Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

com a água gelada envolvendo-a até os últimos fios de cabelo e um frio implacável trilhando um caminho até o âmago , neslihan encontrava na resistência que suas unhas encontravam na pele do braço e antebraço — até que sulcos avermelhados surgissem sobre o bronze — a única válvula de escape para os pensamentos que rondavam sua mente . nem mesmo o vestígio do toque cálido da pedra , que parecia murmurar seu nome , era capaz de dissipar o gelo que se alastrava por suas veias , enraizando pavor . de soslaio , avistou a figura de christopher , e as palavras trocadas ecoaram frescas em sua memória , trazendo um arrepio que a consumiu por completo . não , aquilo não podia ser real . a situação era fruto de um devaneio , invenções de uma mente febril . uma peça cruelmente pregada por sua imaginação , que colocava em perspectiva a acalorada discussão da noite anterior . sim , era apenas isso – cenas forjadas em uma fantasia vívida demais , das quais despertaria a qualquer momento , com as têmporas pulsando em protesto contra o excesso de negronis ingeridos .

mas ela se lembrava com nitidez do dia anterior , as longas horas dedicadas a processos e rotina meticulosa , o encontro com olivia no meio do dia antes de retornar ao escritório , cansaço pulsando em suas íris ao final do expediente , exaurida pelas violações . a imagem dos olhares aterrorizados dos que buscavam sua ajuda a acompanhando em cada passo do edifício até o carro . a cidade inquietantemente silenciosa , sem casais caminhando pelas ruas adornadas pelo aroma de flores desabrochando e pelo sussurrar das folhas , como havia se tornado habitual desde que os rumores começaram a se espalhar . então , como uma fissura na frágil racionalidade que ela tentava sustentar com unhas e dentes , a pergunta de domenico , tão típica do velho amigo , estilhaçava qualquer resquício de controle que ainda tentava manter .

impossível . a palavra reverberava , enclausurada em um labirinto sem saída dentro de si , um eco desesperado em busca de uma fresta inexistente . por um breve instante , desejou abandonar a própria pele , tomar outro corpo , e contemplar-se sob o olhar de um espectador . seriam suas feições traidoras implacáveis , expondo o pânico que se entrelaçava como espinhos em seus pulmões ? ou , como esperava ardentemente , permaneceriam impecáveis , esculpidas como linhas de mármore inquebráveis ?

neslihan , para seu desgosto , novamente se via incapaz de racionalizar e atrelar sentido ao que testemunhava . com as íris impregnadas de uma perplexidade quase babélica , recusava-se a aceitar a possibilidade de que tudo o que havia conquistado — sua independência , sua vida forjada às próprias custas — pudesse se dissipar com um mero estalar de dedos . a ideia de uma maldição era risível , e ainda mais absurda era a exigência de que , para escapar de uma condenação futura , precisasse se render àquilo que mais desprezava .

amor . como poderia sequer cogitar oferecer algo dessa natureza , quando tudo o que conhecera sob a máscara do sentimento fora destruição ? como poderia atrever-se a depositar sua sobrevivência no altar de uma emoção que se tornara sinônimo de devastação ? o que o amor havia lhe oferecido , senão dor ? e como , em plena consciência , poderia ela submeter seus amigos , sua família escolhida , uma desconhecida , ou até mesmo aquele que a ferira e aquele que incinerava sua paciência com provocações constantes , à mesma desolação ? impossível . a palavra irrompeu , visceral , rasgando o tecido de sua consciência e ressoando com a força de uma convicção inabalável .

com um aperto fugaz na palma de graziella , um sorriso vazio dirigido a aaron e um aceno sutil em direção a olivia , seguiu a figura de camilo . como um espectro , vagava sob o manto da escuridão , seus dentes batendo uns contra os outros , até selar a porta do alfa romeo com uma força inesperada , fazendo os ossos de seu corpo vibrarem . pressionando o cenho contra o volante , lutava para conter um grito que se formava em sua garganta , rompendo sua respiração ofegante e irregular . com as palmas suadas e geladas , tremendo como os batimentos descompassados de seu coração , levou-as até os olhos , que dançavam em vertigem , exacerbando a náusea que se apertava em seu estômago .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

o índigo do céu noturno , o prata das estrelas , o vermelho das rosas , o cinza dos ladrilhos que cobriam as calçadas , o dourado das luzes que salpicavam as ruas agora pulsando com vida . o linho encharcado da calça de alfaiataria , o metal frio dos botões da camisa , o vinil e a espiga macios do banco , a pele aquecida e... ferida de seu antebraço . ao perceber os vergões profundos que interrompiam a continuidade do caramelo de sua tez , o exercício que habitualmente a ancorava contra o pânico foi completamente esquecido .

por sorte , o carro não necessitava de chave para dar partida , ou os dedos dormentes a teriam mantido ali , à mercê de sua própria inquietação , até o amanhecer . em um trajeto que normalmente tomaria quinze minutos , conseguiu encurtá-lo para oito , quase levando os portões de ferro da villa gökçe consigo na ânsia frenética de se libertar da agonia que a consumia .

contornando a imponente estrutura de terracota , seus ouvidos captavam mark , chaz e virginia por trás dos vidros . em um movimento automático , abriu as portas duplas , permitindo que a envolvessem em uma euforia coletiva . desde o momento em que saíra da clareira , era a primeira respiração completa que tomava , mas logo o ritmo irregular de seus pulmões retornou , uma torrente de pensamentos a invadindo com uma força corrosiva . como um tornado irrompendo no estábulo que abrigava seus cavalos , os olhos se fixaram no preto azulado de gül . o hanoveriano , seu companheiro fiel há mais de uma década e meia , observava-a com a postura elegante e composta que lhe era característica , uma constante em meio às tempestades que a cercavam .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

a vista era turva pelos fios que se atinham à pele ainda levemente úmida , como resultado da corrida frenética até ali . arrancando a camisa social , a calça sob medida e os saltos arruinados , movia-se com frenesi , aproximando-se do animal apenas com a fina camisole e os micro shorts de renda que lhe eram habituais . a comunicação com o cavalo era puramente instintiva , ambos entendendo-se sem palavras , por meio do corpo e olhares . a baia se abria com um gesto sútil , e sem a sela adornada com suas iniciais ou as rédeas restritivas , num ímpeto , estava sobre as costas de gül , guiando-o com o apertar das panturrilhas .

o vento frio açoitando seus membros expostos , e o calor e a respiração do animal movendo-se em uníssono com os seus , neslihan aguardava , em vão , o momento em que se sentiria livre . mas nem mesmo ao se abraçar ao pescoço de gül , deixando-o correr até o limite de sua capacidade , o mundo nada além de um borrão , as palavras daquela maldita cripta , com sua carga aterradora , deixavam de ressoar incessantes em seus ouvidos . maldição . uma ideia tão irracional que sua mente cética não conseguia deixar de se distanciar , em escárnio , da possibilidade . mas como explicar o que ouvira e sentira ? como poderia duvidar do que todos haviam vivenciado ? reencarnação . era a única concepção que ela , de alguma forma , assimilava e acreditava , mas de alguém que ali vivera há um século ? como se presa no pequeno mundo de khadel , aguardando que um ciclo cármico finalmente se completasse ?

almas gêmeas . jamais poderia condenar alguém a passar o resto de seus dias em companhia de sua presença amarga e torturada . jamais . amor . neslihan não possuía isso para dar . amor . não sabia sequer o que era . amor . grotesco . insano . amor. feridas de submissão . amor . ❝ fermare¹ ! ❞ vociferou para as vozes que a atormentavam . e gül , com infinita inteligência , atendeu ao comando , parando abruptamente , enquanto o corpo da mulher seguiu sua trajetória . arremessada contra o chão , a dor lancinante na coluna roubou-lhe o ar , o suficiente para resetar o ritmo habitual . a tontura , que antes se originava do pânico , agora girava o céu , enquanto ela permanecia em sua eterna insignificância perante a vastidão do universo .

algo úmido tocou suas bochechas , e por breves segundos , uma ilusão se formou , de uma tempestade iminente , ainda que fosse especialmente improvável no inverno seco do oeste italiano . o que resvalava a delicada pele , em meio à visão atordoada , eram lágrimas . lágrimas que , sequer no funeral de sua mãe , fora capaz de derramar , mas que agora a inundavam por completo . naquele momento , odiou-se um pouco mais . com cada fibra de seu corpo imersa em agonia , odiou-se por se permitir reação como aquela diante de um dilema como o que a confrontava , enquanto tivesse sido incapaz de demonstrar sequer uma fração daquela vulnerabilidade em momentos de dor muito mais profunda . odiou-se por trair a promessa feita doze anos antes , a última vez que deixou que kadir şahverdi a destruísse . a promessa feita com as palmas envoltas nas de münevven , as tristes , mas resilientes íris maternas , agora distantes , imortalizadas em suas lembranças .

❝ você nunca me ensinou o que é amor e como amar , anne²... por quê ? ❞ dirigia o questionamento angustiante à figura que surgia , composta de memórias e dos vultos das estrelas . ❝ porque ele não te permitiu , ou porque nunca me amou ? ❞ a voz se partia entre o choro e o esforço , falhando sem conseguir submeter o pensamento nocivo . ❝ é isso , não é ? mas por quê ? porque eu era a lembrança do que ele fez com você ? da sua infelicidade ? da sua prisão ? ❞ a única resposta eram os latidos de chaz e virginia , finalmente alcançando-a , os greyhounds felizes pelo exercício físico . erguendo-se e debruçando sob as palmas , observou-os enquanto a sensação retornava às suas extremidades , a temperatura quase gélida fazendo cada pequeno corte latejar em uníssono com os músculos exaustos .

Com A água Gelada Envolvendo-a Até Os últimos Fios De Cabelo E Um Frio Implacável Trilhando Um Caminho

❝ não importa . nunca me permitirei ser amada , nem amar . só estaria condenando mais uma pessoa a um fim miserável . como fiz com você . ❞ a última frase saía como um sussurro , com a força de um golpe , ferindo-a mais do que o deslize com gül .

afugentando as gotas salobras que ainda escorriam por detrás das pálpebras com mais violência do que o necessário , solevou-se sob as pernas trêmulas , ainda inseguras ante o próprio peso . tentou recompor-se com profundas respirações , as costelas protestando diante da expansão exagerada de seu peito . o olhar percorreu o pasto , encontrando o cavalo a poucos passos , fitando-a com rigidez , as narinas dilatadas em agitação . ❝ ei , ragazzone , vem cá . não foi sua culpa . ❞ com os dedos entrelaçados na crina áspera , mas perfeitamente escovada por suas próprias mãos , apoiou-se contra o corpo imponente e esguio do animal . o relincho suave a alcançou como uma forma de negação , e com um sorriso dolorido , uniu sua testa à dele . ❝ jamais , gül . jamais . ❞ o suspiro era tão pesado quanto o fardo que carregava nos ombros .

comandando o animal a abaixar o suficiente para que pudesse montar sem impulso , afagou-o suavemente , permanecendo agarrada aos fios meia-noite que formavam uma cortina flutuante à medida que ele trotava em cautela . com os únicos seres que poderiam acompanhá-la em seu caminho ainda a seguir , neslihan permitiu que as orbes vagueassem até perderem o foco , prometendo a si mesma um futuro tão vazio quanto o presente , comprometida a ajudar os que ainda ansiavam por um "felizes para sempre" , somente não o seu .

@khdpontos

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4 months ago

a  diversão  que  iluminava  o  rosto  de  olivia  despertava  uma  resposta  inevitável  e  semelhante  em  neslihan. as  lembranças  que  fervilhavam  entre  elas  pareciam  quase  instintivas  ,  um  desfile  de  memórias  afetivas  que  reavivavam  a  familiaridade  construída  entre  infância  e  adolescência. a  gökçe  sequer  se  atreveu  a  retrucar  sobre  a  pontualidade  ,  a  ideia  de  fazer  os  outros  esperarem  por  si  a  fazia  estremecer. um  sorriso  ,  amplo  e  sincero  ,  desenhado  até  as  extremidades  do  rosto  ,  e  um  riso,  carregado  de  puro  deleite  ,  transbordaram  antes  que  ela  desse  de  ombros  com  leveza. ❝  eu  ?  elaborar  planos  mirabolantes  ?  jamais !  apenas  arquitetando  futuros  improváveis  que  sei  que  sou  plenamente  capaz  de  poder  transformar  em  realidade  !  ❞  exclamou  com  teatralidade  ,  enquanto  estalava  a  língua  em  uma  falsa  reprimenda  ,  as  íris  cintilando  com  uma  energia  que  mal  conseguia  conter. ❝  quem  disse  que  meu  verdadeiro  objetivo  não  é  apenas  aproveitar  da  sua  legião  de  adoradores  e  transformá-los  nos  meus  novos  voluntários  ?  ❞  com  um  gesto  casual  ,  retirou  o  blazer  e  o  sobretudo  ,  entregando-os  a  carina  junto  da  bolsa  ,  antes  de  enlaçar  o  braço  ao  da  mais  nova  com  naturalidade. o  sorriso  ,  se  é  que  era  possível  ,  tornou-se  ainda  mais  radiante  enquanto  se  aproximava. ❝  como  se  alguém  fosse  acreditar. ❞  uma  risada  curta  escapou  ,  piscando  com  uma  expressão  de  inocência  calculada. ❝  é  claro  que  é  mais  uma  adoção  fortemente  encorajada  por  mim. mas  me  diga  ,  não  foi  a  melhor  decisão  que  tomou  recentemente  ?  ou  estou  errada  em  estar  completamente  certa  ?  ❞  mordiscando  levemente  o  lábio  inferior  ,  como  se  tentasse  conter  a  euforia  crescente  ,  indicou  com  um  gesto  as  portas  que  separavam  os  animais  e  a  clínica  dos  escritórios  e  da  recepção.

A  diversão  que  iluminava  o  rosto  de  olivia  despertava  uma  resposta  inevitável

Sentada à mesa, pernas cruzadas com a elegância ensaiada que parecia inata, mas que era, na verdade, fruto de anos de treinamento e expectativa alheia. Os óculos escuros protegiam mais do que apenas seus olhos da claridade do dia; eram um escudo contra a inquietação que ameaçava transparecer. Neslihan estava atrasada, o que era totalmente incomum para a tão organizada advogada, e Olivia quase chegou a se preocupar. Quando seu olhar finalmente captou a figura familiar, ergueu uma sobrancelha, um meio sorriso brincando em seus lábios. A mulher estava visivelmente apressada, quase atrapalhada em seus saltos altos que nunca foram feitos para a correria. Parecia tão diferente da garota que Olivia conheceu na infância, mas ao mesmo tempo exatamente igual. Havia algo reconfortante em ver como algumas coisas nunca mudavam, o pensamento arrancou um sorriso nostálgico da musa. Quando a outra entrou, falando rápido e gesticulando como se estivesse tentando justificar um crime terrível, Olivia inclinou a cabeça levemente, tirando os óculos com uma precisão calculada. “ Relaxa, Nes. Eu já te fiz esperar muito mais em outros momentos. ” Não resistiu a uma risadinha divertida com o pensamento. Enquanto uma era extremamente pontual e responsável com seus compromissos, a outra adorava a atenção recebida por chegar depois de todos. Não importava o tempo ou a distância, havia algo na dinâmica entre as duas que nunca desaparecia, como se os anos de separação ou afastamento não pudessem apagar completamente os laços que compartilharam. “ Então, qual é o plano mirabolante que você armou desta vez? ” perguntou, ajeitando o cabelo enquanto olhava para Neslihan com um misto de desconfiança brincalhona e genuína curiosidade. “ E por favor, me diga que não envolve adoção, de novo, de alguma criaturinha que você resgatou. ”

Sentada à Mesa, Pernas Cruzadas Com A Elegância Ensaiada Que Parecia Inata, Mas Que Era, Na Verdade,

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3 months ago

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : antes da revelação !

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !

o riso genuíno de olivia era como um pequeno presente , meticulosamente envolto no mais intrincado dos papéis . e a percepção , longe de dissipar-se , apenas intensificava o próprio entusiasmo . por tanto tempo estiveram privadas daquele dinamismo que conheciam com a mesma intimidade da palma das mãos , e neslihan sentira . se fosse honesta consigo , ainda percebia os resquícios do que as afastara insinuando-se silenciosamente em seus sentimentos , no entanto , não era algo em que se permitia delongar , não quando algo muito mais premente as aguardava a cada nova oportunidade . ❝ bom , eu não ficaria impressionada . sei e confio no seu potencial para realizar algo verdadeiramente significativo . ❞ não era mero elogio , tampouco um jogo de palavras . tratava-se da mais pura verdade . embora a boscharino não fosse mais o reflexo exato daquela com quem cresceu — e , graças aos cosmos , ela própria também não — , certas essências permaneciam , imutáveis mesmo diante das inúmeras mudanças , das adaptações , e apesar da forma renovada com que ambas passaram a enxergar o mundo . ❝ eu sabia que uma nova companhia para chanel seria a oportunidade perfeita . ❞ permitindo-se replicar o gesto exagerado de olivia , mas adicionando um sorriso que parecia ter se enraizado em seus lábios , virou-se na direção da estrutura pivotante . ❝ o único desastre , e , francamente , um crime , será se você não se apaixonar por todos eles e quiser levar cada um para casa . ❞ lançou por sobre o ombro , enquanto atravessava a primeira das portas , desviando à esquerda para abrir acesso à sala onde se dedicavam ao enriquecimento ambiental dos filhotes . ❝ e aqui está o mais próximo que talvez possamos chegar do paraíso . ❞ os braços gesticularam para o amplo espaço , organizado em seções por espécie , banhado pela luz natural que entrava através das imensas paredes de vidro voltadas para os jardins . na área externa , os animais mais velhos se entregavam a diversas atividades , salpicando o verde com movimentos cheios de vida. com um aceno cordial oferecido ao par de voluntários no final do recinto , descalçou os saltos , deixando-os displicentemente ao lado da entrada . sem hesitar , apressou-se em direção à melodia suave de pequenos miados que a saudavam da forma mais adorável possível . sentindo a presença da amiga logo atrás , ajoelhou-se , deixando que os dígitos alcançassem o calor delicado de um corpinho felpudo , quase inteiramente branco , não fossem as sutis manchas amarronzadas em uma das patas e o padrão peculiar que lembrava diminutos corações subindo até uma das orelhas . aninhando-o junto a si , ergueu-se , ternura evidente no gesto . ❝ esse aqui é , sem dúvida , o ser mais precioso que já vi em todos esses anos . ❞ murmurando , os lábios curvavam-se de leve . ❝ e se você não sair daqui com ele na bolsa e mais brinquedos do que um filhote poderia precisar, prometo mudar meu nome… mais uma vez ❞ tentava manter o tom sutil , mas o movimento de suas mãos era suficiente para despertar a pequena criatura em seus braços , que abriu os olhos , um verde e o outro azul , e os fixou diretamente nos de olivia .

[ F L A S H B A C K : antes da revelação ]

Deixou que o sorriso de Neslihan se refletisse no seu próprio, mesmo que fosse quase imperceptível. Era impossível não ser contagiada pela energia da amiga, mesmo que mantivesse a fachada de controle absoluto. Enquanto a outra se desfazia de suas camadas de roupa e abraçava o ambiente como se fosse uma extensão de si mesma, Olivia observava cada movimento com atenção calculada, uma habilidade refinada com anos de prática. Era fascinante como a outra parecia genuinamente feliz com algo tão mundano quanto um abrigo de animais. “ Arquitetando futuros improváveis? ” Olivia repetiu com uma risada baixa, girando o copo de café vazio entre os dedos. “ Francamente, isso parece um eufemismo. ” A atitude radiante de Nesi contrastava tanto com o mundo meticulosamente planejado de Olivia que era quase reconfortante – como um lembrete de que nem tudo precisava ser milimetricamente controlado para funcionar. Mas é claro que ela jamais admitiria isso. Quando a amiga mencionou "aproveitar da legião de adoradores", Olivia riu de verdade, um som raro e musical que atraía atenção. “ Ah, claro, minha legião de adoradores! Você sabe que é só eu postar um story de onde estou, que meia dúzia, pelo menos, aparecem aqui, certo? ” Ela deu de ombros, ajustando os óculos escuros agora pendurados no decote da blusa, aquela falsa modéstia que parecia lhe cair muito bem. “ Eu ficaria impressionada comigo mesma se conseguir convencê-los a voluntariar em algo útil. ” Quando ouviu a outra finalmente admitir que se tratava de mais uma de suas "adoções encorajadas", Olivia soltou um suspiro teatral, levando a mão à testa como se estivesse exausta. “ Não seria ruim se Chanel tivesse uma companhia. ” Ela estreitou os olhos, fingindo desconfiança, mas havia um brilho de diversão ali. Gatos costumavam ser independentes, o que era ótimo para Olivia, sempre ocupada e não muito carinhosa, mas a companhia da gatinha lhe fazia bem, mais do que estava disposta a admitir. Enquanto Neslihan indicava as portas do abrigo com uma empolgação quase infantil, Olivia hesitou por um segundo, deslizando os óculos de volta ao rosto como se aquilo pudesse protegê-la de se envolver demais. Não que fosse admitir, mas havia algo na paixão desenfreada de Neslihan que fazia Olivia se sentir... vulnerável. “ Tudo bem, ” disse finalmente, levantando-se com a mesma graça ensaiada de sempre. “ Mostre-me suas pequenas criaturas e me convença de que isso não vai ser um desastre total. ”

[ F L A S H B A C K : Antes Da Revelação ]

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3 months ago

àquela altura , com a intervenção constante do que parecia ser cada um dos milhares de habitantes de khadel em sua vida , neslihan já havia internalizado que a melhor forma de atravessar aquela maré de acontecimentos , da maneira mais indolor possível — e sem estilhaçar a esperança que poderia ver refletida em cada um dos olhares curiosos que a seguiam com crescente atenção desde o anúncio de olivia — , era apenas acenar em cordialidade , e aquiescer , sem protestos ou a usual argumentação incansável , cada encontro que se apresentasse . era quase cômica a maneira como insistiam em formar pares completamente improváveis , apesar da clara colocação da boscharino de que apenas os dez nomes citados estavam , teoricamente , ligados àquele desamor secular que pairava sobre a cidade como um manto invisível . e por cômico , em realidade , ousaria dizer frustrante , mas em mais um dia em meio à tempestade , ela tentava , com alguma determinação , focar nos aspectos positivos , se esquivando daquela voz assombrosa ainda ecoando em sua mente . ainda que pudesse sentir os tentáculos da irracionalidade se esforçando para se apoderar da sua razão , ela , com fervor , atinha-se à noção de que , sim , poderia enfrentar o maior número de encontros possíveis , até um próximo evento roubar a atenção de todos e os livrar daquele redemoinho de insanidade .

o rendezvous daquele dia , por sua vez , era orquestrado por uma pessoa querida , uma antiga funcionária dos şahverdi , cuja doçura e luminosidade fazia impossível dirigir negativa qualquer . o entusiasmo de signora gioconda era palpável , e a descrição feita era de alguém que , embora ela não tivesse qualquer intenção de cultivar uma conexão emocional , poderia ser uma alma companheira com tantas similaridades postas . as íris acendiam com humor e vivacidade ao recordar o ânimo da mulher , enquanto dirigia pelo caminho entre a villa gökçe e o centro de khadel . os cumprimentos se sucederam desde o momento em que saía do veículo , em uma das ruas laterais , pitoresca e charmosa , com os cachos de rosas pendendo das janelas , e bouganvilles adornando cada passo equilibrado nos saltos . as bochechas doíam , forçadas a manter uma expressão afável , embora não fosse totalmente infundada , e os bíceps , ainda doloridos pela queda , permaneciam dormentes em acenos infinitos , mas genuínos o suficiente para serem mantidos .

virando a esquina , o coreto surgia à sua frente , a estrutura encantadora cativando olhares com a miríade de cores e aromas que se fundiam harmoniosamente . embora a ideia do amor fosse algo inconcebível para si , o conceito de romance era um que cortejava as partes mais íntimas de seu ser . era impressionante como gestos simples podiam carregar uma dedicação tão imensa , declarando um compromisso profundo e um apreço pelo outro , embora ela mesma não fosse de apreciá-los da mesma forma . não , neslihan possuía um modo único , e quase patenteado , de demonstrar a sua lealdade e não era através de flores mortas e palavras derramadas em excessividade . porém , era inegável a beleza do quadro pintado diante de si .

ao contornar o gazebo com certa lentidão , o olhar percorria cada detalhe , até encontrar com o de quem recordava ser um dos funcionários do la bottega . dele , aceitou uma peônia vermelha , sua flor preferida , na cor favorita — embora a mulher a teria apreciado muito mais se ainda estivesse ligada aos seus rizomas . segurando-a delicadamente em uma das palmas , levou a outra até os óculos escuros , que a protegiam da intensidade do céu límpido . com um repuxar sincero dos lábios , subia os poucos degraus até o interior , mantendo a atenção em agradecimento ao mais jovem , quando a voz dolorosamente reconhecível a fez parar instantaneamente . virando-se com rapidez suficiente para açoitar alguém com os fios castanhos soltos , engoliu um grunhido , amassando a pobre flor no aperto . por sorte , o caule era desprovido de espinhos , ou os mesmos já estariam cravados na pele .

o que precisamente gioconda estava pensando , foi o primeiro de seus questionamentos , seguido por , como ela havia conseguido convencer o loiro daquela farsa fadada ao fracasso . tomando uma respiração profunda e retesando os ombros como forma de armar-se para o que certamente seguiria , cruzou a distância até o estofado luxuoso que parecia ter sido colocado ali unicamente para eles . a mesa impecavelmente posta com comidas cuidadosamente selecionadas e que evocavam memórias de sua infância , fez com que ela parasse por milésimos , antes de retornar as orbes para christopher . ❝ seja pegadinha ou não , o que , isso aqui , sinceramente , ultrapassa , eu tenho uma promessa a cumprir . ❞ conferiu , o tom baixo para que somente ele pudesse ouvir . depositando a peônia no assento de veludo , o contornou , antes de sentar-se com leve hesitação . ❝ e eu sugeriria que parasse com isso , fica parecendo um idiota , embora não precise de ajuda para tal . ❞ referindo ao gesto quase teatral que ele seguia com a cabeça , o sorriso retornou para as feições , agora milimetricamente fabricado e tenso . ❝ mesmo que não haja câmera alguma para registrar esse acidente em percurso , posso sentir pelo menos cinco pares de olhos me observando de todos os lados . ❞ a perspectiva de ter que interpretar mais uma cena com o homem , agora com a adição dos sussurros que já podia sentir circulando , deixava um toque amargo na língua . ❝ e não sei você , mas eu não quero ser reportada como a responsável por manter essa ridícula maldição . ❞ cruzando uma perna sobre a outra , solevou uma das sobrancelhas em questionamento , no mesmo instante em que captou o cheiro de mücver . e aquele prato branco... era cacık , bem ao lado dos gözlemlere ? ou seria çılbır . elevando a canhota ao estômago , tentando disfarçar o fato de que não havia tomado nem mesmo uma xícara de café em preparação ao brunch , esperou em suspense uma resposta . independentemente , neslihan não permitira que os pratos , que agora tinha a certeza deterem sido preparados pelas mãos de gioconda , fossem desperdiçados .

With @neslihvns, At Coreto De Rose.

with @neslihvns, at Coreto de Rose.

Desde o dia em que Olívia, em um ato deliberado, decidiu expor publicamente na praça a existência da maldição e declarou Christopher como sua possível alma gêmea, sua vida se transformou em uma constante fuga de encontros arranjados. A situação era frustrante ao extremo, especialmente porque ele sequer acreditava na possibilidade de aquilo ser real, algo que fazia questão de deixar claro sempre que podia. No entanto, suas palavras pareciam cair em ouvidos surdos. Ignorando suas objeções, as pessoas continuavam marcando encontros em seu nome ou lhe dando longas palestras sobre o porquê ele deveria se dedicar mais a encontrar sua suposta alma gêmea. Christopher já não tinha mais forças para argumentar ou tentar convencer ninguém de que toda aquela história era absurda. Ele estava cansado das discussões, e sua paciência parecia se esgotar cada vez mais rápido. Depois do episódio na cachoeira, algo dentro dele vacilou. Embora se recusasse a admitir em voz alta, uma pequena parte de sua mente começou a ponderar se talvez houvesse algum fundo de verdade naquela loucura. Mas esse pensamento permaneceu trancado dentro dele, enterrado sob uma fachada de descrença teimosa. Sem energia para continuar resistindo, ele começou a adotar uma estratégia de sobrevivência: simplesmente concordava. Afinal, o pior que poderia acontecer era ele não aparecer, dependendo de quem estivesse esperando por ele. No entanto, naquele dia específico, fugir não era uma opção. O organizador da vez tinha recorrido a um método infalível para garantir sua presença: envolver a mãe de Christopher na situação. E, bem, dizer "não" para ela era algo que ele jamais conseguiria fazer, dada sua condição.

O dia estava particularmente belo, com o sol iluminando tudo ao redor em sua plena intensidade, mas sem o incômodo de um calor abrasivo. Uma brisa suave serpenteava pelo ar, trazendo um frescor sutil que tornava o clima ainda mais agradável. O céu, de um azul profundo, era pontilhado por poucas nuvens, como pinceladas leves em uma tela. Acompanhado por uma das pessoas responsáveis por organizar o encontro, Christopher seguia em direção ao interior do Coreto, caminhando com passos calmos enquanto seus olhos captavam os detalhes ao redor. Os olhos percorriam as oferendas que agora preenchiam o local com uma abundância ainda maior desde que a quebra da maldição se tornara uma realidade em Khadel. Mesmo que uma parte cínica de sua mente considerasse o motivo dos tributos um tanto trivial, ele não podia ignorar a beleza que cada detalhe carregava.

As flores, em um festival de cores e formas, estavam dispostas de maneira quase poética. Algumas eram selvagens, outras cuidadosamente escolhidas, mas todas exalavam uma energia vibrante. Entre elas, pequenos objetos pessoais chamavam sua atenção – talismãs, fotos e pequenos itens cuidadosamente deixados ali, como se carregassem o peso de sentimentos profundos. Cartas escritas à mão, com caligrafias tão distintas quanto os autores, estavam presas com fitas coloridas que tremulavam suavemente ao toque da brisa, acrescentando um movimento delicado àquela cena já tão viva. Ele parou por um momento, deixando os olhos vagarem por tudo ao redor. Havia algo inegavelmente encantador naquela simplicidade cheia de significado. Pela primeira vez, Christopher sentiu que entendia o apelo romântico do lugar.

Agradeceu a pessoa que o havia levado até a mesa e passou a observar as comidas espalhadas sobre ela enquanto se acomodava no sofá. Reconheceu ali alguns dos pratos que havia dado como referência quando perguntado anteriormente sobre suas comidas favoritas, no entanto, era os que não haviam sido mencionados que chamavam sua atenção. Aquele treco branco é tofu? Quem que come essa porcaria? Me arrumaram um encontro as cegas com uma vegetariana? pensava enquanto encarava alguns dos pratos com o cenho franzido. No entanto, o barulho de passos fez com que sua atenção fosse redirecionada, e foi só então que entendeu. Claro que seria ela. "Isso só pode ser uma pegadinha." Disse, totalmente incrédulo que alguém havia achado um encontro entre eles uma boa coisa. "Onde estão as câmeras?" Perguntou, olhando para os lados enquanto aos poucos a compreensão do motivo do encontro ser as cegas o atingia como um soco.

With @neslihvns, At Coreto De Rose.

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4 months ago

a menção aos montantes mensais que graziella insistia em destinar a causas sociais enchia neslihan de um orgulho sereno . sabia que o gesto provinha da genuína bondade que residia na essência da outra , e não como um subterfúgio fiscal para a vasta fortuna que detinha . era essa sinceridade que a diferenciava , embora qualquer um que apenas conhecesse a fachada meticulosamente calculada que a giordano apresentava ao mundo pudesse supor o contrário . agraciada com a verdadeira face daquela amizade , no entanto , sentia-se imensamente grata ao universo por ter tal presença em sua vida . ❝ tenho algumas opções , mas pensei que , dessa vez , você pudesse escolher . ❞ arqueou as sobrancelhas levemente , em sugestão . queria que a outra tivesse uma voz mais presente naquelas decisões . ❝ temos opções de lares sociais para mulheres , e famílias , em situações vulneráveis , lares para crianças em tratamento oncológico , organizações de proteção infanto-juvenil e incentivo à educação , construção de creches e berçários , além de clínicas de reabilitação infantil... posso te encaminhar a lista completa depois , você pode escolher um , ou todos . mas me ajude a decidir , grazi ? ❞ a expressão era gentil , carregada de esperança e intencional . o tema melancólico , logo deu lugar a um tom de leve exasperação, provocado pelos burburinhos que preencheram sua manhã . ❝ a única parte boa do meu dia até agora foi acordar com chaz e mark aconchegados na minha cama . ah , e te ver , claro ! ❞ com uma piscadela exagerada acrescentou , acompanhada de uma breve risada . era curioso como parecia ver a amiga com mais frequência do que o próprio reflexo no espelho . ❝ tenho um novo caso que saberei mais detalhes à tarde . mas , para ser honesta , tenho um mau pressentimento , que não adianta me debruçar sobre agora , ou só me deixará mais ansiosa . ❞ meneou a cabeça levemente , afastando os pensamentos inquietantes ao perceber a proximidade do restaurante . ❝ e você ? por favor , me diga que sua manhã foi mais emocionante do que a minha com os meus cachorros ! ❞ subindo os pequenos degraus da entrada , em um movimento ágil , empurrou a pesada porta ornamentada d'il giardino , oferecendo um sorriso cortês ao maître d' . com o mencionar dos sobrenomes de ambas , uma mesa externa as esperava . ❝ como está o meu martinez-giordano preferido ? ❞ a expressão era radiante ao referir-se a romeo , a simples menção do nome fazia o ambiente se enriquecer com o afeto que nutria pela figura tão diminuta .

A Menção Aos Montantes Mensais Que Graziella Insistia Em Destinar A Causas Sociais Enchia Neslihan

Graziella sabia que o modo como a mulher expressou a real intenção da italiana não foi de modo julgador, ainda mais porque sabia que uma das grandes motivações da Giordano era sempre se manter em cima. "É uma habilidade para poucos, estou ciente disso. Mas é uma que eu fico feliz em compartilhar consigo." Deu de ombros brevemente, mantendo o sorriso. Além faturar bastante dinheiro, Graziella gostava igualmente de gastá-lo e quando se tratava da melhor amiga, só havia um destino para o depósito. "Estou aguardando qual instituição deseja que seja feito o depósito desse mês." Anunciou enquanto direcionavam-se até o restaurante aonde iriam almoçar. Essa atitude da empresária era de conhecimento exclusivo de Nes, não apenas porque gostaria de manter segredo, mas porque, devido ao seu jeito e sua personalidade, ninguém sequer poderia imaginar que uma mulher que parecia tão arrogante quanto Graziella poderia ter um gesto grandioso. E ela preferia que continuasse dessa forma. "Como foi o dia até agora? E sem falar sobre esses burburinhos apaixonados porque não aguento mais. Parece que a cidade é só isso agora."

Graziella Sabia Que O Modo Como A Mulher Expressou A Real Intenção Da Italiana Não Foi De Modo Julgador,

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4 months ago
𓏲 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐆... ███▒▒▒▒▒▒▒ 𝟑𝟎% , 𝐓𝐇𝐄 
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𓏲 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐆... ███▒▒▒▒▒▒▒ 𝟑𝟎% , 𝐓𝐇𝐄  𝐎𝐑𝐈𝐆𝐈𝐍𝐀𝐋 𝐒̧𝐀𝐇𝐕𝐄𝐑𝐃𝐈 𝐅𝐀𝐌𝐈𝐋𝐘 !

𓏲 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐆... ███▒▒▒▒▒▒▒ 𝟑𝟎% , 𝐓𝐇𝐄 

münevven şahverdi , née gökçe ( 1973 - 2019 ) , mother , birce akalay !

kadir şahverdi ( 1967 ) , father , kenan imirzalıoğlu !

neslihan şahverdi gökçe ( 1995 ) , daughter , the activist , hande erçel !

@khdpontos


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4 months ago

fios desalinhados , o blazer e a calça em evidente dissonância , brincos com pares trocados — o conjunto desordenado era um reflexo eloquente do estado mental de neslihan após a noite anterior e discussão com christopher . os dedos trêmulos e os olhos inquietos revelavam um turbilhão interno , uma miríade de sentimentos negativos que ameaçavam consumi-la . de alguma maneira teria de encontrar uma forma de exorcizá-los . sua presença no último dos três andares da casa comune era uma tentativa deliberada de aplacar as turbulências , e dedicar-se à produção teatral das crianças do orfanato , tarefa que assumira com zelo ao criar figurinos e cenários , trazia uma centelha de calor que gradualmente dissipava o frio que a envolvia .

imersa em pensamentos e no som dos risos infantis que respondiam aos próprios , percorria o espaço sem perceber os olhares furtivos e os sussurros que a seguiam , até que a voz suave se fez ouvir ao seu lado . a figura de pasqualina provocou uma tensão breve e quase imperceptível em seus ombros , antes que assentisse e seguisse a mais nova até o ambiente ventilado , embora um tanto estreito para acomodar ambas . a notícia sobre o estado da peça trouxe um suspiro carregado de autodepreciação . era esperado daquele dia , que , desatenta tivesse escolhido justamente o artigo com defeito , sem sequer verificar por imperfeições , como era de costume . ❝ levando em consideração o estado da minha cabeça hoje , não ficaria surpresa que outra peça também esteja se desfazendo . ❞ murmurando , exasperada envolveu parte do cabelo com uma das palmas , enquanto tentava oferecer um sorriso brando , embora sem grande convicção .

❝ consegue me ajudar a procurar por mais costuras soltas... lina ? ❞ arriscou utilizar o apelido que ouvira outros mencionarem , numa tentativa de estender um ramo de cordialidade , queria afastar a tensão que parecia reger cada interação entre elas . não sabia explicar o aperto que sentia sempre que os traços quase etéreos de pasqualina surgiam diante de si — ou melhor, sabia, mas recusava-se a tratá-la com a mesma insanidade quando vira a forma como os capel-d’angelo tratavam as opiniões dela . ❝ pensar que provavelmente desfilei por toda a cidade assim desde que saí de casa , e ninguém teve uma centelha de decência de me avisar ! ❞ a noção provocava uma pequena , e incrédula , risada . ❝ esses cucciolottos devem ter se divertido às minhas custas . ❞ entremeou as íris em bom humor . ❝ bem que os achei mais cheios de risos hoje do que o de costume . ❞ o tom carinhoso ao se referir às crianças era evidente , tangendo a afeição que não fazia questão de esconder .

Fios Desalinhados , O Blazer E A Calça Em Evidente Dissonância , Brincos Com Pares Trocados — O Conjunto

starter fechado para @neslihvns local: casa comune

Os movimentos com a cabeça e os olhares apontando para a calça não foram suficientes. Pasqualina tentava avisar Neslihan de que uma pequena descostura na calça de alfaiataria aumentava a cada passo que ela dava. A peça parecia de marca e muito bem-feita, combinava com o estilo social e altivo da mulher. Lina continuava tentando apontar, discretamente, mas não conseguia atingir seu objetivo.

O murmurinho de algumas pessoas ao redor foi o suficiente para lhe dar incentivar a se aproximar de Neslihan. A postura firme e a voz imponente eram muito bem admiradas à distância, interagir com a mulher não era algo comum para Lina, o que a deixava um pouco fora de sua zona de conforto. Personalidades e intuição à parte, ela sabia que precisava logo dar um trato naquela descostura. Se não o fizesse, logo a advogada estaria expondo partes que deveriam estar bem cobertas.

"Buonasera, com licença, poderia me acompanhar aqui rapidinho?" Cumprimentou a mulher, aproximando-se rapidamente e guiando-a pelo caminho à esquerda. "Where are you taking me?" Pasqualina respondeu enquanto abria bolsa para procurar seu "kit de costura para emergências. "Ao banheiro. A sua calça está com uma pequena descostura, deve ter sido algo pontiagudo que causou isso." Falava no seu tom amistoso, com o sorriso costumeiro nos lábios, mas com menos contato visual do que de costume. "Ia ser meio estranho costurar lá no meio de todo mundo. Hmm, deixa eu ver se tenho uma linha mais próxima dessa cor...Se não, vou dar um jeitinho de improvisar."

Starter Fechado Para @neslihvns Local: Casa Comune

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3 months ago

os corredores da prefeitura não eram estranhos à presença de neslihan , ainda menos desde que aceitara a proposta do prefeito . no entanto , raramente se demorava ali , a mente sempre em ebulição , projetada a centenas de quilômetros na solução de problemas , enquanto seu tempo era meticulosamente cronometrado . pouco lhe importava que até mesmo seus clientes externos parecessem ter recebido o memorando sobre sua suposta identidade como uma das encarnações históricas de khadel , ou que seu cotidiano estivesse , cada vez mais , entrelaçado ao absurdo daquela maldição .

havia finalizado uma rodada de reuniões com antecedência e acelerado a entrega dos relatórios iniciais sobre as medidas a serem implementadas pelo município , tudo para liberar os dias seguintes para a viagem que aaron a arrastava , sob a demanda insana de zafira . retornava agora com um imenso copo de americano em uma das mãos , enquanto a bolsa e a pasta repousavam firmemente na outra . foi ao acessar a entrada lateral , exclusiva aos funcionários , que avistou a silhueta vagamente familiar de catarina no saguão , debruçada sobre o mapa exposto . naquele instante , não estava particularmente inclinada a interagir com mais um dos nove envolvidos no incessante drama que a atordoava e , por isso , optou pelo caminho mais longo até o salão de conferências .

seus saltos ecoavam pelo mármore no compasso da inquietação enquanto levava um gole profundo do café , concentrando-se no amargor revigorante da bebida , quando , ao dobrar um dos corredores , foi subitamente surpreendida por ninguém menos que a própria catarina , surgindo como uma aparição . não fosse pelos reflexos aguçados por anos de tênis e hipismo , o café teria banhado ambas dos pés à cabeça .

refletindo o passo que a outra dera para trás , neslihan curvou levemente os lábios em um sorriso polido , ainda que ligeiramente insincero . ❝ sei scusata . ❞ aquiesceu . sua natureza sempre fora inclinada à desconfiança , e algo na presença da marino despertava uma cautela instintiva . rápido demais a morena havia se infiltrado sob as defesas do seu melhor amigo — algo que , além dela própria e olivia , ninguém jamais conseguira — e , embora tivesse testemunhado o brilho singular no olhar de aaron ao lado da outra no giardino , neslihan precisava tirar suas próprias conclusões antes de aceitá-la como alguém importante , ou influente , ao lado de , e decente o suficiente para , o blackwell .

o arqueamento discreto das sobrancelhas denunciava a breve diversão diante da justificativa de catarina . minutos antes , vira-a analisando a disposição do edifício , e embora soubesse que nem todos tinham sua capacidade de memorizar um mapa com um único olhar , uma faísca nos olhos castanhos alheios indicava o contrário . de todo modo , não era exatamente estratégico iniciar um jogo de hostilidade logo na primeira interação — principalmente quando se desejava conhecer alguém antes de definir uma postura definitiva . e bem , talvez aquela fosse uma oportunidade para desvendar o enigma , ou ameaça , que a outra representava .

❝ catarina , certo ? prazer , neslihan . ❞ desta vez , o sorriso ganhava um tom calculadamente mais amplo , ainda carregado de um divertimento . ❝ claro , posso acompanhá-la até lá . e se me disser o que procura , posso indicar por qual sessão começar . ❞ fez um gesto sutil na direção do corredor de onde viera , quando na mente surgiu uma provocação . interrompendo o próprio passo , virou-se ligeiramente e , apontando com o copo fumegante para a direção oposta à que daria acesso aos arquivos . ❝ por aqui . ❞ declarou , sem alterar o tom .

Os Corredores Da Prefeitura Não Eram Estranhos à Presença De Neslihan , Ainda Menos Desde Que Aceitara

antes das missões com @neslihvns

prefeitura de khadel

Curiosidade e criatividade é inteligência se divertindo, Catarina havia lido uma vez e as palavras haviam ficado com ela. Não apenas por sua memória eidética, mas porque ela sempre foi uma criança curiosa, criativa e inteligente, e isso não apenas virou um trunfo e uma profissão no seu futuro, como foi responsável por muitas das suas confusões. Por isso, independente do conto da carrochinha que a cidade alimentava sobre os reencarnados, Cat estava legitimamente curiosa sobre quem eram aquelas pessoas que alguns realmente acreditavam que podiam ser e tinha quase certeza que isso a levaria a muitas confusões. Como uma boa investigadora, ela estava disposta a ir fundo no assunto, independente do caos que causaria.

Havia começado um arquivo com cada um daqueles desconhecidos que agora pareciam fazer parte da sua vida de alguma forma, mas precisava também de um sobre o passado, sobre a história, sobre aquelas pessoas que um dia existiram. Não sabia o quanto os outros sabiam, mas ela não gostava de se sentir como a única que não estava por dentro de uma piada interna. Ela sempre precisava saber. Não havia um mistério que Catarina não pudesse resolver (talvez apenas o da sua própria família).

Na pensione, Cat havia tirado tudo sobre da parede e começado a pregar algumas informações. Fotos achadas online, informaçõe passadas por terceiros. Tudo — tudo — deveria estar interconectado de alguma forma. Não era simplesmente estranho que alguém havia lhe contratado para Khadel e, do nada, ela estava na cachoeira com um grupo de estranhos? Que seu cordão parecia fazer referência a Khadel? La città senza amore. Bateu um marcador nos lábios, olhando os post-its presos na parede, antes de decidir que ela precisava de mais informações. Nem tudo estava na internet, então ela iria old school.

Cat entrou na prefeitura, procurando onde eles mantinha os arquivos. Acreditava que podia convencer na lábia alguma senhorinha que trabalha lá, mas não iria dispensar completamente a ideia de furtar os documentos se necessário. Deixaria o plano aberto a adaptações.

"Ops, scusa," disse dando um passo para trás ao quase dar de cara com outra pessoa enquanto virava uma curva. Lembrava da morena da cachoeira, mas também lembrava dela por alguns olhares atravessados quando ela estava com Aaron. Não sabia se era algum sentimento de possessão que a outra tinha com o homem, ou se a posessão na verdade era uma obsessão, e talvez ela fosse apaixonada pelo outro. Neslihan. Havia achado o nome na legenda da foto de um jornal, com um homem que ela imaginou ser o pai da outra. Catarina não era boba. Era o momento perfeito para fazer a forrasteira perdida, a donzela indefesa, e ganhar o favor da morena. "Você sabe onde ficam os arquivos? Acho que me perdi." Catarina sabia exatamente para onde estava indo. Havia memorizado o mapa que ficava no saguão, mas podia utilizar do tempo juntas para entender quem era a mulher.

Antes Das Missões Com @neslihvns

( @khdpontos )


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4 months ago

o  frisson  ,  habitual  nos  diálogos  em  que  antecediam  os  fugazes  encontros  de  atração  carnal  que  escolhia  compartilhar  ,  parecia  percorrer  cada  recanto  do  ambiente  ,  exceto  entre  neslihan  e  matteo. a  figura  loira  destoava  de  suas  predileções  habituais  ;  preferia  os  cabelos  mais  escuros  e  íris  cálidas  em  tons  de  âmbar  ou  ébano  ,  distantes  do  olhar  glacial  ,  quase  translúcido  ,  que  comparava  ao  de  um  peixe  recém  abatido. tampouco  a  idade  lhe  era  favorável  ,  com  dois  anos  a  menos  que  seus  próprios  vinte  e  nove  ,  ele  possuía  ao  menos  sete  ou  oito  anos  de  experiência  abaixo  do  que  costumava  considerar  atraente  —  em  homens  ,  é  claro  ,    as  expectativas  para  mulheres  eram  muito  mais  fáceis  de  serem  alcançadas. as  únicas  ressalvas  alheias  que  harmonizavam  com  os  seus  desejos  se  resumiam  ao  porte  impressionante  que  a  subjugava  por  mera  presença  ,  o  timbre  sólido  e  ,  sobretudo  ,  o  fato  de  ser  um  completo  desconhecido. relacionar-se  com  estranhos  era  um  hábito  cultivado  há  muito  ,  uma  escolha  imprudente  que  continuava  a  alimentar  sua  ânsia  por  adrenalina  e  pelo  inesperado  ,  pela  surpresa  oculta  no  inexplorado. era  essa  mistura  de  imprevisibilidade  e  intriga  que  sustentava  o  sorriso  enigmático  e  os  olhares  sugestivos  que  lançava  ao  homem. restava  aceitar  aquele  desleixo  do  destino  —  a  menos  que  uma  intervenção  mística  viesse  a  conspirar  em  seu  favor.

com  os  lábios  alheios  moldando  palavras  que  não  passavam  de  ruído  ,  seus  pensamentos  deslizavam  para  o  estado  de  histeria  que  dominava  a  cidade. entre  acenos  estrategicamente  calculados  e  murmúrios  de  concordância  que  preenchiam  as  lacunas  ,  ela  podia  sempre  confiar  no  ego  masculino  para  sustentar  uma  conversa  inteira  com  nada  além  do  som  da  própria  voz. o  martini  aguardado  tornava-se  sua  verdadeira  ambição  naquela  noite  ,  muito  mais  do  que  a  promessa  de  um  desfecho  que  seria , sem dúvidas ,  insatisfatório. com  a  taça  translúcida  em  mãos  ,  o  primeiro  gole  mal  atiçava  o  paladar  ,  quando  sentiu  a  presença  de  camilo  antes  mesmo  da  familiar  voz  ecoar. a  irritação  emergiu  automática  ,  traduzida  em  um  revirar  de  olhos  exasperado  e  no  ceder  breve  dos  ombros  a  um  suspiro  fatigado. não  era  exatamente  aquela  intervenção  mística  que  havia  imaginado.

embora  fosse  indiscutivelmente  grosseiro  de  sua  parte  ,  entre  matteo  e  o  ricci  ,  os  olhos  escuros  de  neslihan  ,  incendiados  pela  impaciência  ,  seguiam  meticulosamente  os  movimentos  do  mais  velho. e antes  mesmo  de  conseguir  estabelecer  conexão  lógica  entre  a  fala  e  o  jogo  de  olhares  alheio  ,  camilo  conseguia  arrancar  um  impulso  competitivo  e  o  desejo  de  antagonizá-lo  ,  tudo  em  uma  única  frase. com  uma  sobrancelha  levemente  arqueada,  aguardou  em  silêncio  tenso  ,  capturando  ,  de  relance  ,  a  expressão  de  horror  em  seu  encontro  ,  antes  de  dignar  a  interrupção  com  uma  resposta. ❝  se  for  para  manter  a  sua  boca  fechada  ,  aposto  muito  mais  do que  uma  música. ❞  sabia  que  suas  palavras  seriam  distorcidas  antes  mesmo  de  deixarem  seus  lábios  ,  mas  já  era  tarde  demais. com  um  sorriso  exageradamente  enfatuado  destinado  a  sua  companhia  perplexa  ,  levantou-se  ,  alinhando  o  vestido  que  escolhera  com  intenção  e  empurrando  os  fios  para  trás  dos  ombros  ,  antes  de  voltar  sua  atenção  para  o  moreno. ❝  no  espírito  de  um  jogo  limpo  ,  você  pode  até  escolher  a  música  que  deseja  que  eu  dedique  ao  seu  fracasso  ,  caro. ❞  pendendo  o  quadril  ligeiramente  para  o  lado  ,  encaixou  a  destra  na  curva  da  cintura. estava  mais  do  que  disposta  a  cumprir  sua  promessa  ,  calá-lo  ,  nem  que  de  maneira  física… com  a  própria  palma  e  um  estalo  seco  contra  a  pele.

O  frisson  ,  habitual  nos  diálogos  em  que  antecediam  os  fugazes  encontros  de

🎱 uma aposta com @neslihvns

“eu tô falando sério!” reforçou, com a expressão menos jocosa que ele conseguia. “opa, da uma licencinha aqui, campeão” disse, folgado como sempre, puxando uma cadeira para se sentar entre a jovem e seu encontro. sabia lá qual era o nome do rapaz que originalmente estivera na posição de acompanhante de neslihan e agora parecia confuso e devidamente ofendido por ter sido jogado para escanteio, e também não queria saber. o que importava era que agora os olhos grandes e bonitos da turca estavam em sua direção, brilhantes e escurecidos pela irritação, como ele bem gostava. camilo era mesmo um grande sem noção, mas era inegável que sabia chamar atenção. até mesmo alguém como neslihan, que certamente não tinha a menor intenção de ofender o loiro sem sal que observava a conversa alheia de braços cruzados, poderia encontrar dificuldades para ignorar a presença do ricci. não porque ele era exatamente irresistível; era só que ele era terrível e irremediavelmente insistente, mesmo. “é tudo sobre carisma e um grande espetáculo. qualquer um com uma voz meia boca pode ser famoso, se tiver personalidade o suficiente” piscou-lhe um dos olhos, dando a entender que ele tinha certeza de que, se quisesse, poderia ser uma celebridade. não havia começado aquele assunto por nenhum propósito específico, mas sorriu sozinho ao perceber que poderia usar o instinto da mais jovem de contraria-lo a todo custo a seu favor. “então vamos fazer uma aposta” disse, as mãos batendo na mesa e tremendo um pouco os copos que ali estavam. “quem conseguir mais aplausos, vence” apontou para o palco onde uma senhora cantava muito desafinadamente a música ‘dancing queen’, acompanhando a letra no telão do karaokê. “a não ser que tenha medo de perder, claro” e pegou o copo do rapaz, bebendo todo o restante do uísque que continha ali, dando uns tapinhas de agradecimento no ombro do homem embasbacado.

🎱 Uma Aposta Com @neslihvns

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4 months ago
* Aqui Se Encontram Algumas Curiosidades E Pontos Importantes De Neslihan Para Melhor Compreensão Do

* aqui se encontram algumas curiosidades e pontos importantes de neslihan para melhor compreensão do seu todo !

além  da  causa  animal  e  feminista  ,  advoca  por  questões  de  raça  ,  gênero  e  sexualidade,  neurodivergência  ,  refugiados  e  meio-ambiente  !

por  mais  que  deseje  que  o  dia  tenha  72  horas  para  conseguir  realizar  tudo  o  que  precisa  ,  ainda  não  descobriu  o  segredo  para  o  tempo  ,  e  por  isso  é  extremamente  meticulosa  com  horários  e  compromissos  ! 

é  vegetariana  desde  tenros  seis  anos,  quando presenciou   cozinheiros  abaterem  inúmeros  animais  inofensivos  em  preparação  para  uma das muitas suntuosas festas que o pai promovia . desde  então  não  ingeriu  sequer  uma  lasanha que não fosse de vegetais . seu  objetivo  é  se  tornar  vegana  em  algum  momento  da  vida ,  mas  é  uma  ávida  consumidora  de tiramisu !

voluntária  na ong  animal de khadel  ,  já  adotou  após  o  resgate  ,  3  cachorros  ,  2  gatos  e  4  cavalos  de  corrida  que  mantém  muito  bem  acomodados  na  enorme  propriedade  herdada  da  mãe  ! 

da  herança  ,  manteve  em  seu  nome  quase que somente  o  lar  da  infância  materna  ,  intocado  pelo  amargor  paterno  ,  a grande parte restante  dividiu  em  doações  para  causas  necessitadas  e  sustenta-se  com  a  própria  profissão  !  

recentemente  foi  contratada  como  consultora  de  compliance  para a  prefeitura  de  khadel  ! 

apesar  da  paixão  correr  em  seu  sangue  por  tudo  o  que  faz  ,  a  mera  menção  de  laços  afetivos  para  além  dos  de  amizade ,  e  os  estritamente  físicos  ,  é  capaz  de  causar  intensa  reação  alérgica . metaforicamente  ,  claro . literalmente…  é  capaz  de  agressão  física  !

não significa no entanto que tem frieza em suas veias , não . consegue ser extremamente calorosa quando... estimulada !

o  diagnóstico  de  tpb  não  é  um  de  fácil  aceitação  e  ainda  que  tenha  recebido  tratamento  formal  antes  de  ingressar  na  faculdade  ,  é  relapsa  e  permite  que  pressões  do  passado  ,  e  presente  ,  a  consumam . é  mais  comum  vê-la  agindo  de  forma  impulsiva  do  que  não  ,  ainda  mais  quando  interligada  aos  seus  ideais  ,  e  em  constante  estado  de  auto  destruição  ! 

 lealdade  é  algo  que  construiu  ao  longo  dos  anos  como  um  traço  da  personalidade  além  dos  seus  moldes  ,  e  quando  afeiçoa-se  ,  o  improvável  é  o  limite  ! 

progressista  em  sua  visão  de  mundo  e  senso  social  ,  em  contrapartida  ,  é  incrivelmente  inflexível  após  tomar  decisões  acerca  do  caráter  alheio. dificilmente  sua  opinião  é  afetada  e  acha  que  suas  convicções  estão  um  pouco  acima  do  que  as  de  qualquer  outra  pessoa  !

rancor  é  um  sentimento  estranho  ,  postula  a  maioria  de  suas  reações  com  certa  efemeridade . procura  guardar  o  pior  de  si  aos  seus  oponentes  profissionais  e  aos  que  verdadeiramente  merecem  a  totalidade  do  seu  lado  negativo . volátil  ,  não  é  difícil  vê-la  esbravejando  com  alguém  próximo  de  si  para  dali  duas  horas  estar  se  desmanchando  em  risos  com  o  mesmo  !

o  desejo  pela  independência  emocional  foi  tão  grande  ,  que  hoje  ,  fecha-se  para  a  maioria  dos  sentimentos  além  da  superfície . mas  apesar  de  tal  máscara  ,  a  parte  de  si  que  ainda  necessita  de  constantes  afirmações  e  validações  é  a  sua  parte  que  mais  detesta  ,  mais  do  que  todas  as  outras  juntas  ! 

seu  passado  com  um  transtorno  alimentar ,  ao  contrário  do  tpb  ,  a  faz  muito  disciplinada  em  relação  à  alimentação  ,  mas  uma  porção  de  lokum  e  dois  ,  ou  dez  ,  pedaços  de  baklava  são  a  sua  ruína . o  paladar  doce  é  ao  mesmo  tempo  uma  benção  e  uma  maldição  ! 

consequência dos problemas com a imagem corporal , é assídua em seus treinos de tênis , o esporte uma excelente maneira de consumir toda a energia agressiva e caótica sobressalente de seu corpo e uma forma de manter o equilíbrio entre o físico e mental !

também  resquício  da  infância  e  adolescência  ,  traz  o  amor  pelo  hipismo , e cavalos , incorporado  no  seu  dia  a  dia  ! 

possui uma extensa coleção de miniaturas de cavalos nos mais diversos materiais , desde cristal à ouro e mármore . são presentes de amigos , de sua mãe , souvenirs de suas viagens e recordações de pessoas do mundo inteiro com quem se conectou por meio do ativismo !

acredita  no  espiritual  mais  do  que  no  divino  ,  cética  quanto  a  esse  ,  em  vidas  após  a  morte  e  energias  ! 

o assunto maldição é um tanto sensível . não se apega à noção de que uma cidade tenha sido amaldiçoada a desamar , uma vez que a concepção de amor é tão cômica quanto a existência de magia . a justificativa de tamanha miséria em relações românticas , para si , é simples : a natureza humana é intrinsecamente cruel , não amar é a tarefa mais fácil que alguém pode exercer !

 tem  um  dedo  verde  para  a  maioria  das  plantas  ,  legumes  e  vegetais  e  é  a  responsável  por  cultivar  a  impressionante  horta  e  jardins  espalhados  pelos  afastados  acres  onde  sua  residência  se  localiza  ! 

a tatuagem que leva logo abaixo da nuca foi realizada em uma noite particularmente difícil , após o abuso de substâncias lícitas e uma difícil discursão que trouxe à tona antigas , mas recorrentes , feridas quanto à sua relação com a mãe . a libélula com asas translúcidas e peroladas , uma verdadeira obra de arte , que adorna sua dorsal é homenagem à münevven . de beleza etérea , a recordou da mais velha , assim como a fragilidade resiliente , análoga à mesma . é símbolo também de liberdade , para recordá-la de que agora a mulher está eternamente livre !

@khdpontos


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neslihvns - 𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice
𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice

𝒕𝒉𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒗𝒊𝒔𝒕 ! neslihan gökçe , 29 , human rights lawyer . can you hear my heart beating like a hammer ?

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