Fotografar Um Buraco Negro, é Possível? Óbvio Que Fotografar O Interior De Um Buraco Negro, Ou O Que

Fotografar um buraco negro, é possível? Óbvio que fotografar o interior de um buraco negro, ou o que acontece além do horizonte de eventos, é algo impossível, pois a partir do horizonte de eventos, nada consegue escapar, nem mesmo a luz.

Agora, fotografar o horizonte de eventos é sim algo possível, porém para realizar esse feito seria necessário um telescópio gigantesco, para se ter uma ideia, para fotografar o horizonte de eventos do buraco negro no centro da Via Láctea, seria necessário um telescópio que tivesse, virtualmente o diâmetro do planeta Terra.

E será que isso é possível? Não só é possível, como está pronto para operar.

A iniciativa se chama Event Horizon Telescope, ou Telescópio do horizonte de Eventos.

O objetivo é integrar os grandes radiotelescópios do mundo, e a através de uma técnica chamada de interferometria e assim conseguir observar o horizonte de eventos do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.

Para quem não sabe, o buraco negro central da Via Láctea, se chama Sagitarius A*, está localizado a cerca de 26 mil anos-luz de distância da Terra, e obviamente nunca foi observado.

O que se tem são indícios de sua existência devido a observação das estrelas ao redor se movimentando de forma muito rápida, o que sugere um objeto extremamente denso no centro.

O seu horizonte de eventos tem cerca de 20 milhões de km, parece muito, mas na distância que ele está não é nada, é só mesmo, um telescópio do tamanho da Terra é capaz de observar.

O EHT usa uma técnica chamada de VLBI (Very Long baseline array interferometry).

Na verdade a técnica consiste em combinar o poder das maiores antenas de rádio telecópios do mundo todos olhando para um mesmo alvo ao mesmo tempo.

Com a recente adição do ALMA ao EHT sua sensibilidade foi extremamente melhorada.

além dos instrumentos, o local onde ficarão armazenados os dados já está pronto esperando a quantidade enorme de informação. A capacidade de armazenamento é equivalente a de 10000 laptops tradicionais.

Além de tudo isso, obviamente o algoritmo que irá fazer a análise dos dados já está bem desenvolvido.

E para ter uma certeza no sucesso do experimento, simulações já foram rodadas levando em consideração as equações de Einstein.

E o efeito que os astrônomos esperam observar é a sombra do buraco negro na matéria subjacente e quando essa sombra acontecer, o horizonte de eventos se tornará proeminente.

Agora a pergunta que não quer parar? Quando teremos essa imagem?

Os astrônomos pretendem fazer a campanha de observação entre 5 e 14 de Abril de 2017, mas devido à complexidade das análises, provavelmente a primeira imagem só fique pronta em 2018, ah, e só para lembrar não tem nada da NASA nisso.

Além obviamente de fazer a imagem do horizonte de eventos, que será algo extraordinário, esse experimento poderá provar mais uma vez a teoria da relatividade de Albert Einstein. Muitos efeitos só provados teoricamente poderão ser testados nessa observação.

E não existe melhor lugar para testar a teoria da relatividade do que o ambiente extremo nas vizinhanças de um buraco negro.

Será que esse ano conseguiremos esse fato extraordinário? vamos aguardar e estarei aqui anunciando para vocês as novidades.

(via https://www.youtube.com/watch?v=NFRk-1yq86Y)

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8 years ago

Se um dia a água percolou pela superfície de Marte, talvez, o Mawrth Vallis, seja uma das melhores feições que podem guardar os segredos dessa época remota do Planeta Vermelho.

O vale na verdade é um extenso canal com 600 km de comprimento, cercado por paredes com 2 km de altura.

Esse clássico canal, fica localizado na região de divisa entre as terras altas do sul e as planícies do norte marciano.

Esse belo vídeo, usa os dados da sonda Mars Express, para nos levar numa viagem pelo Mawrth Vallis.

A viagem começa na boca do canal que fica na Chryse Planitia e segue em direção a aparente fonte do canal que fica em Arabia Terra.

O platô com seus 4 bilhões de anos é caracterizado pela grande quantidade de crateras de impacto, indicando a elevada idade.

A sonda Mars Express mostra em zoom manchas mais claras e mais escuras pela superfície de Marte.

As manchas claras são camadas de sedimentos que estão entre os maiores afloramentos de minerais argilosos em MArte. A sua presença é a pista fundamental que nos diz que no passado a água líquida esteve presente nessa região.

A variedade de minerais aquosos, e a possibilidade de que essa região possa conter um registro de um antigo ambiente habitável em Marte, levou os cientistas a proporem o MAwrth Vallis como candidato para o pouso do rover da ExoMars 2020.

Esse nome estranho, Mawrth é na verdade a palavra galesa para Marte e Vallis, o latim para Vale, ou seja, o Vale de Marte.

A sonda Mars Express possui uma câmera estéreo que consegue fazer essas projeções tridimensionais juntamente com um modelo digital de terreno de Marte.

Espero que curtam a viagem!!!

(via https://www.youtube.com/watch?v=6JlG2OoReGA)

8 years ago

Não sei se vocês sabem, mas a nossa galáxia, a Via Láctea, possui uma estrutura típica.

Podemos dividir a galáxia em:

Disco galáctico - que pode ser dividido em núcleo, bulbo e braços espirais.

Os aglomerados globulares

E o halo.

O halo da Via Láctea, se estende por cerca de 300 mil anos-luz, estima-se que a massa do halo seja comparável à massa de todas as estrelas da Via Láctea.

Embora a estrutura básica da galáxia seja conhecida, existem questões que ainda estavam em aberto, como por exemplo, o fato, de muitos assumirem que o disco da Via Láctea tenha uma rotação, enquanto que o enorme halo de gás seja estacionário.

Porém, pesquisadores usando dados de arquivo obtidos pelo telescópio espacial da ESA, XMM-Newton, mostraram que o reservatório de gás da Via Láctea também tem um movimento de rotação.

Basicamente, os pesquisadores mediram os desvios no comprimento de onda da luz usado linhas de oxigênio muito quente, que são bem registradas pela XMM-Newton.

Esses desvios foram transformados em velocidade, e com isso os pesquisadores descobriram que o halo tem um movimento de rotação na mesma direção do disco e com uma velocidade parecida.

O disco tem uma velocidade de 540000 mph e o halo 400000 mph.

Esse resultado é muito importante, pois ele pode ajudar a entender um grande problema que acontece com a maioria das galáxias, que é sobre a matéria perdida, conhecendo a direção e a velocidade com a qual o halo rotaciona, é possível saber como o material foi parar ali e qual a taxa com que a matéria se estabeleceu ali.

Além disso, a descoberta da rotação do halo galáctico pode fornecer pistas incríveis sobre como se deu a formação da Via Láctea  e qual será eventualmente o seu destino.

Ainda mais, essa descoberta pode ser usado para muitos outros tópicos como no desenvolvimento de futuros telescópios espaciais destinados a estudar a emissão de raio-X.

(via https://www.youtube.com/watch?v=3rJJ_G3Vl88)

7 years ago
This New NASA/ESA Hubble Space Telescope Image Shows The Center Of The Lagoon Nebula, An Object With

This new NASA/ESA Hubble Space Telescope image shows the center of the Lagoon Nebula, an object with a deceptively tranquil name, in the constellation of Sagittarius. The region is filled with intense winds from hot stars, churning funnels of gas, and energetic star formation, all embedded within an intricate haze of gas and pitch-dark dust.

Image Credit: NASA/JPL/ESA/J. Trauger 

7 years ago

Stellar parallax

In astronomy, parallax is the difference in the apparent position of an object seen by observers in different places. Stellar parallax is used to measure the distance of stars using the motion of the Earth in its orbit. Created by the different orbital positions of Earth, the extremely small observed shift is largest at time intervals of about six months, when Earth arrives at exactly opposite sides of the Sun in its orbit, giving a baseline distance of about two astronomical units between observations. The parallax itself is considered to be half of this maximum, about equivalent to the observational shift that would occur due to the different positions of Earth and the Sun, a baseline of one astronomical unit (AU).

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Stellar parallax is so difficult to detect that its existence was the subject of much debate in astronomy for thousands of years. It was first observed by Giuseppe Calandrelli who reported parallax in α-Lyrae in his work “Osservazione e riflessione sulla parallasse annua dall’alfa della Lira”. Then in 1838 Friedrich Bessel made the first successful parallax measurement ever, for the star 61 Cygni, using a Fraunhofer heliometer at Königsberg Observatory. 

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Once a star’s parallax is known, its distance from Earth can be computed trigonometrically. But the more distant an object is, the smaller its parallax. Even with 21st-century techniques in astrometry, the limits of accurate measurement make distances farther away than about 100 parsecs (roughly 326 light years) too approximate to be useful when obtained by this technique. This limits the applicability of parallax as a measurement of distance to objects that are relatively close on a galactic scale. Other techniques, such as spectral red-shift, are required to measure the distance of more remote objects.

source

6 years ago
Aldebaran, Venus, Jupiter And Pleiades - Buenos Aires, Argentina.

Aldebaran, Venus, Jupiter and Pleiades - Buenos Aires, Argentina.

Image credit: Luis Argerich

11 months ago
❝Os Tambores Vão Tocar Na Aldeia

❝Os tambores vão tocar na aldeia

Pra fazer levantar poeira

Oê-oê-oê - aê-aê-aê

Meu povo! Mothokari vem do Sol!❞


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1 month ago

Arte Da Natureza

Arte Da Natureza

📅 Data de registro: 5 de agosto de 2024 às 18:26


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7 years ago

A China lançou com sucesso um satélite de comunicação lunar, desenvolvido para ajudar na missão histórica que o país lançará ainda em 2018 de colocar um lander e um rover no lado distante (escuro, oculto) da Lua. Além de servir como relay de dados, esse satélite ainda fará experimentos astronômicos.

O satélite de relay da Chang’e-4, está sendo acompanhado por dois microssatélites, e tudo isso foi lançado a bordo de um foguete Long March 4C direto do Xichang Satellite Launch Centre, às 18:28 hora de Brasília, desse domingo, dia 20 de Maio de 2018.

A sonda foi inserida com sucesso na órbita de transferência lunar e se separou do estágio superior de seu foguete. O China Aerospace Science and Technology Corporation, o CASC, o principal contratante para o programa espacial, confirmou o sucesso em menos de uma hora após o lançamento.

Chamado de Queqiao, o satélite está agora numa jornada de 8 a 9 dias até o segundo ponto de Lagrange do sistema Terra-Lua, conhecido como E-M L2, que fica entre 60 e 80 mil quilômetros além da Lua, ou seja, a quase meio milhão de quilômetros da Terra.

O principal objetivo da missão é fornecer um meio de comunicação para as operações de um lander e de um rover lunar que serão colocados no lado distante da Lua, algo que nunca foi testado antes.

Como a Lua é travada gravitacionalmente com a Terra, esse lado distante, nunca está voltado para a Terra. Pousar missões ali, requer um sistema de comunicação com base nesses satélites que fazem o relay dos dados e que sempre estarão com as estações em Terra e com o lander e rover na sua linha de visada.

O ponto E-M L2 que é gravitacionalmente estável irá fornecer essa posição e a órbita adequada para o satélite realizar a sua função.

Queqiao, irá fazer um sobrevoo lunar para ser lançado para seu destino além da Lua e usará seu próprio sistema de propulsão para entrar numa órbita halo ao redor do ponto de Lagrange.

Uma vez no seu ponto, o satélite de 448 kg CAST100, desenvolvido pela China Academy of Space Technology, a CAST, uma empresa fabricante de sondas que trabalha para o CASC, irá testar sua antena parabólica de 4.2 metros de diâmetro e todas as funções antes que a missão levando o lander e o rover chegue na Lua.

O satélite enviado hoje, marca a quinta missão lunar chinesa, contando os dois módulos orbitais, Chang’e-1 em 2007, o Chang’e-2 em 2010, o rover e lander lunar da missão Chang’e-3 de 2013, e uma missão teste de retorno de amostras da Lua em 2014.

Em 2019, a China irá lançar a missão Chang’e-5 para coletar 2 kg de amostras do solo lunar e mandar de volta para Terra.

O lançamento desse domingo, dia 20 de Maio de 2018, marcou o décimo quinto lançamento da China em 2018, lembrando que a China pretende fazer cerca de 40 lançamentos nesse ano, o que dá quase 1 lançamento por semana.

Além de ajudar nas missões que pousarão na Lua, o satélite também irá usar 3 antenas de 5 metros de diâmetro de monopólio que serão usadas para realizar uma astronomia de frequência muito baixa que é impossível de ser feita na Terra, devido à atmosfera do nosso planeta.

A Netherlands-China Low frequency Explorer, ou NCLE, desenvolvido pela Readbound University, e outros, irá tentar detectar um sinal de baixa frequência proveniente da era negra do universo, algo que aconteceu poucas centenas de milhões de anos após o Big Bang, antes das primeiras estrelas brilharem.

Outros objetivos, disse Marc Klein Wolt, da Readbound University, e líder de projeto do NCLE, incluem, pesquisas do Sistema Solar nessas frequências, além de agir como uma base para futuras missões.

Perguntado se o NCLE poderia também, apesar de não ser o objetivo científico da equipe, contribuir para a pesquisa por inteligência extraterrestre, Klein Wolt, disse que, “em princípio poderia, já que nós estamos abrindo uma nova janela para o universo, mas eu não estou esperando encontrar qualquer ET”.

Dois microssatélites, o Longjiang-1 e 2, também estavam a bordo do foguete chinês, e tentarão entrar numa órbita lunar altamente elíptica para realizar suas tarefas astronômicas.

Os satélites pesando 45 kg e com dimensões de 50x50x40 cm, desenvolvidos pelo Harbin Institute of Technology, o HIT, em Heilongjiang , usará antenas de 1 metro para testar radioastronomia de baixa frequência e um tipo de interferometria baseada no espaço.

Principalmente usado como uma verificação técnica para futuras missões, o par de pequenos satélites também está levando experimentos de rádio amadores, além de uma pequena câmera óptica desenvolvida pela Arábia Saudita.

A Chang’e-4 era considerada primeiramente como uma missão reserva da Chang’e-3 que levou o rover Yutu para tocar o solo do Mare Imbrium em 2013.

Como a missão foi realizada com sucesso, apesar de uma falha mecânica no Yutu, a sonda Chang’e-4 foi então confirmada como sendo a missão para o lado distante da Lua.

O alvo para que a Chang’e-4 pouse na Lua é dentro da cratera Von Kármán, que fica na Bacia Aitken do Polo Sul, uma área intrigante do ponto de vista científico, que pode oferecer uma grande ideia sobre a história e sobre o desenvolvimento tanto da Lua como do nosso Sistema Solar.

As câmeras na Chang’e-3 mandaram imagens espetaculares do Mare Imbrium, e o mesmo espera-se da Chang’e-4. A Chang’e-3 fez inúmeras descobertas com seus instrumentos, incluindo múltiplas camadas distintas na superfície, sugerindo que a Lua teve uma história geológica mais complexa do que se pensava anteriormente.

Imaginem o que uma missão no lado distante da Lua não pode nos revelar.

Fonte:

https://gbtimes.com/china-launches-queqiao-relay-satellite-to-support-change-4-lunar-far-side-landing-mission

A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
A China Lançou Com Sucesso Um Satélite De Comunicação Lunar, Desenvolvido Para Ajudar Na Missão
8 years ago

Eu já falei muitas vezes para vocês que os buracos negros podem ser classificados em 3 categorias: os buracos negros supermassivos encontrados no centro de galáxias, os buracos negros de massa estelar e os buracos negros intermediários.

Esses últimos ainda não tiveram sua existência confirmada, mas os astrônomos acreditam que eles devem sim existir.

Esse tipo de buraco negro teria uma massa entre 100 e 10 mil vezes a massa do Sol e a importância além de serem o ele perdido entre os buracos negros estelares e os supermassivos, eles poderiam ser as sementes que dão origem aos buracos negros supermassivos.

Um grupo de astrônomos anunciou na última edição da revista Nature evidências para a existência de um buraco negro de massa intermediária no interior do aglomerado globular 47 Tucanae.

Esse aglomerado tem 12 bilhões de anos de vida e está localizado a cerca de 13 mil anos-luz de distância da Terra, na constelação de Tucano.

Ele contém milhares de estrelas, condensadas numa bola com 120 anos-luz de diâmetro. Além disso ele possui duas dezenas de pulsares que são importantes para essas evidências.

Esse aglomerado já foi examinado na busca por buraco negro, mas o resultado não foi o desejado, porque não no raio-X só é possível identificar os buracos negros supermassivos se alimentando ferozmente. O que não é o caso no interior desse aglomerado.

Mesmo em buracos negros mais calmos como o da nossa galáxia, inferir a sua presença não é algo complicado pois as estrela na sua volta começam a se movimentar a altas velocidades, algo também que não foi identificado no 47 Tucanae.

No caso de um aglomerado globular, uma evidência para a presença de um buraco negro é o movimento geral das estrelas, o buraco negro funciona como uma colher, recolhendo estrelas e atirando-as a altas velocidades e a grande distâncias, isso gera um sinal que é detectado pelos astrônomos.

Outra evidência são os pulsares, que emitem sinais de rádio facilmente detectados, com a presença do buraco negro de massa intermediária os pulsares são detectados a distâncias maiores do centro do que se o buraco negro não existisse.

combinando essas evidências e usando modelos computacionais, os astrônomos concluíram a presença de um buraco negro com massa equivalente a 2200 vezes a massa do Sol no 47 Tucanae.

Essa descoberta é importante, pois a técnica de detecção e a metodologia usada no processamento dos dados podem ser aplicadas a outras aglomerados globulares na busca por mais buracos negros de massa intermediária, e assim vamos também traçando a linha evolutiva desses que são um dos objetos mais intrigantes do universo.

(via https://www.youtube.com/watch?v=0WCJy3bBKfY)

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carlosalberthreis - Carlos Alberth Reis
Carlos Alberth Reis

1994.4.26 • Parintins, Amazonas, Brasil

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