Quando Passa A Tempestade E Colocamos Na Balança A Nossa Vida Afetiva, Nos Damos Conta Que Criamos Muita

Quando passa a tempestade e colocamos na balança a nossa vida afetiva, nos damos conta que criamos muita expectativa por pessoas que são mental e espiritualmente contrárias a nós, fazendo com que dispensemos uma energia enorme com quem não vale a pena. 

Depois que nos sentimos amadas, esperamos ansiosamente ser amadas novamente. Pois sentir-se amada enche nossa alma de luz. Sentir que a pessoa em cima de nós quer nos dar prazer, quer nos proteger, quer passar horas conversando porque gostam da nossa companhia, é sinal que estamos sendo respeitadas pelo o que somos por dentro.

Isso é muito diferente de estar com homens que nos enxergam apenas como um corpo bonito e palpável e pensam em nós apenas como prazer efêmero para descarregar o peso de todas as suas frustrações. Muitas de nós temos sido um foco de descarga de homens involuídos. Que nos vêem apenas como seres descartáveis. 

Depois de descobrir que o meu corpo é Sagrado, nunca mais me contentei com pouco. Eu afirmo todos os dias que a minha vida é abundante, especialmente no amor. E, assim eu vou nutrindo o meu amor interior e descobrindo um mundo incrivelmente infinito de possibilidades de crescimento. 

Hoje o que me penetra é só LUZ e AMOR. O que vale à pena é a entrega de ambos a algo muito sublime e Superior. Se não for assim, não desperdice a sua energia com falsos elogios e falsas trocas de olhares, que tem como finalidade única usar você, e assim compartilhar apenas inquietação, medos, frustrações e prazer fugaz. Aquieta-te o coração e foque em você mesma, na sua feminilidade e nos poderes que só a força feminina é capaz de engendrar. 

Mulher, seja a luz que você está destinada a ser no mundo!

Aline Rafaela

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O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes.

Cora Coralina

É perigoso desistir dos nossos sonhos

Simplesmente Acontece, 2014.

A distância que aproxima,

Não posso explicar,

Saudade de pai.

Saudade de tudo nele,

Da pele preta,

Dos braços fortes,

Do seu coração macio,

Pronto para receber amor.

Saudade de quando pai pegava o carro,

E levava a gente ainda criança para conhecer algum lugar:

A cidade que nasceu,

Lugares que ele passou.

Sempre gostei desses pequenos passeios.

Não esqueço as estradas,

As casinhas simples de beira de estrada,

O rio correndo ao fundo do quintal e da casa abandona, onde dentro cresceu a goiabeira.

Lembro também de historias de preto velho

Silenciadas pelo medo, ou pelo respeito.

Ainda não descobri porque foram silenciadas

Mas pai e família de pai

Traz em si muita coisa que veio de além mar,

Historias de pretos africanos.

Pai fez crescer em mim o gosto pela viagem

A inquietude de quem busca conhecer o mundo

De quem busca na inconstância, sabedoria.

Ainda quero parar para ouvir suas historias de menino,

Os caminhos que percorreu,

As difíceis histórias que viveu

E que hoje ficam na memória,

De um homem que às vezes se parece triste,

Mas pai! quero viver para te encher de vida!

Realizar seus sonhos que a vida por algum motivo não permitiu que fossem realizados até agora,

Comprar-te um barquinho e uma casinha no mato,

Levar-te a lugares que o senhor não pensou estar antes

Ver-te sorrir e brincar com os netos,

Com a paz de quem não quer chegar a lugar nenhum,

Apenas imortalizar-se em nossos corações.

 Com todo amor do mundo,

Aline Rafaela Lelis

(Escrito em 11 de julho de 2015)

64 ANOS DE AMOR! O HOMEM QUE VERDADEIRAMENTE ADMIRO E QUE, ACIMA DE TUDO, MERECE A MINHA ADMIRAÇÃO.

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Os segredos dos teus olhos

Mãe, minha amada mulher,

Estarei sempre contigo.

Não sei se me entendes agora,

Quem sabe me entenderá um dia.

Mas eu te entendo desde que nasci, que pretensão não?

Eu habitei seu ventre e compartilhei suas dores de mulher.

Mãe, eu te entendo desde a primeira briga com pai.

Aquele dia jurei para mim mesma que eu sempre te daria razão,

Mas mãe querida, eu cresci e passei a compreender que é preciso entender as razões de pai também.

Não se entristeça mãezinha linda, de dedos rígidos e olhar divino.

O pai hoje faz parte de mim, no entanto você sempre fez.

Não se entristeça também meu pai,

O importante é que nós dois nos acertamos.

Mas esse poema é pra mãe.

É pra que ela saiba o quanto sua beleza é verdadeira,

Mãe, seu brilho vem de dentro,

Vem das entranhas da sua ancestralidade,

A senhora é uma deusa,

Linda, sábia, doce, terna, de amor e dedicação tão sinceros que,

Posso sentir vida saindo de seus poros,

E vida mãe, é sensorial.

Posso te sentir de tão antes do ventre,

A sua alma é tão antiga quanto a admiração que sinto por ti,

Amada mãezinha, te amo tanto que seria tolice dizer esse amor em palavras.

Eu posso sentir esse amor e isso é tudo que posso fazer a respeito de nossas almas,

Esse amor minha mãe é de além-mar,

Suas mãos, o que dizer das suas mãos?

Essas mãos que penteou os meus cabelos,

Aqueceu meu peito cheio e frágil por causa da gripe.

Essas mãos que me alimentou e ainda alimenta,

Essa mão que ainda cuida de todos nós,

Quando vejo suas mãos inchadas,

Sinto que é pelo cansaço,

De tanto se doar,

De tanto acreditar e de tanto esperar.

A senhora pode não ter esperanças,

Pode também não acreditar em nada,

Pode até alimentar revoltas,

Mas, minha mãe amada,

Compreendo todos seus desapontamentos com a vida,

Sei que ela não foi fácil pra ti,

Por isso mesmo minha mãe  é que quero fazer diferente,

Por isso mesmo é que ando pelos quatro cantos de minha alma gritando por liberdade,

Por isso mesmo mãe querida é que me fiz inquieta,

Alguém para me entender terá que me adivinhar.

E eu te adivinho mãe,

Imagino suas dores de mulher,

Seus desalentos e desencantos com o mundo.

E tomo tudo isso para mim com rebeldia.

Seu sorriso, seus gestos, e seu olhar me levam a lugares tão profundos quanto o oceano.

No seu olhar encontro forças,

No seu olhar me faço gente.

No seu espírito viajo longe

E mergulho nas minhas origens,

Vou de encontro ao mundo,

Confrontando-o e te contando o que vi de novo.

 Com muito amor e carinho,

Aline Rafaela Lelis

Escrito em 06 de janeiro de 2014.

Quanto mais te leio, mais gosto de você.

Quanto mais convívio, quanto mais perto, mais distante estou da expectativa de que um dia você seja tudo que sempre sonhei.

Você é o que é e isso é fascinante.

Talvez seja o primeiro amante que eu vivo do que é real. E o real se apresenta como se bastasse em si mesmo. Quando eu lidava com expectativas, nunca era suficiente.

Hoje eu me basto e você, assim do jeito real e verdadeiro que se apresenta, também.

Acho que comecei a abalar as estruturas do amor romântico dentro de mim e tenho descoberto o quão lindo é amar em liberdade.

Aline Rafaela


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Buscando forças das entranhas

Sigo dando o melhor de mim

Tem dias que sou aconchego

Calmaria 

Chá de alecrim

Noutros dias

Bate tristeza

Sufoca as dúvidas

Tenho pena de mim

Porém não esqueço

Das palavras de um 

Sábio aprendiz

Dizendo-me com seus olhos verdes

Arregalados

Para eu não desistir

A estrada é estreita

O caminhar é árduo

Mas lembra-te menina

Que você é trampolim

Pense nas meninas 

E nos meninos

Que virão depois de ti

Eles saberão

A partir do seu legado

De tudo que é possível

Construir

Aline Rafaela Lelis


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Em última análise, a conquista suprema é aprimorar significantemente a única posse que de fato temos: nossa consciência, nosso senso de identidade, nosso eu interior. Todo o resto por fim, foge de nós.

Bhaktivedana Swami Prabhupada, A. C. Em busca do verdadeiro Eu. São Paulo: Book Trust, 2016. p.07

Setembro

Setembro

O tempo muda

muda a estação

A vida nos empurra para a transição

Da inércia do inverno

Para o calor do verão

Que nos coloca em movimento

E o verbo desabrocha

Ensina-nos a ser mais como rosas

Lançamos luz no passado frio

E escolhemos florir na coragem

Na passagem

De um tempo cinza para outro

Aceitamos o novo

Aprofundamos a visão

Mergulhamos no mar imenso

Da nossa própria solidão

E nos sentimos fortes inteiras,

À nossa maneira

Sorrimos à toa,

Debochamos do que passou

Nos reconhecemos transitórias

Nos descobrimos notórias

Em cada verso, cada pensamento, cada momento

Setembro tem disso

É ritualístico, tem cor amarela

Recebe a primavera

Faz florir onde antes não havia possibilidade

Setembro tem essa personalidade

Por trazer a primavera traz a esperança

Por ser esperança nos embala na dança

Nos prepara para o renascimento

Tempo de fins e recomeços

Novos começos de luz e amor

Onde fatalmente buscamos ser mais

Como flor.

Aline Rafaela Lelis


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Tiãozinho

Tião é Sebastião. Herdou o nome do pai, homem trabalhador, cor de mel, nascido em Minas Gerais em 1930. Do pai herdou o nome e a tristeza, que para essa gente preta e pobre do interior é inata. Os olhos de Tião são dispersos, viajam longe, como se ele nunca estivesse no presente. A simplicidade vem nos gestos, no jeito manso de se expressar, incapaz de fazer mal para alguém. As palavras são ditas com certa insegurança. Tião é homem de pouca informação, mas muita imaginação. Sua voz é rouca, seus cabelos  e barbas brancas, revelam a idade. Um homem que cresceu em meio as violências domésticas e da vida. Violência é a palavra que define sua trajetória. Violências das mais diversas, físicas e psicológicas. Uma vez Tião me confessou que quando criança adorava matemática, mas logo depois completou dizendo manso e paciente: “mas naquela época gente pobre não estudava”. Tião não casou, não teve filhos, e ainda mora na casa que os pais deixou, há cerca de quarenta anos ou mais. Ele mora com os irmãos e uma irmã, que assim como ele tiveram uma vida sofrida. Outro dia Tião foi encontrado na rua, bêbado, sem condições de sustentar o próprio corpo. Uma sobrinha o viu naquela situação e buscou ajuda. Pensou que estivesse sofrendo um ataque cardíaco, um infarto ou derrame. Mas Tião, que tem pressão alta, bebeu dois copos de pinga no dia do seu pagamento, e a bebida subiu de tal jeito que ele não suportou. Poucos dias depois do ocorrido Tião procurou a sobrinha para se desculpar, sinal de humildade inconfundível, disse a ela que ele sentia muito pela vergonha que a fez passar e que havia tomado dois copos de pinga para ver se a dor passava, porque há anos se sente angustiado. Tião é chamado pelos familiares e conhecidos de Tiãozinho. Tião é muito sozinho. Olhos carregados de tristeza e frustrações. Olhos que olhamos em estado de contemplação e reflexão. Olhos que nos transporta para dimensões outras da vida, uma dimensão onde não há materialidade. Os olhos dele é mar e é rio. Há pessoas cujos olhos estão sempre marejados, como os do Tião, que parecem estar sempre segurando o choro, porque sabe que se deixar rolar as lágrimas podem nunca cessar e molhar todo o corpo ferido, das pernas ao coração. Quando Tião se desculpou com a sobrinha, deixou uma lágrima escapar, não que ele quisesse. Foi apenas uma lágrima teimosa que insistiu em escapar. Como Tião, há milhares dessas pessoas no mundo. E eu sempre me pergunto onde a humanidade foi parar. Sempre que olho nos olhos das pessoas é possível encontrar a verdade delas, e foram poucas as vezes que eu consegui enxergar pessoas em estado de plenitude.

P.S. “Tião não sabe, mas eu o amo!”

Aline Rafaela Lelis

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