Conhecia bem a natureza da amizade entre Raynar e Aidan, e por vezes, se questionava como esses dois ainda se auto-intitulavam de melhores amigos, era uma dinâmica deveras estranha, mas que até lhe dava algum entretenimento. "Então e o que foi que meu querido irmão fez desta vez?" Perguntou com uma das sobrancelhas erguidas, afinal, se os planos do filho de Zeus fossem o que Daphne estaria pensando, algo tinha acontecido. Na fila para a cabine, agradeceu mentalmente por Raynar afugentar as pessoas na frente deles e entrou quando ele segurou a entrada para si. "Obrigada!" O sítio não era muito grande, e com a altura do mais velho, não seria muito fácil se acomodarem ali. "Me explique melhor então quais são seus planos, afinal se vou participar, pelo menos que saiba tudo não é verdade?" Provavelmente uma provocação para Raynar conseguir usar contra o filho de Ares, e mesmo que não fosse algo que a loira alinhasse frequentemente, não podia dizer que não estava curiosa para saber a reação irmão mais velho. Ao ver o joelho alheio sendo literalmente o único local para se sentar, tentou não mostrar a tonalidade mais rosada nas bochechas e simplesmente se sentou ali. "E eu achando que a vingativa era eu..." Brincou bufando um riso nasalado e baixo.
O sorriso discreto alargou-se mais um pouco, alcançando os olhos azuis tempestuosos. Só por não precisar se explicar mais, o filho de Zeus ficava mais tranquilo - e com a musculatura menos tensa. “ 🗲 ━━ ◤ Não maiores que as homicidas. ◢ O melhor amigo tinha esse título bem fixado, era verdade, mas não queria dizer que estava imune às consequências de seus atos. Aquela conversa ainda rodava sua cabeça e ganhar um trufo assim;;; Não era algo que ele deixaria passar com facilidade. Raynar adiantou-se, tomando a vez na fila e rosnando. Um chamar bem casual de atenção e uma ameaça silenciosa, para que saíssem. Do nada, esvaziou. “ 🗲 ━━ ◤ Muito simpáticos. Depois das damas. ◢ Sustentou a entrada para que a extremamente mais baixa entrasse primeiro. As costas protestaram quando curvou o corpo para entrar, já percebendo o primeiro dos problemas sem nem ter aberto a boca. Bufou, irritado, e sinalizou com a mão o melhor jeito. A estatura ficou melhor acomodada quando se sentou e ofereceu o joelho, o único espaço disponível para Daphne. “ 🗲 ━━ ◤ Já está mais do que na hora de Aidan provar das próprias brincadeiras. Não acha? ◢
"please, don’t leave." for @thecampbellowl
Não era de todo uma caminhada longe desde o seu chalé até ao de Charlie, pelo contrário, afinal, era impossível serem mais perto um do outro. Ainda não tinha falado com a semideusa depois de todo aparato recente e sentia que tinha que a ir checar, nem que fosse para confirmar que estava inteira. Chegando ao chalé seis, bateu à porta, e para seu espanto sem qualquer resposta. Era estranho ninguém vir abrir, nem sequer um dos campistas mais novos. Voltou a bater, talvez não a tivessem ouvido da primeira vez, mas não tomava o chalé de Atena por barulhento, e Daphne não tinha sido propriamente delicada ao bater. Já pronta a virar costas e desistir, reconheceu ao fundo a voz da amiga pedindo para não ir embora. Ao perceber que lhe abria um a porta, mostrou um pequeno sorriso, espreitando para dentro do chalé antes de a encarar. "Não vou embora, não se preocupe. Como você está? Está sozinha?"
Se Daphne era péssima expressando suas emoções e acabava sempre guardando tudo para si, era igualmente péssima lidando com alguém emotivo. Não julgava o irmão por isso, pelo contrário, também já a loira tinha chorado o suficiente para dois anos ao perceber da morte de Flynn, mas aquela não era uma reação que estivesse habituada a lidar e a reconfortar. O toque em seu cabelo era reconfortante, mas sentia que servia mais para confortar a Aidan do que a si, e estava tudo certo com isso também. "Eu percebo, também me apercebi disso..." Murmurou, embora tivesse passado mais tempo olhando para o chão pois encarar os outros semideuses era sem dúvida mais difícil, muito mais. "Não precisa de se justificar. E desculpe se não sou a melhor pessoa com... Palavras ou gestos, o que for, mas saiba que pode falar, se precisar de alguém para o ouvir e deitar tudo cá para fora." Apontou, a detsra acariciando levemente o braço do mais velho quando ele se afastou. Gostava de ser melhor e mais habilidosa com as palavras, mas sempre parecia ser algo que lhe faltava. "Hey, nem eu esperava outra coisa." Soltou um riso nasalado baixinho, logo lhe mostrando um sorriso meio triste. Também ela faria qualquer coisa pelos irmãos, até trocar de lugar com eles caso algo pior acontecesse. "Infelizmente acho que isso não vai passar tão cedo, sabe."
As emoções que se alojaram em sua garganta foram lançadas ao mundo perto da figura tão conhecida. Era claro que a carcaça de Aidan o afastava do aspecto emotivo, mas ele era, e muito. Sua mão pousou na cabeça da mais baixa e acariciou levemente, sentindo os fios passarem entre seus dedos, dando graças aos deuses pelo privilégio de ainda possuir a irmã consigo. Não estavam bem, mas estavam vivos. "É inevitável não pensar nisso, Daphne. O velório inteiro, não consegui tirar os olhos da feição dos irmãos. Era como se uma parte deles estivesse ali, do lado de fora." Puxou o ar, contornando o excesso de pensamentos que o invadiam. Liberou a mão para secar as próprias lágrimas com ausência de delicadeza. "Desculpe pelo excesso de emoção, mas eu não consegui sustentar isso por muito tempo. Estou há dias amparando todos os outros sem conseguir digerir o que aconteceu, sem me colocar no lugar deles." A empatia era uma ferramenta dolorosa para Aidan. Afastou-se levemente para olhar a loira nos olhos, repleto de uma emoção que parecia não se desfazer apesar de despejada. "Sabe que eu não daria sossego se algo acontecesse com você, não é? Cruzaria o Tártaro e faria o mundo de refém pra te resgatar, meu hobbit loiro." O apelido, arrancou um sorriso fraco de seus lábios. Estava satisfeito com a ideia de proteger seus colegas como irmãos e proteger seus irmãos como sua própria vida. Não que houvesse muita diferença, mas entregaria a vida se preciso fosse para deixa-los em segurança. Não atoa, foi um dos motivos pelos quais aderiu à patrulha. Tomou um pouco mais de distância da irmã, olhando para o alto, numa tentativa de eliminas as últimas lágrimas que se acumulavam nos olhos. "Que merda de emoção. Empatia é uma merda. Sinto falta de não sentir desespero todos os dias, mas desde que voltei pra esse lugar essa sensação voltou a ser rotina."
𝐜𝐥𝐨𝐬𝐞𝐝 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 -> na praia ❝ this isn’t the first time, and it won’t be the last. ❞ said @kittybt
Todo aquele enredo começava a ser esgotante para a filha de Ares. Sentia que tinha os pensamentos andando a mil quilómetros hora, sempre preocupada com quem seria esse tal traidor, e porquê todo aquele ataque ao acampamento. Bem, depois da noite com os gritos e a névoa, conseguia perceber que parte do problema residia sobre a posse do maldito grimório, mas tinha que haver mais alguma razão. Sentadas na praia, Daphne tinha o machado com as lâminas enterradas na areia e o queixo repousava sobre a base do cabo enquanto olhava para a água à sua frente. Ouvindo a amiga, deixou escapar um suspiro pesado. Sabia que ela tinha razão, aquele não seria o último ataque ao acampamento, e temia que algo bem pior estivesse por vir. "Estou começando a ficar um pouco farta de tudo isto sabe? Quase perdendo a paciência..." Murmurou, paciência essa que tinha passado parte da sua infância e adolescência treinando, mas a verdade é que estava por um fio.
Sabia como todos estavam nervosos, ansiosos e até com receio ultimamente. Também Daphne tinha tentado arranjar formas de esfaziar a cabeça dos acontecimentos recentes, e também pouco resultava. Treinava horas a fio com poucas ou nenhumas pausas para descansar, na esperança que a exaustão afastasse de sua mente as lembranças da noite do baile ou até mesmo da visão que tivera no bosque, mas pouco resultava. Por isso, não se chocava ao ver o estado de ansiedade em que os outros campistas se encontravam, infelizmente. "Você não esbarrou..." Murmurou, em outras ocasiões Daphne teria apenas ignorado o campista e seguido com sua vida, mas infelizmente, naquele momento não conseguia. "Está tudo bem? Não quer sentar um pouco?" Aquelas reações eram mais uma justificação pela qual deveria agir o mais depressa possível, era esgotante viver no ambiente em que o acampamento se encontrava, e isso se tornava cada vez mais visível. "Já almoçou? Tenho outra sandes na bolsa se quiser." Não sabia bem como o ajudar, por isso oferecer algo para comer pareceu a melhor hipótese.
Diante da insônia que vinha tendo, dos pesadelos quase que constantes e de algumas crises de ansiedade, quando sugeriram que Dylan tentasse fazer aulas de meditação o semideus resolveu dar uma chance. Por mais que Haites tivesse suas dúvidas se a técnica poderia resolver não custava testar, afinal de contas tinha a sensação de que iria acabar enlouquecendo aos poucos. E ali no anfiteatro, enquanto algumas pessoas realizavam suas refeições, o filho de Perséfone tentava seguir as instruções da meditação guiada. Enquanto algumas pessoas pareciam reagir bem à prática, Haites não conseguia relaxar. Ao invés de esvaziar sua mente, sua cabeça estava mais cheia ainda de pensamentos intrusivos e nada positivos. A velha sensação do coração acelerado, da respiração descompassada atingiram em cheio o campista que decidiu ir embora da prática, encerrando a meditação no meio. Enquanto preparava suas coisas, teve a impressão de esbarrar em Daphne, filha de Ares, e automaticamente se adiantou com um pedido de desculpas. Sabia da fama que os filhos do deus da guerra carregavam de serem voláteis e a última coisa que precisava era irritar um deles. “E-e-eu achei que tinha esbarrado em você e eu queria evitar uma briga”, explicou-se ainda sem jeito. “Independente de eu ter feito ou não, me desculpe”, disse rapidamente. “Acho que é melhor eu ir indo”, a única coisa que o filho de Perséfone queria fazer era ir embora dali o mais rápido possível.
Daphne tinha guiado vários semideuses para fora do pavilhão, e passado grande parte da noite lutando com aqueles ursos de pelúcia idiotas de modo a comprar um pouco mais de tempo para que os outros semideuses conseguissem escapar. Se isso fazia dela a melhor pessoa do mundo? Não, mas sabia que uma pessoa realmente má, sequer se tinha preocupado com os outros ali também encurralados. Podia muito bem apenas ter fugido para seu chalé, se resguardando na segurança que o mesmo parecia oferecer, mas não o fez, sequer conseguia. Mas Maeve também esteve ali ajudando, por isso sim, naquele momento, a considerava uma boa pessoa, embora a resposta que ouvira trouxesse algum desagrado para Daphne. "Está querendo dizer alguma coisa? Ou talvez de me chamar de ingênua?" A filha de Ares perguntou com uma das sobrancelhas arqueadas. Se considerava o contrário, por norma tinha alguma dificuldade em confiar nas outras pessoas, mas naquele momento? Qualquer ajuda tinha sido bem-vinda. "Seria uma má pessoa de muitas outras maneiras. Mas eu também estava apenas tentando ser simpática, nesse momento sensível." E ali sua simpatia e paciência parecia se esvair, e naquele momento sua raiva parecia mais volátil que o normal. "Não fez mais que sua obrigação em trazer semideuses mais feridos que você para a enfermaria, mas acredite que muitos não o teriam feito. Mas pense o que for que a faça dormir bem de noite, boa pessoa ou não."
A FILHA DE HIPNOS ERA MAGRA E PEQUENA - mas enganosamente forte. foi como conseguiu ajudar a quebrar as janelas, e liderar alguns dos semideuses por lá, o tempo todo tampando o nariz e semicerrando os olhos contra a fumaça. quando finalmente escaparam todos, estava com pedaços de vidro preso as mãos elegantes, os dedos - que podiam ter sido de pianista se ela tivesse tirado tempo para aprender algo que prestasse - , agora sangravam, mas foram deixados desta forma ; os curandeiros não tinham tempo de cuidar de seus delicados dígitos no meio de tanto caos - tanta dor. portanto, depois de deitar o último meio sangue que guiou em uma maca, se retraiu para um canto, achando ela mesma algumas bandagens, e começando a cuidar do ferimento ; nem sequer registrando que na perna, havia uma queimadura querendo fazer bolhas.
eis o problema com o rescaldo da tragédia - ele faz com que pense. no momento onde sobrevivência é a única música tocando, ficamos no automático, buscando qualquer meio para apenas ficar vivos ; mas então - damos boa noite aos gritos, e entram os sussurros. os barulhos de todos os lados que falam da perda : ' ah ele era tão jovem ' , ' ah vamos sentir sua falta ' , ' ah morreu como um herói ' - o que maeve pensava ? morreu como um tolo. morreu para satisfazer a vontade dos deuses que não lutavam suas próprias batalhas. morreu - como o filho de apolo tinha morrido - em dor , por razão alguma. os deuses iriam pedir perdão ? iriam se ajoelhar e dizer preces por sua alma ? iriam sequer - lembrar quem ele foi ? tolos, todos eles em busca de glória.
❛ seu patamar 'pra boas pessoas é bem baixo. ❜ disse sem a encarar, focando nas mãos para ignorar o fato que alguém tinha ouvido seu pequeno deslizar da língua. ❛ seria uma má pessoa apenas se tivesse escalado nas costas deles 'pra escapar ? ❜ sibilou quando removeu mais um pedaço de vidro, e então engoliu em seco, antes de concluir : ❛ pessoas ruins nem sempre fazem coisas ruins. ❜
Podia inventar uma desculpa qualquer para justificar ter aprendido a dar pontos nela mesma, mas a única razão era mesmo porque detestava ir na enfermaria, e detestava ainda mais ter que depender de outras pessoas quando sentia que ela mesmo poderia resolver o problema. Claro, se fosse algo demasiado grave teria que ir à enfermaria, sim, mas para feridas? Evitava. "É só porque quanto menos tempo eu passar na enfermaria, melhor. No início as minhas também ficavam assim..." Tinha duas, uma na parte de trás do braço, quase não se notava, e outra no pé. "Mas pedi para me ensinarem e bem, a prática leva à perfeição." Não dizia que eram os melhores pontos do mundo, mas dependendo do sítio, sentia que conseguia fazer um trabalho bastante decente. Fazendo sinal com a cabeça para que viesse consigo, Daphne começou a andar em direção ao chalé cinco. A careta em seu rosto foi perceptível ao ouvir a história de Archie. "Ouch, essa deve ter doido, e bastante." Murmurou, a loira até tinha alguma tolerância à dor, mas como qualquer um, tinha seu limite. "Tenho algumas, outras são apenas coisas idiotas feitas em treinos." Ou que tinha ganho de algum irmão mais velho quando Daphne era pequena, tanto tempo ali no acampamento tinha dessas coisas. "Combinado então."
ㅤ。ㅤㅤㅤO convite soou irresistível aos ouvidos de Archie, que buscava aliviar o incômodo causado pelos ferimentos, as fisgadas persistentes ao longo de seus braços. Ele duvidava que conseguisse manter um sorriso nos lábios depois que a adrenalina se dissipasse completamente da corrente sanguínea. Embora soubesse que outros semideuses estavam feridos de forma mais grave, cada um tinha seu próprio limite de dor para suportar. Archie podia suportar qualquer tipo de dor, mas sabia quando era hora de recuar, e isso pesava mais em sua mente do que fisicamente. Naquele estado, ele teria que abrir mão das longas horas que adorava passar na cozinha, o que o deixava frustrado. O acampamento estava cheio de prioridades, mas dedicar um tempo naquela pequena cozinha não prejudicaria sua rotina. Ao retirar as mãos dos bolsos, Archie observou atentamente os cortes em seus braços, onde o fogo deixou suas marcas. "É surpreendente que você mesma se dê pontos. Não tenho medo de agulhas, mas não costumo fazer isso sozinho. Tentei uma vez durante uma missão. Acabei com uma cicatriz horrível e grossa no quadril, uma queloide terrível." Seus dedos automaticamente foram ao local mencionado, onde o relevo às vezes incomodava. "Foi causado por uma gárgula que ganhou vida assim que percebeu minha presença em um pequeno museu onde eu estava em uma missão. A criatura foi rápida e cruel. Suas garras agarraram minha barriga e me jogaram ao chão como se eu fosse um pedaço de papel." A cena era vívida em sua mente, fazendo-o reviver parte da dor que sentiu naquele dia. "Você poderia compartilhar mais histórias de suas aventuras. Como filha de Ares, deve ter várias cicatrizes com histórias interessantes. Podemos fazer isso enquanto eu a assisto com os pontos e depois com o meu pequeno problema. Se não for um grande incomodo."
Os últimos dias tinham sido cansativos para a filha de Ares, entre treinos, reuniões com sua patrulha, não conseguir dormir, o fato de ter perdido o irmão e Brooklyn, explicar aos irmãos mais novos o que estava acontecendo e ainda sua insegurança com seu papel como conselheira... Não estava sendo fácil para Daphne. Parecia andar numa espécie de limbo em que estava quase chegando ao seu limite. O lago tinha sido um bom refúgio nos últimos dias, nem que fosse apenas para se afastar dos campistas e de suas conversas. Andava a uma velocidade razoável, tentando chegar lá o mais depressa possível quando ouviu a voz inconfundível da amiga. Parou, demorando um par de segundos a se virar para a encarar. "Hey Yas..." Murmurou lhe retribuindo o sorriso. "Vamos sentar um pouco e já lhe conto tudo. Mas você também tem que me confessar como está, realmente." Apontou voltando a caminhar em direção alo lago, agora ao lado da ruiva.
❪ ⠀ ⠀ closed starter !!! ⠀ ⠀ ❫ this is for → @wrxthbornx.
A preocupação com os amigos era genuína e falando com os diversos deles ao longo do tempo, foi a vez de Daphne. Após ver a cabeleira loura atravessando em direção ao lago, não tardou em ir atrás da amiga. Pessoalmente era uma das que mais tinha preocupação porque enquanto Yasemin havia perdido um líder de patrulha, a semideusa havia perdido um irmão. Sem saber como ele estava, era complicado imaginar. Estava todo mundo sentido e o clima tenso não diminuiu com o fechamento da fenda. Claro que algo daria errado no caminho. ❝ ― Daph! Ei. ❞ — Chamou pela amiga e ao se aproximar da mesma, lançou lhe um sorriso compadecido. ❝ ― Só queria falar com você. Mal nos falamos depois do que houve... Como você tem estado? Me conte tudo e não esconda nada. ❞ — Sendo uma das amigas mais próximas e carregando tantas semelhanças, a conhecia o suficiente para saber que talvez quisesse esconder algo.
EMILY ALYN LIND? não! é apenas DAPHNE GRACEWOOD, ela é filha de ARES do chalé 5 e tem 22 ANOS. a tv hefesto informa no guia de programação que ele está no NÍVEL III por estar no acampamento há 22 ANOS, sabia? e se lá estiver certo, DAPH é bastante CALCULISTA mas também dizem que ela é PERFECCIONISTA. mas você sabe como hefesto é, sempre inventando fake news pra atrair audiência.
𝐁𝐀𝐒𝐈𝐂𝐒
Nome: Daphne Gracewood
Data de Nascimento: 07/11/2001 (22 anos)
Local de Nascimento: Bronx, Nova Iorque
Zodíaco: Escorpião
Altura: 1m e 52cm
Orientação Sexual: Bissexual
Parente Olimpiano: Ares
Cabine: 5
Ocupação no acampamento: conselheira do chalé de Ares; líder da equipe vermelha de queimada, instrutora de combate corpo a corpo e faz parte dos patrulheiros
Habilidades especiais: força sobre-humana e durabilidade sobre-humana
𝐁𝐈𝐎𝐆𝐑𝐀𝐏𝐇𝐘
Daphne foi um mero acaso desagradável na vida de sua mãe. A verdade é que Susan nunca imaginou que iria engravidar do Deus da guerra que tinha acabado de conhecer naquela noite. Estavam apenas curtindo, era para ser apenas uma one night stand para depois se esquecerem um do outro para sempre. Mas não, aquela noite acabara marcando a vida de Susan da pior maneira de sempre. Ainda estava na faculdade, mesmo no começo do seu segundo ano e uma gravidez não estava de todo em seus planos, além disso, nunca mais encontrara o suposto pai da criança. Durante os nove meses da gravidez, Susan fez de tudo para a esconder, desde nunca ter deixado seus maus hábitos com o álcool e o tabaco para que ninguém achasse estranho, roupas extremamente largas, e até evitava ir a casa na altura das férias. O que não tinha planeado ainda eram seus planos para após o parto. Deixaria a criança no hospital? Levaria até a alguma igreja ou assim?
Quando o dia chegou, fingiu estar doente com uma apendicite, para que nem os colegas ou os pais pudessem desconfiar, e foi aí que nasceu Daphne, nome dado pelas enfermeiras do hospital pois Susan sequer queria olhar para a criança, quanto mais batizar-lhe com um nome. O mais inesperado de tudo, foi a visita do tal homem que conheceu naquela fatídica noite, que ao perceber os planos da mulher de abandonar a criança, lhe explicou da existência do campo meio-sangue, e em como seria melhor para Susan deixar Daphne por lá. A ideia de Ares parecia realmente a melhor, e mesmo que não fosse, a mulher apenas se queria ver livre daquele empecilho em sua vida, e não pensou duas vezes em a deixar apenas com duas semanas à porta do acampamento meio-sangue. Em uma pequena alcofa e apenas com uma coberta a enrolando e uma carta apenas com o primeiro nome da menina, o mesmo dado pelas enfermeiras do hospital.
Ter um bebê tão pequeno no acampamento não foi tarefa fácil, uma coisa era receberem crianças, a maioria delas que já sabia andar, falar, ler e escrever, mas com um bebê daquele tamanho? Tinham que ensinar tudo do zero. A primeira coisa que fizeram foi lhe dar um apelido, mesmo que ainda não tivesse sido reclamada por nenhum Deus, e o que ficou foi Gracewood, afinal, combinada com a forma como e onde tinha sido encontrada. No acampamento vários semideuses e até Dionísio faziam apostas sobre de que Deus seria aquela criança, o que praticamente ninguém acertou, afinal, tinha um temperamento bastante calmo, se entretia muitas vezes sozinha, era sociável e raramente a ouviam chorar, por isso tal não foi o choque quando Ares a reclamou.
No entanto, sua natureza afável e sociável foi mudando e se moldando à medida que a menina crescia. Embora não pudesse dizer que tinha ambos os pais ausentes, a rejeição de sua mãe e a falta de amor que sentiu da parte dela foi ficando marcada desde bem cedo e isso ia se manifestando em esporádicos ataques de raiva, que sempre acabava descarregando quando treinava, além de se isolar de outros campistas. Aquela revolta que Daphne sentia parecia ser o combustível para sempre se puxar até ao limite, especialmente em treinos físicos, já que parecia nunca ficar cansada, e quando ficava, tentava estender sua durabilidade sempre mais um pouco.
Claro que aquele era um comportamento indesejável, e não passou despercebido a Dionísio, que a última coisa que queria era ter uma cria de Ares completamente descontrolada, mas foi Quíron quem conseguiu chegar até à menina. Era ele a principal figura paternal para Daphne, quem a incentivava a ser melhor, não apenas na arte da luta mas também para os outros campistas. Era Quíron que a acolhia nos seus piores momentos, além de ter sido quem a ensinou a ler e a escrever e era sempre quem Daph procurava quando necessitava de algo.
À medida que foi crescendo, o seu ressentimento para com a mãe foi ficando mais tênue, e a garota foi aceitando que aquele era seu lugar, e não havia nada que a fizesse mudar como as coisas tinham sido feitas até ali. Ainda que mantivesse sua natureza mais reservada, seus ataques de raiva estavam controlados, sempre indo para o centro de treinamento quando quisesse descarregar sua raiva. Gostava de ser um exemplo para os outros campistas, tentando sempre ser a melhor em tudo o que fazia, sendo por vezes repreendida por ser demasiado dura com ela mesma e perfeccionista, mas essas eram características que não conseguia mudar.
Hoje não imagina sua vida além do acampamento, até porque não conhece nada sem ser o mesmo, nunca tivera intenções de sair sem ser com os patrulheiros e em missões. Seu foco é proteger o acampamento e todos os semideuses que lá se encontram. Quando ouviu sobre a profecia não queria acreditar, a fazendo estar ainda mais alerta que o que é costume para si.
𝐏𝐎𝐖𝐄𝐑 𝐀𝐍𝐃 𝐖𝐄𝐀𝐏𝐎𝐍
transfiguração de armas - para Daphne qualquer objeto ao seu alcance pode se transformar em qualquer arma que a semideusa necessitar naquele momento. Pode estar no meio do pavilhão e utilizar um prato que se transforma em uma espada, ou até no meio do bosque e um pequeno galho se transforma em um arco e flecha, é só Daphne pensar na arma que precisa naquele momento que qualquer objeto que pegar, irá se transformar.
arma - Embora proficiente com qualquer tipo de arma a sua preferida é um machado de dois gumes quase do tamanho dela feito de ouro imperial. Qualquer pessoa que não a conhecesse e olhasse para arma iria julgar que Daphne nunca o conseguiria levantar, mas a verdade é que foi feito com o equilíbrio perfeito para ela. O cabo é adornado de chamas e esteja onde estiver, basta Daph assoviar e a arma vem de encontro a ela.
𝐖𝐀𝐍𝐓𝐄𝐃 𝐂𝐎𝐍𝐍𝐄𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍𝐒
𝟬𝟭 after all this time (m/f): MUSE 1 foi o primeiro verdadeiro amigo de Daphne no acampamento. Os dois estão lá desde muito novos e se conectaram desde o primeiro dia em que conversaram.
𝟬𝟮 mock me once (m/f): Daphne era/é a instrutora de combate corpo a corpo de TADEU. Quando os dois se conheceram pela primeira vez, ele a zoou pelo seu tamanho, o que irritou a semideusa, mas depois de mostrar suas capacidades, TADEU aprendeu a respeitá-la e hoje os dois são bons amigos.
𝟬𝟯 heads up (m/f): FLYN sempre foi como que um mentor para Daphne desde que ela se lembra. FLYN está há tanto ou mais tempo que a semideusa no acampamento e desde suas primeiras recordações foi ele quem a orientou e muitas vezes a repreendeu, para ela, FLYN é um exemplo a seguir e sem dúvida o seu conselheiro quando mais precisa.
𝟬𝟰 show your voice (m/f): AIDAN foi das poucas pessoas que conseguiu derrotar Daphne em uma luta corpo a corpo e na altura isso a deixou extremamente irritada. Não tiveram o melhor começo e a semideusa regou até a ressenti-lo, mas com o passar do tempo se tornaram bons amigos. Se Daphne é maioritariamente reservada, isso de todo não acontece quando está com AIDAN.
𝟬𝟱 you can let it go (f): MUSE 5 foi a primeira relação, e única até agora, que Daphne teve com uma garota. Foi numa altura conturbada e a falta de experiência e insegurança da filha de Ares em nada ajudou. Foi Daphne quem terminou o relacionamento sem nunca dar explicações a MUSE 5 e até hoje, as duas não sabem como se comportar quando perto uma da outra.
𝟬𝟲 that was nice (m): Um dos poucos relacionamentos amorosos de Daphne foi com DAMON. Não era o melhor do mundo, mas os dois se entendiam bastante bem e se compreendiam como mais ninguém. O relacionamento foi evoluindo e chegaram a estar juntos durante dois anos, no entanto com o estresse da profecia e dos novos acontecimentos no acampamento, os dois deixaram de estar juntos tantas vezes como antes e mutuamente decidiram que o melhor seria cada um seguir o seu caminho. Hoje são bons amigos.
𝟬𝟳 like water to fire (m/f): Daphne e CHARLIE não podiam ser mais diferentes um do outro. Na verdade, CHARLIE até irritava a semideusa sempre que esta o via. No entanto, foi preciso uma missão juntos para se tornarem bons amigos, mesmo que completamente opostos já não se vêm um sem o outro.
𝟬𝟴 not even close (m/f): Se existe alguém que Daphne não tolera é MUSE 8, e vice versa. Isto tudo vem desde uma atividade em que foram de equipes opostas e desde ai não se suportam.
𝟬𝟵 out of sight out of mind (m/f): MAXIME sempre mostrou seu desagrado com a presença de Daphne, seja por causa de seu pai divino ou apenas por sua personalidade, os dois nunca deram o clique. Nunca houve nada que despoletasse o desinteresse mútuo um pelo outro, mas também nunca trabalharam para resolver isso. Quando estão juntos o ambiente é pesado e nunca faltam boquinhas que ficam jogando um ao outro.
𝐨𝐩𝐞𝐧 𝐬𝐭𝐚𝐫𝐭𝐞𝐫 𝐜𝐚𝐥𝐥 - depois do plot drop
responda com um ❤️ para um starter com a Daphne com uma frase daqui, aqui, ou deste post + lugar do acampamento (especifique se quer que seja seu muse ou meu muse falando)
𝐃𝐚𝐩𝐡𝐧𝐞 𝐆𝐫𝐚𝐜𝐞𝐰𝐨𝐨𝐝Daughter of 𝕬𝖗𝖊𝖘; cabin counsellor born from 𝒘𝒓𝒂𝒕𝒉 𝒂𝒏𝒅 𝒓𝒂𝒈𝒆
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