months ago
  • confirmed-for-trash
    confirmed-for-trash reblogged this · 7 months ago
  • stellar-teblogs
    stellar-teblogs reblogged this · 7 months ago
  • stellar-nap
    stellar-nap liked this · 7 months ago
  • hiliketaters
    hiliketaters reblogged this · 7 months ago
  • hiliketaters
    hiliketaters liked this · 7 months ago
  • funghifungi
    funghifungi liked this · 7 months ago
  • jinglebellrockstars
    jinglebellrockstars liked this · 7 months ago
  • acethetic-lizzy
    acethetic-lizzy liked this · 7 months ago
  • neoncryptid169
    neoncryptid169 reblogged this · 7 months ago
  • comicgoth666
    comicgoth666 reblogged this · 7 months ago
  • comicgoth666
    comicgoth666 liked this · 7 months ago
  • chickenonabicycle
    chickenonabicycle reblogged this · 7 months ago
  • justhoardingreblogs
    justhoardingreblogs reblogged this · 7 months ago
  • justcreatingthings
    justcreatingthings liked this · 7 months ago
  • theshowgeek
    theshowgeek reblogged this · 7 months ago
  • theshowgeek
    theshowgeek reblogged this · 7 months ago
  • theshowgeek
    theshowgeek liked this · 7 months ago
  • writerray
    writerray reblogged this · 7 months ago
  • writingamongther0ses
    writingamongther0ses reblogged this · 7 months ago
auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

464 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags