De uns tempos pra cá, tenho acordado no susto. Sempre com a estranha sensação de estar atrasado para um compromisso que não existe. Sempre com aquela angústia desnecessária de estar devendo ao mundo um poema que nunca será escrito. Olho na agenda, nada marcado. Coloco meus óculos e confirmo nitidamente que não tenho realmente nada agendado para os próximos dias, quiçá meses. Devo estar atrasado comigo, com o meu passado. Alguma saudade que eu deixei para trás está cobrando minha companhia, como se fosse um chope ou uma dúzia de bolinhos de bacalhau que eu deixei em alguma conta pendurada no balcão do meu bar predileto.
Eu me chamo Antônio. (via alentador)
Pode ser o sol da tarde e essas coisas que ele traz, dada a sua intensidade ou a calma do meu mundo.
Banda do mar
Saudade de momentos que não voltam. Dos sorrisos, dos abraços, das palavras, do afeto e amor demonstrado. Sinto falta das melodias já cantadas, e das músicas já dançadas. Do azul do céu e das nuvens esbranquiçadas. Das histórias já vividas, das viajens repentinas, da inocência ,dos contos, da infância. Saudade de ser criança. Agora, só restam lembranças. - Me Feb,14th,2015
Às vezes me olho no espelho e não me reconheço. Quem sou eu hoje? Já se perguntou? Somos todos iguais! Mas distintos. Várias personalidades se acumulam. Variações... Mudando constantemente. Acreditando e desacreditando. Acertando e errado. Ganhando e perdendo. Sorrindo e chorando. Amando e odiando. Mudam-se as estações. As cores. Os refrões. Um sorriso não quer dizer nada. Lá dentro só há destroços. Noite amarga. É assim quase sempre. Tristeza vem. Se a felicidade existe? Bem , talvez ... Na verdade dizem que sim. Mas ainda não achei a fonte dessa tal felicidade sem fim. Preciso voltar a observar aquela luz ... Eu a perdi. - Me May,04th,2016.
Como entender? Estamos presos em nosso mundo. Fechados em nosso quarto. E escondidos no escuro. Ansiando pela luz do entendimento. Buscando o um sentido pra tudo. Fechando os ouvidos pro que é mais profundo e seguro. Nós cegando. Aceitando no que o “mundo” diz ser puro. Optamos pelo fácil , se desviando do difícil. Preferindo o caminho espaçoso do que o estreito e apertado. Vivendo por si só. Porque somos tão burros? Sozinhos. Temendo a nós mesmos. Estamos perdidos, em meio a oposição, no mundo.
- Me.
Mar,13th,2016.
Houve dias nos quais eu fiquei deitada na cama por horas, Eu quis. Desejei não existir. Mas não aconteceu. Eu chorava todas as vezes, Simplesmente pelo fato de ser boba, De não saber o "porque", Ou se estava certo. Eu quis, e ansiei pelo impossível sempre. Não o tive. Não o terei. Não tenho mais a esperança. Não tenho nada. Só eu e as minhas mágoas pelo mundo. Eu quis mudar, E quis que me mudassem. Não foi. Talvez não acontecerá. Se preciso de ajuda. Eu grito por ela.. Porém ninguém pode me escutar. Talvez ninguém queira me ajudar. Eu tenho 21 anos e já anseio pelo meu descanso. Não é isso que eu deveria pensar! Jan, 27th, 2017. – Me.
“[Não] permitam que os outros os convençam de que são limitados no que podem fazer. Acreditem em si mesmos e, então, vivam de modo a atingir seu potencial.” Presidente Thomas S. Monson, “Vida em Abundância”, A Liahona, janeiro de 2012, p. 5.
Eu quero dormir! Quero aquele sono escuro, sem sonhos. Silencioso e tranquilo. Onde não existo. E não há vida lá. Nem problemas. Nada, que possa me atingir, ou me ver. Nada que vá me sufocar e me engolir, ou me fazer sofrer. Nada com que eu precise me preocupar. Mas, eu quero viver! Quero a sorte de um amor tranquilo. Contemplar o céu noturno; o azul e o sol do dia seguinte. Está satisfeita com meu trabalho; por ser a profissão escolhida. Ter filhos. Família. Uma linda casa, e uma boa condição de vida. Cuidar dos meus gatinhos. Viajar. Sorrir e chorar. Mas também me amar, te amar, e amar a vida. Ser grata por cada dia. Mas hoje, quero apenas me afundar em minha cama. Me esconder embaixo das cobertas. Talvez chorar. Ou apenas ali ficar, calada. Desesperançada! – Me Nov, 05th,2016.