Decidi ser silêncio. Por enquanto. Por um tempo. Decidi não sentir. Não querer. Não imaginar. Até mesmo, não amar. Digo, não muito. Vou fingir ser pouco, somente para depois não chorar. Pra não lembrar do muito. Não sei se devo esperar. Há o que esperar? Amar? Sinto o peso de leve que há nisso. Não é de se notar, pois quase nem sinto. É leve demais. E cada vez mais. Vai pra longe. Talvez logo deixe de existir. E quem sabe, você até goste disso. Por que insistimos em amar, quem não nos quer? Por que persisto, se já sei que não é?
Lembro-me do sonho, era você. Mas agora, dúvida há em minha mente. Então já não sei mais se somos nós. E quem somos nós?
- Me
May, 09th,2016.
"Eu ando em frente por sentir,saudade." - Marcelo Camelo e Mallu Magalhães (Janta) *-*
Eu sonhei com cada detalhe.
Imaginei que seria fácil. Poderia ser, pelo menos um pouco.
Senti medo a maioria das vezes, e ainda sinto.
Tive vontade de desistir. Apenas por temer o fracasso.
Eu chorei antecipadamente por pessoas que eu sabia que iram partir de alguma forma.
E fiz de tudo para que ficassem, mas o destino fazia questão de me lembrar que não era assim tão fácil.
Eu senti solidão.
Me conheci melhor.
Eu vi todo mal e imperfeição.
Fui minha pior inimiga.
Refém de mim mesma.
E houve dias dos quais foi minha melhor amiga.
Fiz da paciência minha aliada em cada etapa.
Me superei.
Me tornei ainda mais observadora.
Devemos tomar cuidado com as pessoas.
Quis algo que pudesse me completar.
Procurei.
Nunca deixei de procurar, e nunca entendi o porque de tanta demora.
Ainda chove lá fora.
E quando não a neblina tampa minha visão.
Parece algo impossível de encontrar.
Não sei onde possa estar!
Mar, 05th, 2017.
-Me
Eu sempre faço textos melancólicos, mas hoje resolvi desabafar. Eu poderia desabafar com alguém, mas o problema é que é muita coisa, muita informação, e acho que essa pessoa não iria aguentar ouvir tudo, e com certeza não entenderia. Não sei. Enfim, anda acontecendo muitas coisas ultimamente em minha vida. O tempo anda passando rápido demais, as coisas já mudaram de lugar mais de uma vez. Minha vida é a bagunça que escrevo em meus textos. É decisões não tomadas, amores impossíveis, que nunca começa e nunca acaba. Há problemas com a família, no trabalho, com os amigos, e comigo mesmo. Está uma guerra aqui dentro. Quando acho que tudo pode dar certo , penso " agora vai" , mas é só a vida brincando comigo, me enganando mais uma vez. Gostaria de saber do "Por que?". Digo, é difícil pra mim. Quase sempre me pego olhando pro nada, imaginando e tentando achar uma solução para tudo que está acontecendo. Eu me preocupo, quero ajudar... Desculpe não entrar em detalhes, mas é que, é tanta coisa. Nada parece ser real, me sinto em um filme de drama e romance, aqueles que nunca acabam. Talvez eu escreva um livro mais tarde, se baseando em minha vida, as aventuras e desventuras, as paixões e os amores impossíveis. Beijos, Me Jun,24th,2016.
No final. Esquecemos. As cartas. Os “eu te amo eternamente”. “Sinto saudades”. E “até logo”. Guardamos os nossos bons momentos. Agora lembranças. Escondemos tudo de baixo do tapete. Só assim iríamos conseguir. Seguir. Sempre em frente.
Decidi não vê-lo como o via antes. Com a certeza de que também me amava. Decidi vê-lo como os demais. Amigos. Apenas. É o que somos. E o que devemos ser. Agora e sempre.
Eu joguei fora alguns rascunhos. Frases. Palavras de dor e amor. Se encontravam em meu diário. Rasguei. Cada folha. As queimei. Jaz. Foram embora. Pensei que assim seria mais fácil pra mim. Esquecer. Deixar ir. Acertei! É assim que deve ser. Você aí e eu exatamente aqui. Sem você.
– Me. Jul,05th,2016.
Bonito mesmo é quem fica, até quando não merecemos; quem entende as nossas pausas e os nossos medos; quem sabe dos nossos segredos e, mesmo assim, decide não partir.
“Então, esta é a minha vida. E quero que você saiba que sou feliz e triste ao mesmo tempo, e ainda estou tentando entender como posso ser assim.”
As Vantagens de Ser Invisível
— É impressionante — diz ele, e nós dois rimos. — Exceto que, na maior parte do tempo, eu me sinto como se estivesse disfarçado — acrescenta ele. —Eu também. — Pego um galho e começo a cavar com ele. — Ou talvez uma pessoa seja feita de várias pessoas — digo. — Talvez estejamos acumulando novas personalidades o tempo todo. — Carregando-as ao fazermos novas escolhas, boas e más, enquanto erramos, organizamos, perdemos a cabeça, encontramos a nossa cabeça, desabamos, nos apaixonamos, sofremos, crescemos, nos retiramos do mundo, mergulhamos no mundo, ao criarmos coisas e destruirmos coisas. Ele dá uma risadinha. — Cada personalidade subindo nos ombros da anterior, até nos transformamos em frágeis pirâmides humanas? Morro de deleite. — Sim, exatamente! Somos apenas frágeis pirâmides humanas!
Eu te Darei o Sol ( Jandy Nelson)
Parece não haver nada por aqui. Seja lá o que for, partiu. Minha cabeça dói, são pensamentos subversivos. Algo maçante e não compreendido. Pra mim é poesia, mesmo sendo minha a ruía.
Há cacos no chão onde piso, em cada esquina que passo, deixo minha marca. Sigo! Morto e vivo. Nada faz sentido. Não consigo alcançar meu infinito!
– Me. Oct, 20h, 2016