Hoje Vamos Falar Um Pouco De Urano.

Hoje vamos falar um pouco de Urano.

Urano, as vezes é considerado como o paneta esquecido do nosso Sistema Solar, ele está muito longe, foi visitado só uma vez por uma sonda em 1986, pela Voyager II.

Urano é o sétimo planeta em distância do Sol, e o terceiro maior em tamanho, perdendo somente para Júptier e Saturno.

Urano possuem finos anéis de poeira e um conjunto incrível de 27 luas que nós conhecemos até hoje.

Na verdade é um pouco ridículo não termos tanto interesse assim, nesse grande planeta do nosso Sistema Solar.

Para vocês terem uma ideia, sabemos mais de Plutão e temos imagens mais detalhadas de Plutão do que de Urano.

Talvez o aspecto mais estranho de Urano seja a sua inclinação. Ele praticamente gira deitado.

Na verdade todos os planetas do Sistema Solar têm uma inclinação, a da Terra é de 23.5 graus, de Marte, 25 graus, e até Mercúrio tem uma inclinação de 2.1 graus.

Agora Urano, tem uma inclinação do eixo de rotação de 97.8 graus.

A grande questão então é, o que teria acontecido com Urano, para ter uma inclinação tão grande assim?

Para entender isso, teremos que voltar no início da história do Sistema Solar. A nossa vizinhança era um lugar bem violento e não muito amigável de se viver.

Muitas colisões aconteciam, entre corpos gigantescos, colisões catastróficas, vide a colisão da Terra com um corpo quase do tamanho de Marte que gerou a nossa Lua.

As colisões eram tão violentas, que os planetas mudavam de órbita, outros eram expulsos do Sistema Solar e outros mergulhavam diretamente na direção do Sol.

Com Urano, certamente aconteceu isso, uma colisão violenta que fez com que ele se inclinasse, e essa colisão aconteceu quando ele ainda estava circundado pelo disco de poeira que deu origem às suas luas, e nós sabemos disso, pois as luas orbitam Urano na mesma inclinação do seu eixo de rotação.

Os astrônomos atualmente acreditam que não foi uma única colisão que fez isso com Urano, mas sim uma série de colisões. Se fosse uma só, Urano giraria diferente, com uma série de colisões, elas agem como freios, colocando o planta na rotação correta.

Qual a consequência disso? Bem, imagine você na superfície de Urano (tudo bem, ele não tem superfície é uma bola de gás, mas imagine que tem), se você estivesse no polo você veria o Sol acima do horizonte por 42 anos, fazendo círculos cada vez maiores até desaparecer no horizonte, e depois ficaria 42 anos sem ver o Sol.

O Sistema Solar é feito de sobreviventes, e a nossa Terra, um sobrevivente mais sortudo ainda. Mas olhando para os outros planetas podemos ver que a vida realmente não foi fácil no início da história do Sistema Solar.

(via https://www.youtube.com/watch?v=Nk_hBs2Ci48)

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9 years ago
Os Cientistas Da Missão New Horizons Da NASA Estão Aprendendo Cada Vez Mais Sobre A Estrutura E O Comportamento

Os cientistas da missão New Horizons da NASA estão aprendendo cada vez mais sobre a estrutura e o comportamento da complexa atmosfera de Plutão, descobrindo novos atributos das suas extensas camadas de névoas. As névoas foram descobertas pela primeira vez quando a sonda New Horizons as fotografou em Julho de 2015.

Os cientistas da missão descobriram que as camadas na atmosfera de nitrogênio de Plutão, variam em brilho dependendo da iluminação e do ponto de vista, embora ela mantenha sua estrutura vertical geral. As variações de brilho podem ocorrer devido as ondas de flutuações, que os cientistas também chamam de ondas de gravidade (e que nada tem a ver com as ondas gravitacionais), que são normalmente lançadas pelo fluxo de ar sobre as cadeias de montanhas. As ondas de gravidade atmosféricas são conhecidas na Terra, em Marte, e agora, provavelmente em Plutão.

As camadas da atmosfera de Plutão são vistas da melhor forma em imagens que foram feitas pela sonda New Horizons quando ela passou atrás do planeta anão. A sonda New Horizons, obteve uma série de imagens retroiluminadas enquanto ela passou por Plutão, no dia 14 de Julho de 2015. Nessas observações feitas pelo instrumento Long Range Reconnaissance Imager, ou LORRI, as camadas atmosféricas sobre localizações específicas em Plutão foram imageadas algumas vezes, num intervalo de 2 a 5 horas. O brilho das camada variam de cerca de 30%, apesar da altura das camadas acima da superfície permanecer a mesma.

Plutão é simplesmente espetacular, quando as primeiras imagens da estrutura da atmosfera foram observadas, elas surpreenderam a todos. O fato de não se ter observado as camadas atmosféricas se movendo para cima e para baixo será importante para os esforços de modelagem no futuro.

Fonte:

https://www.nasa.gov/feature/pluto-s-haze-varies-in-brightness

9 years ago
De Acordo Com Os Astrobiólogos Charley Lineweaver E Aditya Chorpa, A Vida Em Outros Planetas Provavelmente

De acordo com os astrobiólogos Charley Lineweaver e Aditya Chorpa, a vida em outros planetas provavelmente tem sido breve e tornou-se extinta rapidamente.

“O universo é provavelmente preenchido com planetas habitáveis, e muitos cientistas acreditam que esses planetas são habitados por alienígenas. O início da vida é algo frágil, por isso, nós acreditamos que ela raramente se desenvolve rápida o suficiente para sobreviver”, disse o Dr. Chopra, que é o primeiro autor de um artigo publicado na revista Astrobiology.

“A maioria dos ambientes planetários iniciais são instáveis. Para se produzir um planeta habitável, a forma de vida precisa regular os gases de efeito estuda, bem como a água e o dióxido de carbono para manter a temperatura da superfície estável”. A cerca de 4 bilhões de anos atrás, a Terra e os outros planetas terrestres no nosso Sistema Solar podiam ter sido todos habitáveis.

Contudo, um bilhão de anos depois da formação, Vênus se tornou um lugar muito quente, e Marte um lugar muito frio. Uma vida microbiana inicial nesses dois planetas, se é que ela existiu, falhou em se estabilizar rapidamente mudando o ambiente, de acordo com o Professor Lineweaver. “A vida na Terra provavelmente teve um papel importante em estabilizar o clima do planeta”.

O Dr. Chopra disse que a teoria resolve um problema antigo. O mistério de por que nós não encontramos sinais de vida de alienígenas, pode ter menos a ver com probabilidade da origem da vida ou da inteligência e mais a ver com a raridade da rápid emergência da regulação biológica dos ciclos de realimentação nas superfícies planetárias”.

Em planetas terrestres úmidos, com ingredientes e fontes de energia necessárias para a vida, ela parece ser onipresente, contudo, como o físico Enrico Fermi apontou em 1950, nenhum sinal de vida extraterrestre foi ainda encontrado.

Uma solução plausível para o paradoxo de Fermi é a extinção quase que universal acontecida no começo, algo que os cientistas têm chamado de Gargalo Gaiano.

“Os pré-requisitos e ingredientes para a vida parecem ser abundantes no universo. Contudo, o universo não parece ter tanta vida assim. A explicação mais comum para isso é a baixa probabilidade para a emergência da vida (um gargalo emergencial), notoriamente devido à intrigada receita molecular necessária”, disse o astrofísico.

“Nós apresentamos uma explicação alternativa para o Gargalo Gaiano: se a vida emerge em um planeta, ela somente se desenvolve raramente rápida o suficiente para regular os gases de efeito estufa e o albedo, se ela manter as temperaturas na superfície compatíveis com a água líquida e com a habitabilidade”.

“Esse Gargalo Gaiano sugere que (i) a extinção é um padrão cósmico para a maior parte da vida que emergiu na superfície de planetas rochosos úmidos no universo e (ii) os planetas rochosos precisam ser habitados para permanecerem habitáveis”.

Fonte:

http://www.sci-news.com/astronomy/extraterrestrials-may-all-be-extinct-03583.html

10 years ago

Estudos!

Exercitando Física Matemática!!

2 years ago

Galáxia NGC 1300

Galáxia NGC 1300

Localizada na constelação de Eridanus e com distância aproximadamente de 69 milhões de anos-luz, a galáxia NGC 1300 é um exemplo maravilhoso de uma galáxia espiral barrada.

Ao contrário de outras galáxias espirais, onde os braços estelares se curvam para fora do centro da galáxia, os braços de NGC 1300 se afastam das extremidades de uma barra reta de estrelas que se estende pelo núcleo da galáxia.

Os braços espirais de NGC 1300 incluem aglomerados azuis de estrelas jovens, nuvens cor-de-rosa que estão formando novas estrelas e faixas escuras de poeira. Duas faixas de poeira proeminentes também cortam a barra da galáxia, que contém principalmente estrelas alaranjadas mais velhas. Essas faixas de poeira desaparecem em uma espiral estreita no centro da barra.

Curiosamente, apenas as galáxias com barras grandes parecem ter uma "espiral dentro de uma espiral".

📷 Créditos da imagem: Hubble Space Telescope

📚 Créditos do texto: Hubble Space Telescope, disponível nos links:

[1] https://hubblesite.org/contents/media/images/3880-Image

[2] https://esahubble.org/images/opo0501a/


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8 years ago

Eu já falei muitas vezes para vocês que os buracos negros podem ser classificados em 3 categorias: os buracos negros supermassivos encontrados no centro de galáxias, os buracos negros de massa estelar e os buracos negros intermediários.

Esses últimos ainda não tiveram sua existência confirmada, mas os astrônomos acreditam que eles devem sim existir.

Esse tipo de buraco negro teria uma massa entre 100 e 10 mil vezes a massa do Sol e a importância além de serem o ele perdido entre os buracos negros estelares e os supermassivos, eles poderiam ser as sementes que dão origem aos buracos negros supermassivos.

Um grupo de astrônomos anunciou na última edição da revista Nature evidências para a existência de um buraco negro de massa intermediária no interior do aglomerado globular 47 Tucanae.

Esse aglomerado tem 12 bilhões de anos de vida e está localizado a cerca de 13 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Tucano.

Ele contém milhares de estrelas, condensadas numa bola com 120 anos-luz de diâmetro. Além disso ele possui duas dezenas de pulsares que são importantes para essas evidências.

Esse aglomerado já foi examinado na busca por buraco negro, mas o resultado não foi o desejado, porque não no raio-X só é possível identificar os buracos negros supermassivos se alimentando ferozmente. O que não é o caso no interior desse aglomerado.

Mesmo em buracos negros mais calmos como o da nossa galáxia, inferir a sua presença não é algo complicado pois as estrela na sua volta começam a se movimentar a altas velocidades, algo também que não foi identificado no 47 Tucanae.

No caso de um aglomerado globular, uma evidência para a presença de um buraco negro é o movimento geral das estrelas, o buraco negro funciona como uma colher, recolhendo estrelas e atirando-as a altas velocidades e a grande distâncias, isso gera um sinal que é detectado pelos astrônomos.

Outra evidência são os pulsares, que emitem sinais de rádio facilmente detectados, com a presença do buraco negro de massa intermediária os pulsares são detectados a distâncias maiores do centro do que se o buraco negro não existisse.

combinando essas evidências e usando modelos computacionais, os astrônomos concluíram a presença de um buraco negro com massa equivalente a 2200 vezes a massa do Sol no 47 Tucanae.

Essa descoberta é importante, pois a técnica de detecção e a metodologia usada no processamento dos dados podem ser aplicadas a outras aglomerados globulares na busca por mais buracos negros de massa intermediária, e assim vamos também traçando a linha evolutiva desses que são um dos objetos mais intrigantes do universo.

(via https://www.youtube.com/watch?v=0WCJy3bBKfY)

7 years ago
A Fotografia Desta Semana Mostra Fitas De Gás E Poeira Em Torno Do Centro Da Galáxia Espiral Barrada

A fotografia desta semana mostra fitas de gás e poeira em torno do centro da galáxia espiral barrada NGC 1398. Esta galáxia situa-se na constelação da Fornalha, a aproximadamente 65 milhões de anos-luz de distância da Terra.

Em vez de começarem no meio da galáxia e espiralarem para o exterior, os braços em espiral da NGC 1398 têm origem numa barra direita, formada de estrelas, que corta a região central da galáxia. Uma grande parte das galáxias em espiral — cerca de dois terços — apresenta esta estrutura, no entanto ainda não é claro se e como é que estas barras afectam o comportamento e o desenvolvimento das suas galáxias.

Esta imagem foi criada a partir de dados obtidos pelo instrumento FORS2 (FOcal Reducer/low dispersion Spectrograph 2), montado no Very Large Telescope do ESO (VLT) no Observatório do Paranal, no Chile, e mostra a NGC 1398 em grande detalhe, dos escuros trilhos de poeira que sarapintam os braços em espiral às regiões de formação estelar em tons rosa que aparecem nas regiões mais externas.

A imagem foi criada no âmbito do programa Jóias Cósmicas do ESO, o qual visa obter imagens de objetos interessantes, intrigantes ou visualmente atrativos, utilizando os telescópios do ESO, para efeitos de educação e divulgação científica. O programa utiliza tempo de telescópio que não pode ser usado em observações científicas. Todos os dados obtidos podem ter igualmente interesse científico e são por isso postos à disposição dos astrónomos através do arquivo científico do ESO. Crédito da Imagem: ESO

9 years ago
O Telescópio Espacial Hubble Das Agências Espaciais, NASA E ESA Lançou Uma Imagem Que Lembra Muito

O Telescópio Espacial Hubble das agências espaciais, NASA e ESA lançou uma imagem que lembra muito um sabre de luz, só que esse é cósmico. O momento não podia ser melhor, coincidindo com a semana de lançamento do filme Star Wars 7 – O Despertar da Força. No centro da imagem, parcialmente obscurecida por um manto escuro de poeira, uma estrela adolescente atira jatos gêmeos no espaço, demonstrando o poder das forças no universo.

O sabre de luz cósmico localiza-se não numa galáxia, muito, muito distante, mas sim dentro da própria Via Láctea. Mais precisamente, ele reside dentro de um pedaço turbulento do espaço conhecido como complexo de nuvem molecular Orion B, que está localizado a apenas 1350 anos-luz de distância da Terra na constelação de Orion.

Lembrando muito o sabre de luz duplo usado por Darth Maul no Episódio I de Star Wars, o espetacular jato gêmeo de material cruzando a imagem incrível, está sendo emitido de uma estrela recém-formada que está obscurecida da visão, coberta por uma gás e poeira.

Quando as estrelas se formam dentro das gigantescas nuvens gasosas, parte do material ao redor colapsa formando um disco em rotação que circula a estrela que acabou de nascer, conhecida como protoestrelas. Esse disco é onde, por exemplo, um potencial sistema planetário pode se formar. Contudo nesse estágio inicial, a estrela está cheia de apetite. O gás do disco cai na protoestrela como uma chuva, e assim, a estrela desperta e os jatos do gás energizado a partir dos seus polos são expelidos em direções opostas.

A “Força” é intensa com esses jatos gêmeos, seu efeito no ambiente demonstra o verdadeiro poder do “Lado Escuro”, com uma explosão mais violenta do que toda a frota armada e o poder operacional de batalha da Estrela da Morte. À medida que eles se afastam em alta velocidade, frentes de choque supersônico se desenvolvem ao longo dos jatos e o calor do gás ao redor chega a milhares de graus.

Além disso, à medida que os jatos colidem com o gás ao redor e com a poeira, e limpa vastas regiões do espaço, eles criam ondas de choques curvas. Essas ondas de choque são as marcas dos Objetos Herbig-Haro (HH), aglomerados de nebulosidade, contorcidos. O proeminente Objeto Herbig-Haro, mostrado na imagem é o HH 24.

Logo à direita da estrela, um par de pontos brilhantes de luz podem ser vistos. Esses pontos são estrelas jovens mostrando seus próprios sabres de luz porém fracos. Uma fonte camuflada, escondida, somente detectável em ondas de rádio, criou um túnel através da nuvem escura na parte superior esquerda da imagem, com um fluxo mais largo, lembrando o “o raio da força”.

Todos esses jatos, fazem do HH 24, a concentração mais densa de jatos HH conhecida em uma pequena região. Metade dos jatos HH que foram registrados nessa região foram registrados na luz visível, e aproximadamente o mesmo número na luz infravermelha. As observações do Hubble para essa imagem foram realizadas na luz infravermelha, que permite que o telescópio possa espiar através do gás e da poeira que protege as estrelas recém-nascidas e capture uma clara visão dos objetos HH que os astrônomos estão procurando.

Fonte:

http://spacetelescope.org/news/heic1526/

  ���z&S

8 years ago
Belo Arco Circunzenital Fotografado Em 26 De Junho De 2016 No Texas. By Www.eluniversohoy.net

Belo arco circunzenital fotografado em 26 de Junho de 2016 no Texas. By www.eluniversohoy.net

7 years ago
NGC 6960 (Western Veil Nebula) & Horsehead Nebula And The Flame Nebula
NGC 6960 (Western Veil Nebula) & Horsehead Nebula And The Flame Nebula

NGC 6960 (Western Veil nebula) & Horsehead Nebula and the Flame Nebula

by David Wills

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carlosalberthreis - Carlos Alberth Reis
Carlos Alberth Reis

1994.4.26 • Parintins, Amazonas, Brasil

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