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Prompt: Fio vermelho, ligados pelo destino, alma gêmeas
Tema: primeiro encontro
Nico se sentou na arquibancada do campo de futebol e olhou ao redor, procurando por alguém, alguém que ele não sabia quem era, mas sabia que o reconheceria se o visse. Sabe, ele geralmente prefere ficar sozinho, com seus livros e músicas e videogames, mas hoje, hoje algo dentro dele o disse para ir até ali, falou para ele se sentar naquelas mesmas arquibancadas e esperar. Só esperar.
Depois disso, não demorou muito. O time de futebol entrou na quadra e… desde quando aquela faculdade tinha um time profissional de futebol. Não, isso não podia ser verdade. Ele se negava a socializar com um.. um atleta! Nico se levantou, tentando sair discretamente do campo quando um cara alto parou em frente a ele, o fazendo dar de cara com um peito largo e mãos que o seguraram pela cintura.
— Você está bem?
Não! Ele já tinha escutado aquela voz em seus sonhos, ele já tinha sentindo aquelas mãos fortes em sua pele e já… tinha encarado aqueles olhos verdes e tempestuosos que o encavam sorridentes. Mas ele se negava, por isso, Nico juntou sua mochila que tinha caído no chão e se virou, sem respondê-lo.
— Niccolas? Esse é o seu nome, certo?
Nico teve que se virar para o homem de seus sonhos. Ninguém o chamava por esse nome, porque ninguém além de sua família já morta sabia dele. Ele era Nico, e não Niccolas.
— Como você sabe meu nome?
Percy deu de ombros. — Eu apenas sei. Como você sabe o meu.
— Perseu. Percy? — Nico arfou, sentindo a cabeça rodar. Não, o Percy de seus sonhos era gentil, inteligente e engraçado, não um…
— Eu sei o que você está pensando--
— Como você poderia saber?
— Bem, eu imagino.
— O quê? Não. É melhor se a gente fingir que isso nunca aconteceu.
Sim, Nico disse a si mesmo. Seria bem melhor, ele se preparou para virar as costas para Percy quando sentiu mãos grandes o segurarem pela nuca, um corpo grande envolvendo o seu em um abraço que tirou seu fôlego. Rosto contra rosto, e lábios contra seu ouvido, beijando a pele sensível e o fazendo derreter.
— Me dê uma chance. Só uma. Você não vai se arrepender.
— O quê? — Nico murmurou, se sentindo bêbado. Isso não parecia normal, como Percy poderia saber de seu ponto fraco?
Nico fechou os olhos e se surpreendeu quando ele mesmo levou as mãos às costas de Percy e deixou que seus dedos levantasse a camisa de Percy e navegassem pela pele macia e músculos bem definidos.
— Percy, quem é esse homem? — Nico escutou alguém dizer a eles.
Ele abriu os olhos e deu de cara com uma garota loira, alta e com agressivos olhos cinza-azulados.
Nico sabia que era bom demais para ser verdade.
Ele se afastou de Percy, empurrando o peito largo para longe dele e olhou uma última vez para Percy. Ah, como ele havia sonhado com aqueles olhos. Era uma pena mesmo. Ele colocou a mochila nas costas e… de novo, Percy o pegava pelo braço, não o deixando partir.
— Onde você indo?
— Para o dormitório.
— Por quê?
— Você tem uma namorada.
— Não por muito tempo.
— Percy! — Ele escutou a garota reclamar, a ignorando.
— Não. Não é certo. — Ele disse negando com a cabeça.
— Não é você quem decide isso.
— Então, é você?
— Sim, sou eu.
Percy se inclinou sobre ele e o segurou novamente pela nunca, sussurrando:
— Até agora eu respeitei sua vontade. Mas você veio até mim. Agora que você está aqui, eu não vou te deixar escapar.
Nico arfou e empurrou Percy mais uma vez.
— Você não está falando sério.
— Eu estou. — Percy acenou, firme e decidido. — Eu sempre te vejo pelos corredores. Sempre distraído e sozinho. Por quê você veio aqui, hoje? Por quê?
— Eu…
— Olha, eu não estou pedindo que você se case comigo, eu--
— Quer me conhecer melhor?
Percy acenou novamente e continuou segurando em sua mão.
A verdade é que se Nico quisesse ele já teria ido embora, mas havia algo tão magnético em Percy que o fazia querer ficar e saber o que poderia acontecer. Talvez… talvez fosse o destino lhe dando um empurrãozinho.