Ele Soltou Uma Risada. Não Esperava Que Aaron Tivesse Qualquer Senso De Humor. Não Que Matteo Fosse

Ele soltou uma risada. Não esperava que Aaron tivesse qualquer senso de humor. Não que Matteo fosse conhecido pelo seu grande senso de humor, mas estava esperando mais um punhado de comentários ríspidos e sarcásticos. Pelos burburinhos, Aaron era tão conhecido por isso quanto ele era conhecido pela sua falta de vontade de conversar com os outros. "Pela diversão?" Perguntou com se não o entendesse, com uma sobrancelha levantada. "Eu estou aqui porque nosso amigo falou para eu o encontrar aqui. Eu não sabia que era um encontro." Talvez a sua resposta fosse muito defensiva, mas ele não queria que o outro ficasse pensando que ele estava indo para um encontro e, pior, com Nico. Tinha uma reputação para manter. "Eu acho que as forças cósmicas tem mais o que fazer do que decidir a minha vida amorosa," Matteo disse de forma resoluta, so contentando em dar uma resposta rasa. Com oub sem maldição, não acreditava que havia algo escrito nas estrelas, algum caminho que ele deveria seguir. Se existisse, alguém nesse universo devia odiar muito sua família, porque eles não podiam ter recebido uma mão pior para o jogo da vida. "O grupo de almas gêmeas? É mais capaz de termos sido assassinos e vítimas um do outro do que qualquer coisa romântica," comentou passageiramente, se rendendo ao copo de vinho em sua frente e tomando um gole. "Como você foi parar na cachoeira?" Perguntou.

Ele Soltou Uma Risada. Não Esperava Que Aaron Tivesse Qualquer Senso De Humor. Não Que Matteo Fosse

Aaron soltou um riso curto, balançando a cabeça enquanto girava a taça de vinho que já tinha na mão. "Não, não diria isso." Levou a bebida aos lábios antes de continuar, a expressão carregada de ironia. "Mas, considerando que sua alternativa era o Nico, eu definitivamente sou um upgrade." Ele apoiou um cotovelo na mesa, observando Matteo com um interesse mais analítico agora. A cidade inteira estava obcecada com aquela história de almas gêmeas, e era interessante ver como cada um lidava com isso. Matteo, ao que parecia, estava tão cético quanto ele – o que tornava aquilo tudo um pouco mais suportável. "Mas já que tocamos no assunto," continuou, agora mais relaxado, "o que você acha dessa coisa toda? Vai fingir que não acredita e só está aqui pela diversão, ou já está começando a pensar que pode ter uma força cósmica decidindo sua vida amorosa?" A pergunta veio com um tom levemente provocativo e levemente julgador, mas sem pressão real. Apenas uma forma de medir a temperatura do encontro – e do próprio Matteo.

Aaron Soltou Um Riso Curto, Balançando A Cabeça Enquanto Girava A Taça De Vinho Que Já Tinha Na Mão.

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3 weeks ago

Matteo: Hm vi. Podemos ir sim. Te encontro lá?

Matteo: Mando uma mensagem mais perto para a gente combinar.

Olivia: Acho que nada além do que quase todo mundo sabe. E eu não sei qual o critério dessa coisa de reencarnação. Tipo, a gente volta toda vez tendo a mesma personalidade ou cada reencarnação muda?

Olivia: Porque se for a mesma essência, eu me identifico mais com a Rose do que a Kimberly.

Olivia: Mas, ei, chéri, viu que o instagram da cidade falou sobre uma Feira dos Sentidos?

Olivia: É só depois do ritual, mas tá afim de ir? Podemos conversar mais sobre isso lá.


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3 months ago

Starter fechado para @christopherd-amato

Casa comune

Como era de praxe, Matteo havia chegado ao seu habitat natural, porém mais tarde do que o seu usual. Normalmente, gostava de pegar a academia o mais vazia possível, o que lhe dava mais chances de criar conteúdo para ter durante outros momentos em que estivesse muito ocupado, mas com outros compromissos em sua agenda, ele teria que se virar com o que tinha. Uma academia cheia, beirando ao claustrofóbico, tudo porque parecia que tinha um grupo desnecessário causando o alvoroço ao invés de se exercitar. Reconheceu brevemente o semblante de Christopher no centro do grupo, quando uma das moças deu um passo para trás, num gesto exagerado e uma risada falsa que vazia seus ouvidos doerem. Ele tinha uma breve noção do que poderia estar acontecendo, Christopher sendo uma das pessoas que também foi até a cachoeira, levado por algum que nenhum deles sabia explicar. Ele não tinha muito a dizer sobre o homem. Eles tinham a mesma idade e ele era amigo do cara que mais odiava ele na cidade inteira. Seu conhecimento acabava ali.

Se antes ele tinha uma suspeita sobre o motivo do alvoroço, foi confirmado quando ouviu uma das garotas mencionar a maldição e, depois de um longo suspiro, Matteo se virou para o grupo. "Ei, Christopher," ele chamou atenção do homem, "está pronto para começar?" Não era exatamente do seu feitio salvar quase desconhecidos, mas ele sentia na pele o quão chato era a atenção que recebiam por causa da maldição. Poderia estar errado. Poderia ser que Christopher adorava a atenção. Ele era muito amigo de Camilo então não iria desconsiderar que ele tinham aquilo em comum.

Starter Fechado Para @christopherd-amato

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3 months ago

Ele balançou a cabeça, esboçando pela primeira vez naquele encontro um pequeno sorriso. A ideia de que a maldição existia, para Matteo, era juvenil e uma forma de se eximir da responsabilidade que um relacionamento tinha. Haviam diversos casais casados em Khadel. Estavam todos eles fingindo? Era tudo uma ilusão? E por que as pessoas participariam daquele surto coletivo? Para ele, o fato dele, ou pelo menos aqueles ao seu redor que reclamavam da falta de amor, era o que acontecia naquela geração. As redes sociais criavam expectativas irreais, as pessoas estavam distantes, não se conectavam, e ninguém queria se dar o trabalho ou ceder. No seu caso, Matteo simplesmente não queria se dar o trabalho. Não negaria a existência do asco, mas como ele via era apenas uma resistência para as pessoas realmente se aprofundarem umas as outras. Era o seu cérebro dizendo que não valia a pena e, por isso, era muito fácil virar as costas. "E quais são exatamente os efeitos dela?" Perguntou com certa curiosidade, porque ela devia enxergar algo além do que ele via. Era quase engraçado como as percepções das pessoas eram diferentes, porque se ela parecia envergonhada falando, a descrença de Matteo era quase palpável. Ele não precisava de desculpas para o seu comportamento. Não precisava explicar a sua falta de amor. Já havia aceitado o seu destino e percebido que as pessoas não faziam por se merecer, então era tão mais fácil estar sozinho. Não se consideraria egoísta em outras situações, menos no 'amor' (ou falta dele). "Eu não acredito que a gente não ame por causa de uma maldição, Helena." Por mais que não compartilhasse a mesma visão da Helena, ele não queria minimizar a experiência dela. As pessoas podiam acreditar no que quisessem. Não se sentiria bem se ela virasse e o considerasse um idiota porque ele não acreditava naquela história.

"Você já tentou, Helena? Mas tentou de verdade?" Porque Matt podia dizer que ele não havia tentado tanto assim. Ao primeiro vestígio de algo, Olivia se afastou e Matteo não fez questão de tentar nada que pudesse os manter juntos. Ao seus olhos, aquele era o motivo de não amarem, não uma maldição. Se todos desistissem tão fácil quanto ele, ninguém poderia passar das suas próprias barreira para o amor.

Ele Balançou A Cabeça, Esboçando Pela Primeira Vez Naquele Encontro Um Pequeno Sorriso. A Ideia De

Por mais que fosse algo tão natural quanto respirar, Helena não queria dar a impressão de que ostentava um rei na barriga por sua fama ou se vangloriava do que havia conquistado. Em Khadel, ou melhor, naquele encontro, ela queria ser apenas a Lena: a mulher determinada, divertida, capaz de conquistar a simpatia de qualquer um, e não a atriz famosa, com ares de soberba, que havia sido criada ao longo dos anos. No entanto, o rapaz à sua frente não parecia colaborar muito para tornar a noite agradável, afastando cada vez mais a ideia de que ele pudesse ser sua alma gêmea.

"Bem, eu sempre senti os efeitos dela, então não tenho como desacreditar..." admitiu, um pouco envergonhada por estar compartilhando aquilo. Não era algo que gostava de relembrar e muito menos de falar. Eram anos de desamor que tinham deixado cicatrizes, tanto que só de lembrar do gosto amargo das despedidas ainda permanecia nos lábios. Não era perfeito sumir antes que pudesse sentir mais do que amizade ou carinho, mas era uma forma de se proteger e uma forma de mostrar o afeto genuíno, afinal não gostava de guardar sentimentos ruins por aqueles que gostava. "Você não acredita? Digo, porque se isso for real a gente pode, não sei, voltar a amar!" continuou um tanto animada mudando de posição para ficar um pouco mais inclinada em direção ao rapaz

Nos olhos dela tinha um brilho de esperança que chegava a ser triste de ver. Porque nada tinha lhe dado a certeza que daria certo, mas ainda assim a fé que tinha crescia e dava a ela uma força para tentar "Vivemos uma vida incompleta Matt, se eu puder sentir nem que seja um gostinho do que eu vejo nas telas..." por um momento ela parou no lugar olhando em volta antes de suspirar e voltar a se encostar na cadeira "Sei lá, acho que todos merecem mais do que isso." Eu mereço mais que isso.

Por Mais Que Fosse Algo Tão Natural Quanto Respirar, Helena Não Queria Dar A Impressão De Que Ostentava

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3 months ago

Se Matteo se esforçasse um pouco, ele poderia ter esboçado um sorriso com a pequena piada de Pasqualina. Ter se tornado um pouco mais receptivo ao perceber que ela não era uma das garotas loucas que estavam atrás dele pela maldição. Não que Matteo tivesse sorte, quando não era uma louca em relação à maldição, era simplesmente louca. Ele não tinha muita sorte naquele departamento. Porém, ele não conseguiu fingir o sorriso, não conseguiu fingir que estava tudo bem, pelo menos não pelas suas expressões, por mais que as palavras falsas saíssem com facilidade. "Eu estou bem, Lina," ele disse distraidamente. O que mais poderia dizer ou fazer? Mesmo Pasqualina sendo uma das pessoas naquele grupo exótico, eles não tinham tanta intimidade, por mais que se conhecessem por muito tempo. Matteo costumava ser como óleo e água com a maioria das pessoas, então não era estranho que ele e Pasqualina não tivessem muito em comum. Ele respirou fundo e finalmente forçou o sorriso, se virando para ela, "e você? Como estão às coisas?" Mesmo não perguntando diretamente, queria saber como ela estava com aquela loucura de maldição.

Se Matteo Se Esforçasse Um Pouco, Ele Poderia Ter Esboçado Um Sorriso Com A Pequena Piada De Pasqualina.

"Ah, desculpe..." Pasqualina já se preparava para levantar, embora o assento ao lado dele estivesse claramente disponível. O aviso de ocupado em forma de um resmungo pareceu direto o suficiente. Sentou-se novamente depois dele ter percebido que não era uma das fangirls da maldição. "Oh, não, não vou pedir para tirar foto com um 'reencarnado'." Repetiu o gesto das aspas, com um sorriso fraco. Depois das missões, Lina andava muito pensativa, com um semblante aéreo e ao mesmo tempo preocupado, não imaginava que alguns do grupo acabariam se machucando de forma tão severa. "Só vim dizer oi e perguntar como você está. Está tudo bem?" Perguntou com o olhar fixo na garrafinha de água que levava na mão, sem retonar o olhar a Matteo.

"Ah, Desculpe..." Pasqualina Já Se Preparava Para Levantar, Embora O Assento Ao Lado Dele Estivesse

@khdpontos


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3 weeks ago

com @sorrentinosmuse no banho de ervas aromáticas

Matteo se sentia atraído pelo evento de alguma forma. Talvez fosse relacionado a maldição que, agora, ele hesitantemente acreditava. Principalmente depois que ele foi até a cigana e agora ele não conseguiu mais se sentir confortável na sua pele ou olhar o seu reflexo no espelho. Talvez por acontecer na casa de Rose Von Bleicken, que ele se via voltando dia após dia. Talvez fosse porque ele não quisesse ficar dentro da própria casa, onde os espelhos estavam cuidadosamente cobertos. Ir na academia era uma pequena sessão de tortura, onde ele assistia o seu eu de quatorze anos levantando cento e quarenta kilos. Naquele evento, ele podia evitar tudo isso e cada dia parecia carregar uma nova surpresa para ele. Naquele dia, ele estava olhando os produtos à venda no L'Erbario di Gilda. Isso é — até Nonna Gilda aparecer com um som ultrasônico, "i miei amanti," ela disse, abrindo um braço para ele e outra para alguém atrás dele. Matteo olhou por cima do seu ombro, vendo a figura de Helena. Ele queria resmungar, audivelmente, mesmo que ele tenha até partido em bons termos com Helena. Ele não estava com disposição para a personalidade gigante dela. Mas parecia que eles estavam sendo arrastados já para dentro de algo que parecia uma tenda improvisada, com cheiros fortes. "A gente só tem que ser forte e aguentar um pouco," ele finalmente murmurou em direção a Helena.

Com @sorrentinosmuse No Banho De Ervas Aromáticas

@khdpontos


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2 weeks ago

Matteo soltou uma risada sem graça, nasalada, "até parece." Matteo quase apontou que quem tinha aparecido na academia foi ele — território que era seu de costume. Ali... Como ele saberia que era Aleksander que estava naquela atividade? Era obviamente uma pegadinha de mal gosto. Ou alguém que acreditava demais naquela coisa de maldição e havia enlouquecido. Seria a maior ironia do destino Aleksander e ele serem almas gêmeas. Não, Matteo se corrigiu, não havia como serem. Era resoluto! Ele não era o James, afinal. "Claro, claro, deixe eu salvar o seu tempo — eu sou um brutamontes sem cérebro, que se veste igual a um mendigo e devia aprender a penter meu cabelo," falou e fez uma pausa antes de continuar, como se analisasse se a sua resposta estava correta, "ou algo nesse sentido."

Não poderiam ser mais diferentes. Matteo teria ficado mais que satisfeito em apenas sentar ali e esperar o tempo passar. Normalmente, preferia o silêncio confortável de estar com alguém que gostava, mas não se importava com o silêncio desconfortável. Na maioria das vezes era tudo o que ganhava de qualquer forma. A sugestão de Aleksander, cortando o silêncio, foi inesperada. Ele levantou o rosto, confusão escrita em suas feições e as sobrancelhas franzidas tão juntas "O que você sugere, Aleksander?" A falta de sarcasmo na voz do outro fez com que Matteo hesitasse em uma resposta implicante. Ele sempre considerou Aleksander um mauricinho que nunca teve um problema na vida, então nunca soube ouvir 'não'. O estopim claro foi quando ele ouviu um 'não' de Olivia, então ele culpou a única pessoa que não era do seu círculo, e assim Matteo se transformou no bode expiatório. Não que eles nunca tiveram problemas antes — Matteo nunca teve muitos amigos de qualquer forma. Porém, se Aleksander não estivesse agindo como habitual — agressivo e sarcástico —, como ele poderia dar uma resposta ríspida e dizer que era apenas uma reação as atitudes do outro? Matteo sempre achou que seria mais fácil se eles simplesmente se evitassem, agora ele preferia que Aleksander voltasse a chamá-lo de burro. Era muito mais fácil ter um motivo para achá-lo irritante do que observar a luminosidade parca das velas distribuídas pelo quarto refletir na pele do outro, como se dançassem. Balançou a cabeça, tentando dissipar aqueles pensamentos estranhos demais para sequer aparecerem.

Não conseguiu sustentar o olhar por muito tempo. Era confuso demais. Olhar para Aleksander trazia a tona questionamentos que ele havia preferido ignorar até então. Tinha racionalizado que nada teria acontecido se eles soubessem quem eram naquela noite. Não havia nenhuma chance que ele e Aleksander pudessem sequer se interessar um pelo outro fisicamente — o estilo do playboy era tão engomadinho e esnobe que Matteo... ele o quê? Não podia conceber que poderia gostar daquele estilo? Até a festa ele também não tinha certeza que tinha interesse no mesmo gênero. Qualquer um menos ele. Foi a única coisa que conseguia pensar depois. Não tinha problemas em admitir a nova sexualidade (ou a sexualidade que sempre teve e só não explorou), mas recusava a aceitar qualquer interesse em Aleksander. E, ainda assim, estava ali sentado pensando no beijo entre eles, nas mãos passeando pelo outro ('prefiro descobrir com as mãos', lembrava da maldita frase também), e na maldita sensação de formigamento em suas mãos naquele momento como se quisesse tocar novamente. Ele fechou as mãos em punhos, cravando as unhas nas palmas para que a sensação cedesse. "Você não pode está sugerindo a massagem," até porque se ele tivesse com as mãos ao redor do pescoço de Aleksander, podia ser perigoso — para os dois, porque ou ele mataria Aleksander, ou pior... "E eu não estou emburrado. Eu só —" tenho medo de chegar muito perto e fazer algo que eu me arrependa? Tenho medo de não ter autocontrole suficiente? Beijaria meu inimigo novamente aparentemente? Não tinha nada em sua mente que ele pudesse falar em voz alta, "—estou esperando o tempo passar."

Matteo Soltou Uma Risada Sem Graça, Nasalada, "até Parece." Matteo Quase Apontou Que Quem Tinha Aparecido

Alek estava na sala, absorto em seus próprios pensamentos enquanto tentava entender o que exatamente estava acontecendo. Ele ainda não conseguia se livrar da sensação desconfortável que o acompanhava desde que entrou naquela experiência de autocuidado. O bilhete anônimo havia lhe dado a impressão de que ele se encontraria com Olivia, mas um convite vindo dela não fazia o menor sentido.

Foi quando a porta se abriu, e Matteo entrou. Alek piscou, estupefato, quase sem acreditar no que via. Sua reação inicial foi de total surpresa, seguida de um riso seco e incrédulo. "Só pode estar de sacanagem com a minha cara..." Alek murmurou para si mesmo, quase rindo da situação absurda. Ele olhou ao redor, como se procurasse uma câmera que iria anunciar a pegadinha a qualquer momento. "Você por acaso tá me perseguindo? Que porra é essa?" Queria sair imediatamente dali, mas quem quer que tenha tido a ideia genial de trazê-lo ali, estava comprometido a mantê-lo ali com aquela porta trancada.

Era óbvio para todos o desprezo que tinham um pelo outro, mas ser jogados juntos em um ambiente tão íntimo parecia cruel demais até para os padrões de Khadel. "Bom, também não sei o que passou na cabeça deles. Você é, definitivamente, o oposto do que eu esperava." Alek bufou, frustrado, sentindo que a situação só piorava. O que ele deveria fazer? Ficar ali, de braços cruzados, com cara fechada, esperando que alguém resolvesse libertá-los? Ele certamente não queria se render à imagem de coitado derrotado, como Matteo parecia estar fazendo.

Embora sua frustração fosse a emoção predominante, algo mais o distraía. Alek não pôde evitar roubar uma olhada para Matteo. Os braços fortes, o jeito como os músculos flexionavam diante a maneira que ele se postava — aquilo tudo foi uma distração inesperada que, de alguma forma, apaziguava sua raiva. A memória do que aconteceu no baile voltava à mente de Alek com mais frequência do que ele era capaz de admitir. E vez ou outra, ele se pegava brincando com a echarpe de seda, como se o toque do tecido quase pudesse fazer o momento voltar à tona. Ele sabia que havia dito a si mesmo que o souvenir era só uma provocação, mas a verdade era que, em algum lugar bem fundo, ele sabia que significava mais.

Com um suspiro pesado, Alek pigarreou, tentando afastar os pensamentos confusos. A raiva parecia ter dado lugar a uma vulnerabilidade que ele não queria admitir. "E então? Vamos ficar aqui, emburrados, durante a próxima hora? Ou tem alguma coisa melhor para fazer?" O tom não tinha a mesma agressividade e sarcasmo de sempre. Havia algo mais, algo que Alek não queria deixar claro, mas que se infiltrava em cada palavra, uma necessidade enterrada que se tornava impossível de ignorar naquele confinamento forçado.

Alek Estava Na Sala, Absorto Em Seus Próprios Pensamentos Enquanto Tentava Entender O Que Exatamente

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1 month ago

Matteo: Só de pegar os objetos que faz par... Não é perfeito, mas bem... Tem apenas quatro possibilidades, não é?

Olivia: Oi, chéri. Pior que não... você tem alguma ideia ou estratégia?


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3 months ago

Não podia culpar Christopher por não querer se envolver com aquelas mulheres. Existiam maria-chuteira, maria-gasolina, e agora, infelizmente, parecia que podiam cunhar o termo maria-maldição. Não que ele esperasse que Christopher fosse alguém que gostasse da atenção o tempo todo, como seu melhor amigo (ou talvez fosse exatamente o que esperava dele). Já Matteo, que estava acostumado com a atenção que ganhava na cidade, estava cansado da nova onda de atenção. Antes a atenção ao menos fazia algum sentido. Fosse pelo seu corpo ou por sua falta de disponibilidade, ao menos era por algo que ele fez, e não uma coisa completamente alheia a ele. Mas estava aprendendo a ignorar, afinal era tudo que podia fazer. Já tinha que lidar com as demandas de Zafira e com a loucura que era uma daquelas pessoas serem "sua alma gêmea", ele não precisava adicionar nada para que sua cabeça estivesse pior do que quando tentava passar pelo ensino médio sem Neslihan para ajudá-lo.

“Eu faço luta,” ele disse distraidamente. Não que fosse o que ele iria fazer naquele dia, mas de certa forma havia se prendido ao outro rapaz, então o mínimo que podia fazer era alinhar o que fossem fazer, “mas não pulo a musculação.” Matteo sabia o que certas pessoas pensavam dele, mas naquele lugar ele não podia ser questionado sobre o que fazia. Seu hiperfoco com seu corpo havia se tornado indiscutível e essa era, possivelmente, a razão pelo qual ele havia aprendido sobre exercício físico e alimentação de forma certeira. "Prefere começar com costas ou braços?" Matteo perguntou, focando naquilo que podia controlar e sem sair muito do assunto de onde estavam. Afinal, se não fosse pela maldição, o que mais ele e Christopher teriam em comum?

Não Podia Culpar Christopher Por Não Querer Se Envolver Com Aquelas Mulheres. Existiam Maria-chuteira,
Christopher Pressionou Os Lábios Ao Ouvir A Menção Do Rumor. Seria Camilo O Responsável Por Espalhá-lo,

Christopher pressionou os lábios ao ouvir a menção do rumor. Seria Camilo o responsável por espalhá-lo, ou teria sido obra das mulheres que festejaram com eles naquela noite? No fim das contas, pouco importava. Conhecendo os habitantes de Khadel, aquele boato ainda ecoaria por um longo tempo. Pelo menos agora, ele já poderia se preparar para situações como aquela. "Sempre tem um imbecil " murmurou, tentando disfarçar o fato de que tinha quase certeza de quem era o culpado. A fala seguinte o fez virar levemente a cabeça na direção do grupo que, instantes antes, quase o engolira vivo. Embora não estivessem mais o encarando descaradamente, ainda lançavam olhares furtivos em sua direção. Estariam imaginando que ele e seu companheiro estavam em um encontro? Se algo do tipo chegasse aos ouvidos de Camilo, Christopher já conseguia prever os xingamentos que receberia. "Ah, não. Vim buscar um pouco de força para matar meus leões do dia, não para trocar de animal" resmungou, franzindo o cenho antes de voltar o olhar para frente.

"Bom, eu treino luta aqui. Muay Thai, para ser mais exato" disse em um tom casual. "Normalmente, faço alguns exercícios antes do sparring." Com um leve movimento de cabeça, apontou na direção do ringue, onde duas duplas trocavam golpes em sequências bem ensaiadas. Os ecos dos impactos ressoavam pelo ginásio, misturando-se ao cheiro de suor e couro desgastado. As vezes era complicado refrear a vontade que tinha de sair passando desodorante das pessoas ali dentro. "Mas, pelo que estou vendo, meu mestre esqueceu de me avisar que não viria trabalhar hoje " acrescentou com um toque de sarcasmo, dando de ombros. Ele então voltou a encarar Matteo, estudando-o por um instante. O que ouvira de Camilo deixava claro que Matteo não era exatamente o cérebro mais afiado de Khadel, mas seu físico evidenciava que ali era possuía plena noção do que fazer, o que por sua vez fazia com que Christopher ficasse menos recesseoso ao segui-lo em um treino. " Você faz alguma luta também ou fica mais nos aparelhos? É parecido o suficiente para conseguirmos encaixar algo?"

Christopher Pressionou Os Lábios Ao Ouvir A Menção Do Rumor. Seria Camilo O Responsável Por Espalhá-lo,

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3 months ago

Não podia deixar de notar como ela havia ficado mais bonita. Mesmo na adolescência, Neslihan já atraia olhares — ao menos o seu olhar. Era um garoto magrelo e estranho com a única garota que era legal com ele, obviamente ele não era exatamente imune. E ela era bonita. Nada daquilo exatamente ajudava nas sessãos de estudo que tinha com ela. Os cabelos escuros estavam repuxados para trás num familiar rabo de cavalo, e ele se lembrava de como ela também puxava os cabelos para fora do rosto enquanto estava pensando. Quando era adolescente, ele era bem familiar com o perfil da mulher, espiando entre um exercício ou outro que não conseguia entender. Agora, não fazia questão de esconder que estava olhando diretamente para ela, afinal só haviam os dois naquela quadra.

"Nes," cumprimentou despojadamente. Apesar da distância entre eles, tanto física, quanto emocional, o apelido rolava dos seus lábios com facilidade e uma familiaridade estranhamente reconfortante. Não era exatamente como se soubesse o motivo deles terem se afastado. Não havia sentimento ruim da sua parte. Era apenas como se tivessem descobrido o quão diferente eles eram. Neslihan era muito boa para ele, no sentido que ela havia sido uma das poucas pessoas a ser gentil e amigável, de ter diversas vezes se colocado entre os tiros dados para ele. Ao mesmo tempo, ela era muito melhor que ele em tudo. Havia mais financeiramente, materialmente, emocionalmente, em seu raciocínio. Ele constantemente se sentia um completo desajustado ao redor dela. Era como se ela refletisse todas as coisas em que ele falhava miseravelmente. Ao mesmo tempo, ela não o fazia se sentir mal consigo mesmo. Não, Matteo fazia tudo aquilo dentro da sua própria mente, enquanto Nes não era nada além de agradável. Quando Matteo finalmente começou a não se sentir tanto o patinho feio... Ela já estava distante. Seu ego talvez tivesse ficado um pouco ferido de nunca poder ter mostrado seu outro lado, mas não havia ressentimentos da sua parte. Só não sabia se havia algum da parte dela, do motivo que poderia ter levado ao seu afastamento. "Não venho há algum tempo," falou, notando que não era exatamente a verdade e, junto dela, se sentia compelido a falar a verdade, mesmo que não viesse com naturalidade, "na verdade, não venho faz alguns anos." Sentiu o rosto aquecer levemente com o fato que as palavras rolavam com mais facilidade do que gostaria. O sentimento de familiaridade ao redor dela, como se tivessem estacionado no tempo. Talvez Matteo precisasse de passar algum tempo fora da academia e com um outro ser humano porque aquela carência para alguém que não lhe dava atenção num período de quase treze anos deveria ser deprimente.

"Aceito a companhia," ele disse, deixando a própria sacola cair próxima dela com a raquete também repousada no chão enquanto se curvava sobre as pernas num aquecimento rápido, "mesmo que já sabemos que vai ganhar, não é?" Suas habilidade com a raquete poderia ter melhorado, mas nada se comparava com todo o treino que ela havia tido durante anos. Para Matteo, aquele esporte era um passatempo na sua rotina que ainda o mantinha ativo, mas ele achava que era mais que aquilo para ela. "Como—como você está?" Perguntou de forma hesitante, mas inocente. Não queria pular para o assunto da maldição, da cachoeira, nem que havia visto ela com Camilo no restaurante. Ele queria ver se o senso de familiaridade que sentia era apenas coisa da sua imaginação ou se ainda existia alguma camaradagem entre eles.

Não Podia Deixar De Notar Como Ela Havia Ficado Mais Bonita. Mesmo Na Adolescência, Neslihan Já Atraia

antes mesmo que os primeiros raios solares rasgassem o véu da madrugada , neslihan já percorria o caminho até o pequeno complexo esportivo , a raquete equilibrada entre os dedos . o aroma fresco da grama recém aparada , meticulosamente ajustada aos padrões internacionais , impregnava seus sentidos , oferecendo um instante fugaz de alívio . mas nem mesmo aquele perfume familiar conseguia dissipar por completo a sensação de exaustão latente , o peso dos dias recentes transformando-a em um animal ferido , perdido na escuridão de uma floresta desconhecida . retirou o cardigã , sentindo o arrepio escalar-lhe os braços sob a brisa cortante da alvorada , após depositar a bolsa junto à rede — um ritual já automático — , com as raquetes extras . por vezes , dependendo do humor , estourava as cordas de poliamida com a força desmedida de seus golpes , como se o próprio equipamento carregasse consigo a frustração acumulada , então sempre trazia as excedentes . com os cabelos firmemente presos no alto da cabeça e os nervos tensionados , não desperdiçou tempo com aquecimentos triviais . a corrida ao redor da villa , antes de ceder à tentação de pegar o carro e dirigir até ali , fora mais do que suficiente para preparar os músculos . seu único objetivo era derrotar a máquina lançadora — um adversário silencioso , preciso e incansável . e assim , a mulher se perdia nos movimentos meticulosamente calculados , os golpes ressoando contra as cordas tensionadas da raquete , canalizando a exasperação que lhe queimava por dentro . o tempo se tornava irrelevante , a única certeza era o alívio sutil que se insinuava em seus ombros , a rigidez gradualmente cedendo enquanto sua mente se libertava das inquietações que , dia após dia , pareciam se entranhar mais fundo em seu consciente .

um sorriso despontou quando sua memória a transportou para o instante em que segurou uma raquete pela primeira vez — uma das muitas exigências paternas . dentre todas , talvez aquela fosse uma das poucas que ainda preservava com apreço , mesmo que , na época , as cordas fossem de tripa natural , um material que agora se recusava a sequer ponderar . o cenho se franziu ao recordar os treinos extenuantes , excessivos para uma criança sem qualquer ambição profissional no esporte , mas menos que a perfeição jamais fora aceito sob o teto dos şahverdi , então se tornou a norma . a respiração adquiriu uma cadência melancólica ao lembrar dos dias em que tinha companhia – uma companhia que ia além da miríade de treinadores cuja simples presença a fazia desejar nunca mais encará-los . matteo surgiu em sua mente como um relâmpago — um vestígio confuso em sua mente com a forma como tudo havia se desfeito , em meio ao caos infernal no qual ela era a personagem principal .

com o suor escorrendo por cada poro de sua pele , sacudiu as memórias com um último golpe certeiro na bola final lançada pela máquina . levando as mãos à cintura , puxou o ar límpido da manhã para dentro dos pulmões exaustos , contando mentalmente até dez . na última expiração , foi arrancada de seu momento de trégua por uma voz masculina . por um breve instante , sentiu a alma sair do corpo , como se sua própria lembrança tivesse evocado matteo em carne e osso à sua frente . com a destra pousada sobre o coração acelerado , inclinou levemente o quadril e esboçou um sorriso contido — um reflexo de algo reprimido há muito tempo , ou talvez apenas até o momento em que todos foram tragados pelo mistério que pairava sobre khadel como um véu espectral , quando sua rotina meticulosamente planejada começou a ruir . ❝ ei , teo . ❞ o apelido escapava com naturalidade , como se treze anos não tivessem se esgueirado entre eles sem quase nenhuma palavra trocada . enquanto caminhava até a bolsa deixada ao pé da rede , procurando pela garrafa d’água , seus olhos captaram um detalhe que fez o pequeno sorriso persistir , a raquete que pendia das mãos dele , os adesivos no cabo denunciando sua familiaridade . ❝ nunca te vi por aqui antes… mas suponho que nossos horários se diferem na maior parte dos dias . ❞ ergueu uma sobrancelha , indicando com o olhar o objeto desgastado entre os dedos masculinos . ❝ veio jogar sozinho ou aceita companhia ? ❞ a pergunta carregava o mesmo tom melancólico das lembranças que há pouco enevoaram seus pensamentos . ❝ eu poderia usar um adversário mais desafiador . ❞

Antes Mesmo Que Os Primeiros Raios Solares Rasgassem O Véu Da Madrugada , Neslihan Já Percorria O Caminho

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3 months ago

starter aberto

Matteo estava irritado com a ferida no seu braço. Já não ardia ou incomodava no dia-a-dia, mas ainda não lhe deixava malhar com toda a amplitude que gostaria. Ao menos ele não havia levado um tiro ou quase morrido. Parecia até mesmo idiota está incomodado com um ferimento tão mínimo quanto os outros tiveram coisas muito piores, mas os movimentos limitados faziam com que ele não pudesse fazer algo melhor do que pensar demais no que vinha acontecendo desde então. Ele nunca havia sido a pessoa que acredita na lógica como alicerce de tudo, mas também não era guiado pela fé cega. Ele estava confuso. Nada fazia sentido. "Está ocupado," ele resmugou para a pessoa que se sentava ao seu lado sem prestar atenção em quem era. Não estava a fim de bater papo com nenhuma maria-maldição. "Ah, pensei que era alguma pessoa louca que quer infernizar um "reencarnado"," ele fez as aspas com as mãos, ainda recusando a tomar aquele título como seu.

Starter Aberto

( @khdpontos )


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thematteobianchi - When I'm fucked up, that's the real me
When I'm fucked up, that's the real me

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