talvez eu nem exista nesse futuro
que eu me cobro tanto
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que as mentiras que tua mente te contar quando teu peito se faz triste e inquietante nĂŁo te consumas.
adrielly.
Ontem foi aniversĂĄrio dela, o natal estĂĄ prĂłximo, poderia pular pra janeiro?
@madeinvila
âCatarina, tenho sonhado propositalmente com vocĂȘ. Pensar em vocĂȘ faz a vida parecer fĂĄcil de se viver, e eu penso demasiadamente. Tenho criado inimaginĂĄveis cenĂĄrios no qual eu te encontro numa avenida qualquer, e caminhamos sem rumo e conversamos muito sobre coisas improvĂĄveis e impossĂveis. E por falar em impossibilidades, nĂŁo se apaixonar por vocĂȘ Ă© uma delas, Catarina. Minha garganta anda seca, e eu tenho bebido muito para suportar a rotina e as obrigaçÔes insuportĂĄveis, e eu ando querendo desistir de tudo e pegar o prĂłximo trem e ir ao seu encontro e te ver, e namorar atĂ© tarde debaixo de uma sete copas e ver o sol se pĂŽr e descobrir qual o perfume que vocĂȘ banha o teu corpo. Catarina, vocĂȘ foi a melhor coisa que o meus olhos viram em vida. E o que sinto por vocĂȘ Ă© genuĂno, aqui te confesso paixĂ”es guardadas a sete chaves de um coração cansado e triste dessa vida, mas com um espaço para receber tambĂ©m dos seus afetos. Quando eu te peço para me contar algo eu quero saber no fundo se vocĂȘ tambĂ©m anda pensando em mim, e se tambĂ©m sente o que ando sentindo. Catarina, vocĂȘ tambĂ©m escreve confissĂ”es de amor e nĂŁo me envia? Eu torço para descobrir que vocĂȘ guardou declaraçÔes de amor para a minha pessoa, mas torço tambĂ©m para que vocĂȘ leia as que eu tenho guardado para o seu coração. Essa, por exemplo, nĂŁo chega nem perto do que ando escrevendo em segredo para vocĂȘ, sĂŁo cartas Ăntimas que desmascaram o meu coração e desejo, cartas que fariam vocĂȘ corar e talvez, talvez, sorrir como sinal de reciprocidade.â
â Catarina.Â
Eu sou um paradoxo.
Gosto de ser feliz, mas eu penso em coisas tristes o tempo todo.
Tenho guardado vocĂȘ em algumas partes de mim. Aquelas partes que amou tanto lhe conhecer e caminhar diante aos teus passos. Te acompanhei paciente por essa estrada da vida. Mas nĂŁo sei em qual quarteirĂŁo eu te perdi de vista. Mas vocĂȘ ainda me faz companhia. Ă meu querido antigo amor, como valeu a pena ter caminhado contigo. Mas te ver ir, me custou muito. As noites parece-me um pouco mais escuras. O frio que me pega desprevenido, tambĂ©m me parece mais gelado. HĂĄ um silĂȘncio gritante, que no meio da noite, ouço teus passos em direção a porta. Ă querido antigo amor, que me visita nos dias solitĂĄrios. Tento lhe alcançar por meio desses entulhos, mas vocĂȘ nĂŁo me ouve mais, e nem sente o meu toque. O tempo te levou pra longe, mas juro nĂŁo esquecer-te. PorĂ©m, as preciosas promessas jĂĄ morreram de fome. Ă querido antigo amor, ficamos pelo caminho. Um amor que foi pouco ouvido. Um amor que foi paciente atĂ© aonde pĂŽde. Que gritou nas madrugadas, mas se calou ao amanhecer. E hoje, sĂł resta Ă s manhĂŁs cinzas. Ă querido amor antigo, vou deixando de existir aos poucos, mas ainda aguardo tua visita. Guardo a saudade, para que enfim, um dia pudermos matar. Ou enfim, partir com ela, e com tudo que nos restou. As memĂłrias respiram em mim, ĂŽ querido antigo amor, todas essas ruas tem seu nome. Ă querido amor antigo, eu deveria ter cedido mais. Ter lutado mais. PorĂ©m, a nossa guerra acabou. Ă querido antigo amor, recolho nossos planos desprezados, te amei atĂ© nĂŁo sobrar nada de vocĂȘ em mim, mas hĂĄ partes de vocĂȘ pra todo lado, e eu sempre me esbarro em tudo. EntĂŁo vocĂȘ vive de novo.