ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : encontros !

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

o riso veio fácil , dançando nas íris que tremeluziam com humor diante da ênfase teatral e da encenação exagerada da amiga . ❝ ah , não há necessidade de tanta possessividade , vita mia . sabe bem que , neste mundo inteiro , meus olhos pertencem apenas a você . ❞ se afastando sutilmente da mulher , manteve a conexão dos braços , antes de retornar a atenção à recepcionista com um tom conspiratório . ❝ ela anda um tanto territorialista com esses rumores recentes de que somos duas das reencarnadas e precisamos encontrar nossas almas gêmeas… quando , na verdade , já temos uma à outra . ❞ com uma piscadela divertida , voltou a se acomodar ao lado da giordano . ❝ seu desejo hoje é uma ordem . dois dos seus melhores massagiatores , um para mim e outro para a mulher mais deslumbrante da minha vida . ❞ os roupões felpudos , tão macios quanto nuvens , surgiram quase como por encanto, os tomando em mãos , ofereceu um à mais velha antes de se dirigirem aos biombos . assim que envolta na suavidade do roupão , neslihan já podia sentir os nódulos em seus músculos começarem a se desfazer apenas pela confluência dos óleos essenciais que pairava no ar . ao deixar a repartição com uma longa e relaxante respiração , seus olhos captaram de imediato as duas figuras masculinas que as aguardavam . buscando pelo olhar de graziella , encontrou nele a mesma expressão de apreciação estampada em seu próprio rosto. ❝ você não poderia ter escolhido melhor . ❞ com uma risada baixa e satisfeita , seguiu até a maca , deslizando o roupão até a cintura ao se cobrir com o lençol . ❝ os sacrifícios que não faço por você , dolcezza . ❞

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

Olhar para os dois em sua cama, lhe dava uma sensação inexplicável de paz, como se tudo estivesse certo somente com ambos ali. Os braços cruzaram debaixo do peito como se estivesse avaliando suas opções. Não queria passar o dia longe do filho, mas não podia negar que um dia no spa seria ótimo com os últimos estresses que andava tendo. Com o salto da bota, se aproximou da cama, puxando Romeo pelas pernas até a borda do colchão e se agachou na frente dele, sentindo as mãoszinhas tocarem seu rosto enquanto as dela abraçavam a cintura pequena. "Eu vou até o studio com a tia Nes e você espera a gente aqui, tudo bem?" Viu ele assentir empolgado, fazendo um carinho pequeno em seu rosto. " 'Vo fazer um desenho pra você, mamma." A vozinha de criança respondeu, fazendo Graziella se inclinar para deixar um beijo demorado no meio da testa alheia, sentindo toda aquela mistura de sentimentos negativos e positivos quando se tratava do filho. Ficou de pé rapidamente, levando ele até a Ginevra e explicando sua agenda do dia e então virou para a melhor amiga. "Agora sou toda sua."

. . .

Já no spa, não hesitou em entrelaçar os braços com a amiga a fim de entrarem no espaço. A pequena menção a Olivia fez com que a italiana revirasse os olhos mas resolveu não comentar, afinal, era seu dia e não queria perder tempo com assuntos - e pessoas - irrelevantes em sua vida. A risada chegou até seus lábios com as palavras de Neslihan, mas segurou ao olhar para seu encontro, por um tempo antes de responder. "Quero um profissional, por favor." Por mais que fosse divertido fazer massagem na amiga, Graziella tinha certeza não saberia fazer igual a quem realmente trabalha com aquilo. "Homens, se possível. Não quero mulheres tocando no corpo dela." Disse olhando para Nes, deixando que todo o ciúme teatral transparecesse nos olhos verdes. Se era para brincar, que fosse fazendo direito.

More Posts from Neslihvns and Others

3 months ago

SMS to : ace

✉️ : giorno ! ✉️ : talvez se você tivesse tido olhos para além da nova habitante de khadel , teria ficado sabendo de primeira mão ✉️ : eu literalmente estava do outro lado da janela de vocês dois ✉️ : mas respondendo à sua primeira pergunta , ele ganhou uma aposta e pediu como pagamento um jantar ✉️ : sendo sincera , não sei se como estou sentindo é exatamente bem ✉️ : e continuo odiando , não se preocupe ✉️ : hm , curioso que eu também não tenha ficado sabendo com quem iria no giardino até chegar lá ✉️ : imagina minha surpresa em não só te ver incrível em roupas sociais , inclusive devo ficar ofendida que não me pediu opinião alguma sobre ? ✉️ : mas na companhia da famosa garota problema e sorrindo abertamente ainda por cima !!!!

SMS to [little nessie] || @neslihvns

📲 [aaron]: nes

📲 [aaron]: tá aí?

📲 [aaron]: que história é essa que você saiu com Camilo Ricci?

📲 [aaron]: é pq diabos estou sabendo disso por um cliente bêbado aqui do bar?

📲 [aaron]: o q aconteceu? vc tá bem? pensei que você odiasse o cara!


Tags
3 months ago

partner in justice : @aaronblackwell !

location : casa comune !

Partner In Justice : @aaronblackwell !

a cada novo evento anunciado como a oportunidade definitiva para encontrar sua alma gêmea , a paciência de neslihan se desgastava sob o peso de tentativas desesperadas de acelerar a resolução de algo cuja existência sequer possuía comprovação racional . embora tivesse prometido a si mesma que enfrentaria cada sugestão e intervenção com a elegância herdada de münevven , sentia-se como um animal acuado , pronto para reagir à menor ameaça . já havia recusado o convite dos proprietários da casa comune , mas , como sempre , a insistência dos habitantes de khadel se mostrava uma força quase sobrenatural . agora , com o cartão de confirmação em mãos — um gesto meramente protocolar , visto que a presença deles já não necessitava de qualquer formalidade — , ela lançou um olhar suplicante para aaron . a expressão masculina refletindo a sua própria , como se ambos estivessem no corredor da morte, aguardando suas sentenças .

dançar era algo que apreciava . libertar-se das tensões acumuladas sempre lhe fazia bem . mas não daquela maneira , naquele estilo . um suspiro escapou de seus lábios , carregado de arrependimento , enquanto lia mais uma vez a indicação do ritmo descrito na entrada do estúdio . salsa . ❝ quanto vou precisar me desculpar por isso ? ❞ o amigo era a única pessoa que lhe ocorrera quando , pressionada , teve que confirmar a participação na sessão . ainda recordava o entusiasmo do outro lado da linha diante da mera possibilidade deles serem destinados . uma amizade de tantos anos… tenho certeza de que vocês foram feitos um para o outro . a ideia arrancava um sorriso discreto da mulher . se houvesse uma mínima chance de um final feliz , aaron seria , sem dúvida , sua melhor aposta . o convívio entre eles era tão natural que não lhe parecia um fardo imaginar-se ao lado dele pelo resto da vida . já estavam na vida um do outro há mais de duas décadas e , com um pouco de sorte , não viveria tempo suficiente para triplicar essa marca . ele era segurança , previsibilidade , compreensão e aceitação .

❝ aqui vai uma ideia . ❞ ponderando , inclinou-se ligeiramente para ele . ❝ se assustarmos nossos instrutores o bastante , será que encerram a aula mais cedo ? ❞ a sugestão era tentadora , embora duvidasse que aqueles que tanto insistiram em sua presença desistiriam tão facilmente . ❝ preparado ? ❞ indagando , aproximou-se para enlaçar seu braço ao dele . passou uma das palmas pelo tecido do vestido , como se o gesto fosse suficiente para prepará-la para o que , naquele instante , parecia a verdadeira dança do apocalipse .

Partner In Justice : @aaronblackwell !

@khdpontos


Tags
4 months ago

SMS to : don giovanni

✉️ : ao menos quando eu arrancar seu ego com as minhas unhas , saberá que foi o instinto animalesco que instigou em mim

✉️ : aceito que perdi por conta do seu roubo

✉️ : perfeitamente contente em ser o sr. darcy para você então

✉️ : será que o buzzfeed está aceitando que animais criem testes agora ? vou voluntariar chaz e virginia , eles seriam capazes de montar um melhor do que esse que fez

✉️ : sonharei com você quando tiver a intenção de ter mais pesadelos do que o costume

✉️ : e camilo ? gentileza perder o meu número e só me contatar via carta

encerrado !

SMS to [docinho]

📲 [milo]: sou conhecido por instigar instintos animalescos mesmo

📲 [milo]: estou na página 54, mas vou ter que voltar algumas. as que eu li ontem, suficiente dizer que eu estava meio fora de mim

📲 [milo]: fechada, orgulhosa, pouco acessível…

📲 [milo]: mas justa não sei. pra isso, você teria que aceitar que perdeu

📲 [milo]: eu sou a elizabeth! fiz até um quiz na internet, então é um fato cientificamente comprovado

📲 [milo]: e vai ser a melhor noite da sua ;)

📲 [milo]: te mando mensagem depois com os detalhes da reserva, agora vou continuar lendo, sra darcy

📲 [milo]: sonhe comigo


Tags
3 months ago

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : encontros !

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

desde a mais tenra infância , neslihan fora moldada sob a rigidez do dever , envolta em ouro , mas contida por correntes invisíveis . sua existência sempre se definira por uma dolorosa dualidade , a necessidade de sentir em contraste com a imposição do autocontrole , o embate incessante entre o querer e o dever . esse conflito , enraizado em sua mente , tornara-se a fratura primordial que assombrava a parte mais sombria de seu passado . culpava , sim , a figura paterna por parte das feridas que lhe foram infligidas , algumas delas irreparáveis . no entanto , via na fragmentação de seu próprio ser uma obra cuja autoria também lhe pertencia . daquela tragédia , restara-lhe um âmago parcialmente enrijecido — sua visão de mundo tornara-se austera , seu julgamento sobre as pessoas , inflexível , e sua postura perante a própria existência , uma fortaleza intransponível . e camilo era o oposto exato de cada uma dessas certezas . para ele , tudo parecia fluido demais , como se suas convicções mudassem com a mesma facilidade com que trocava de roupas ao amanhecer , como se suas verdades fossem tão voláteis quanto os humores de um único dia .

ela não se iludia ao pensar que compreendia todas as nuances que o compunham, mas o conhecia o suficiente — anos de observação cuidadosa e encontros forçados ao lado de vincenzo ricci e aquele sobrinho haviam lhe dado a convicção de que alguém criado sob a tutela do patriarca dos ricci não poderia desviar-se tanto assim do molde original . não importava que ela própria fora forjada sob a sombra de um homem igualmente desprezível e , ainda assim , renunciara a cada valor que lhe fora incutido . não via nele a mesma ânsia de se libertar , a mesma necessidade de transcender a redoma em que cresceram . curioso como ela era capaz de vislumbrar potencial até nas circunstâncias mais desoladoras , mas quando se tratava das pessoas ao seu redor , seu olhar se tornava opaco . talvez fosse uma falha evidente para qualquer observador externo , mas naquele momento de sua vida , preferia envolver-se no véu confortável da negação . havia algo de insistente nessa postura , um reflexo interno que , por vezes , ameaçava ceder — mas então camilo lhe recordava exatamente por que isso jamais aconteceria .

bastava um gesto , um olhar carregado daquela insolência que a irritava profundamente , um simples pronunciar do apelido em seus lábios para inflamá-la de fúria… ou , se fosse brutalmente honesta , algo mais . ❝ vou providenciar . amanhã de manhã a lista completa estará na sua caixa de entrada . ❞ e assim o faria , nem que precisasse atravessar a madrugada compilando meticulosamente cada detalhe sobre o valor de cada gole do bourgogne . ❝ entendo . nem todos os homens conseguem portar-se com a sensualidade inerente de um jardineiro . ❞ a voz adquiria um timbre aveludado . ❝ todos aqueles músculos à mostra , o suor misturando-se ao aroma da terra molhada… uma essência irresistível . ❞ pareava a provocação dele , acrescentando um piscar de olho deliberado .

a observação alheia foi recebida com um sutil estreitar das íris castanhas , enquanto a sobrancelha dele se arqueava . ela seria a última a negar o que ele insinuava , por ser a mais pura verdade . o medo corria demasiado forte em suas veias para que pudesse ceder o controle e , mais uma vez , encontrar-se à deriva — presa em uma circunstância desconhecida , sozinha , dissociada de tudo que a compunha , sem sequer lembrar o que fizera para ferir quem quer que fosse . manter o domínio sobre qualquer situação que a envolvesse era a única forma de garantir que , se houvesse dor , ela fosse restrita a si mesma . ❝ não há nada demais em querer manter o controle . pelo contrário , é uma forma de satisfação como nenhuma outra . ❞ camilo não era o primeiro , e certamente não seria o último , a insinuar que sua existência dentro de uma bolha de restrições autoimpostas a condenava à infelicidade . mas vindo dele — com aquela despreocupação boêmia , aquela facilidade irritantemente leviana — , a fala ressoava como brasa queimando em seus pulmões . ❝ apreciar os prazeres da vida é uma coisa . ser completamente inconsequente ao fazê-lo é outra . saber dosar quando , como e onde os aproveito apenas prolonga a sensação de contentamento . não abro mão do que me satisfaz , apenas não me entrego aos impulsos como se o mundo fosse se desfazer em um piscar de olhos se não o fizer . ❞

levantou a taça quase vazia , deixando que o vinho deslizasse pelo paladar , apreciando a textura aveludada que o carmesim lhe proporcionava . ignorou o impulso de revirar os olhos , assim como a tentação de comentar sobre o sorriso alheio — embora , caso se permitisse um instante de análise , talvez concordasse . as palavras dele , ainda que envoltas naquele flair característico , traziam o peso de algo que lhe apertou a respiração por um breve instante , dissipando-se logo em seguida com um menear dos fios e a litania posterior . um riso seco escapou dos lábios ainda tingidos de rubro . ❝ tenho dificuldade em acreditar porque não sei se suas ações são genuínas , camilo . ❞ não se tratava de charme , como ele sugeria . a verdade era mais crua , neslihan simplesmente não sabia como reagir a ele de outra maneira que não fosse com ferocidade . não sabia se os gestos dele eram sinceros ou se carregavam as segundas intenções que pareciam reger cada um dos seus encontros , fosse naquele momento ou em qualquer outro .

com apenas duas palavras , o ricci dissipava o pulso inquieto que as provocações dele instigavam . havia algo na sinceridade que interrompia qualquer pensamento alheio naquele instante , deixando apenas um eco silencioso que se espalhava até as pontas dos dedos — uma sensação estrangeira . com um aceno hesitante , aceitou o pesar que ele oferecia . talvez aquele fosse um dos raros momentos em que poderiam ser genuínos um com o outro , sem a necessidade de pretextos . ela sequer era nascida quando a mãe de camilo fora internada e jovem demais para recordar-se do momento em que a doença lhe roubara a vida , mas a história era de conhecimento geral , e a morena sentia a perda dele como apenas quem já houvesse experimentado dor semelhante poderia compreender . imaginava que , para uma criança , a ausência materna fosse ainda mais avassaladora do que para um adulto — como fora em seu caso . mas mesmo tendo quase duas décadas a mais ao lado da própria mãe , por vezes parecia que münevver muito antes deixara de pertencer ao mundo dos vivos . a fisgada que a lembrança causava era lancinante , embora logo se dissolvesse diante da confusão provocada pelo gesto dele ao erguer a mão em sua direção .

o riso masculino percorrendo a extensão da pele exposta era o motivo por finalmente conceder , embora as palavras ditas em divertimento recobrassem a consciência de algo que não saberia nominar . com a palma aninhada no aperto alheio , neslihan inclinou-se , os dígitos formigando antes mesmo de entrarem em contato com os fios acetinados . seguiu o movimento conforme ele guiava , podia sentir o calor que ele irradiava subir pelos braços , até que o toque feminino encontrou o pequeno relevo , uma resistência sob a superfície . assentiu ao questionamento antes de pender a cabeça , enredando os dedos pela pele alheia enquanto ele explicava . a menção de um acidente — automobilístico , como aquele que ela mesma protagonizara — provocou um breve sobressalto com semelhança inesperada .

assim que sentiu o fragmento incrustado , poderia ter retirado a mão , encerrando ali a conexão , mas não o fez . não até que ele finalizasse , até que aumentasse a distância entre eles e desfizesse a leve pressão que os mantinha ligados . só então neslihan recolheu o braço , cerrando o punho de maneira quase imperceptível antes de repousá-lo no colo , onde o linho do guardanapo descansava sobre as pernas . desanuviando a garganta , que de súbito pareceu ressequida , indagou . ❝ e não te incomoda em nada ? não é perigoso que permaneça por todo esse tempo ? ❞ as perguntas saíam com mais curiosidade do que desejava , com uma preocupação que transparecia em excesso clareando a voz . embora ela própria não apresentasse sequelas físicas do acidente de tantos anos , as invisíveis a atormentavam mais do que qualquer cicatriz que pudesse ser vista .

esboçou um sorriso diante da colocação dele , embora os ombros permanecessem retesados sob o formigamento que ainda reverberava da palma para o restante do corpo . enquanto ele ponderava sobre o que compartilhar , por um longo momento , manteve as íris fixas na expressão distante que se instalava nas feições do mais velho . percebia , então , que já fazia algum tempo que seus olhos não sentiam a necessidade de se desviar da intensidade que camilo personificava . a constatação a fez quebrar o contato visual de imediato . refugiou-se no cristal vazio sobre a mesa , nos talheres de prata quase intocados , na comida negligenciada , no tecido carmesim que deslizava sobre suas pernas conforme as descruzava e cruzava no lado oposto . na tentativa de não ser consumida — seja lá pelo que estivesse tentando enraizar-se dentro dela naquele momento — precisou piscar algumas vezes quando a voz grave rompeu o silêncio , trazendo-a de volta à realidade antes que se perdesse nos próprios devaneios .

com a simples menção da fazenda , soube que a história recontada puxaria as cordas de seu coração . era inevitável . sabia bem o que ele fazia por aquele lugar e , se camilo tivesse consciência , entenderia que essa era a única fraqueza que poderia usar contra ela . o repuxar dos lábios se expandiu de forma quase natural , mas logo tomou um arco agridoce . amor . antes que ele enunciasse a palavra , ela já a havia formado em sua mente . a história que ele tecia era uma representação genuína do que o amor poderia ser , e pela primeira vez , talvez neslihan compreendesse um módico do que aquele sentimento mítico significava . com os olhos mais úmidos do que o tempo permitia , engoliu em seco antes de menear os fios levemente . ❝ que bom que ela escolheu a pessoa certa para cruzar o caminho . ❞ a sinceridade na entonação era mais palpável do que gostaria , mas já não se esforçava tanto para controlar cada flexão de sua voz , calcular cada gesto . ❝ e… ela está bem hoje ? foi adotada ou continua por lá ? ❞ não ousaria pedir que ele a mostrasse , fosse o caso , mas tinha a amizade de esperanza há tempo suficiente para saber que a mulher a guiaria mesmo sem um nome .

e então, mais uma vez , ele insistia em se esconder sob aquela fachada . já não restavam dúvidas de que era um disfarce — não para ela . ali , a forma como o ricci a vestia como uma segunda pele era escancarada , mais espessa do que a verdadeira , uma armadura que rivalizava com a que ela própria carregava , feita de controle e distância . ❝ não , ainda não tive o imenso privilégio de presenciar cena tão deplorável quanto ver mulheres se atirando em sua direção por conta de um sorriso bonito e um animal adorável nos seus braços . ❞ mesmo com a sobrancelha arqueada em ironia , as palavras não carregavam a mesma mordida usual .

com uma mordiscada na mozzarella , permitiu que o sabor suave , amanteigado e fresco se espalhasse pelo palato . tomando o cristal entre os dedos , levou-o aos lábios , sorvendo o líquido por completo antes de ceder-se a mais uma dosagem do grand cru . permaneceu em silêncio por alguns instantes , recuperando a memória exata do momento em que uma decisão infantil selara algo que a acompanharia até a morte . ❝ bem , tinha exatos seis anos . era o dia do meu aniversário e , como sempre , um banquete era esperado . não importava que , entre os convidados , houvesse mais parceiros de negócios do meu pai do que amigos meus — liv estava lá , e era a única . ❞ concedeu brevemente , antes que a lembrança a puxasse de volta . ❝ estávamos brincando , a contragosto de muitos , porque onde já se viu uma criança querer brincar na própria festa ? e , sem querer , acabei entrando na cozinha . era um território proibido nos dias de comemoração . ❞

hesitou por um instante antes de continuar . ❝ e diante dos meus olhos , estava o cozinheiro abatendo alguns coelhos , enquanto partes de cordeiros , em diferentes estados , espalhavam-se pelas panelas e ilhas . lembro de sentir um pedaço de mim se esvaindo junto deles , e ali prometi que jamais compactuaria com aquilo . ❞ a voz , ainda que suave , conotava a mesma firmeza de quando tinha a pouca idade . ❝ palavras fortes para uma criança que dependia dos outros para se alimentar . no início foi... complicado , mas uma vez que meu pai percebeu que aquela era uma batalha perdida , tive gioconda ao meu lado . ❞ omitia a parte em que o homem a deixara dias sem comer como punição , ou quantas vezes precisou desmaiar de fome diante dos conhecidos dele até que sua vitória fosse concedida . aqueles detalhes camilo não precisava saber . tampouco que , ironicamente , a recordação estava entre as mais felizes que guardava sob o teto dos şahverdi — puramente ligada à presença da cozinheira que lhe ensinara tudo o que ainda recordava no presente .

tomando mais um gole do vinho , levou a manicure até o queixo , como se pensasse profundamente a questão seguinte . ❝ se você pudesse mudar apenas uma coisa na sua vida , o que seria ? ❞ já que a proposta inicial dele , ainda que dúbia , era se conhecerem , neslihan não se manteria na superfície rasa onde ele parecia querer conduzi-la . ainda que , até ali , nenhuma resposta dela — ou dele — tivesse sido menos do que carregada .

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

o problema de pessoas como neslihan era que através de suas lentes duramente arbitrárias, por vezes colocavam-se em um lugar de condescendência que as cegavam para qualquer não obviedade. camilo podia não ser o maior filantropo (ou sequer ser considerado um de qualquer modo), mas antes de qualquer coisa, o ricci não saía de seu caminho para prejudicar ninguém. não era um homem bom, mas será que era justo considerá-lo um homem mau? egocêntrico, sim. superficial, com toda certeza. mas no final das contas, não havia verdadeira maldade nele. o trabalho com os animais poderia ser um bom indicador de que ele não era fisicamente incapaz de fazer o bem, e por mais que muitos pensassem que aquilo não passava de uma fachada, neslihan o observara na fazenda vezes o suficiente para reconhecer a autenticidade de suas intenções. assim ele presumia, pelo menos. ‘se mudar a vida de uma única pessoa, já terá feito mais do que espero de você.’ o sorriso quase vacilou, a postura alheia e os dizeres descrentes o atingiram um pouco mais do que estava disposto a demonstrar. camilo podia se considerar o centro do próprio mundo e priorizar a si mesmo com frequência, mas estava absolutamente distante do exemplo de amor próprio. alguém tão indulgente em pecados do mundo, tão irresponsável e auto destrutivo não poderia ter qualquer carinho sincero por si mesmo. o olhar da turca o recordou, por alguns segundos, que aquela era simplesmente a sua sina: sempre esperariam o pior dele. sua família, seus colegas, desconhecidos, todos. palavras que ouvira por anos de seu pai reverberaram no fundo da mente, mas balançou a cabeça em uma tentativa de afastá-las. não era momento de auto piedade. chegou a pensar em valentina, em como se dedicara nos últimos dez anos para garantir que a garota tivesse as melhores oportunidades. poderia ele considerar que havia ajudado a melhorar uma vida, quando também fora responsável por destruí-la antes? “por que não faz uma lista, hani? assim não deixamos nada disso escapar.” afirmou, beirando a provocação, embora ainda fosse sincero. “eu só prefiro ter alguém para plantar as árvores. não fico bem de jardineiro”

a resposta a respeito de suas vontades fora intrigante. “são palavras demais pra dizer que você tem medo de perder o controle” devolveu, arqueando uma sobrancelha. se camilo era excessivamente indulgente, neslihan parecia o oposto. como se transformar a vida em uma sucessão de represálias fosse nobre. “existe muito valor na liberdade de admitir que a vida vale a pena pelos prazeres que proporciona. em reconhecer que você não é melhor que ninguém por abrir mão disso, só… menos feliz” deu de ombros, finalizando o conteúdo da taça. não evitou uma risada sincera com o comentário seguinte, assentindo em concordância. “o que posso dizer? meu sorriso é muito bonito” dessa vez havia leveza no tom, demonstrando que pelo menos naquele ponto ela havia vencido o embate de provocações certeiras e ininterruptas. “nah. prefiro algo mais…” gesticulou para ambos, indicando que falava sobre o encontro. “…estimulante.” a conversa entre eles era sempre interessante, afinal. “duvido que você acredite em qualquer gentileza da minha parte, neslihan” e somente poderia torcer para sua inclinação dramática lhe conferir a mesma qualidade de um ator ao tentar disfarçar o resquício de ressentimento em sua frase. “até porque, convenhamos, é o que estou fazendo a noite toda e você continua convencida do contrário” o carro, os elogios, o menu, a água, a mesa na parte externa… não havia sido menos do que gentil até então. vulgar, quem sabe, mas certamente longe da grosseria. “mas tudo bem. faz parte do seu charme” complementou, piscando um dos olhos.

esperou uma resposta evasiva, ou uma história de pouca importância. o ocorrido descrito pela gökçe apenas provava que muito embora ele soubesse interpretar pequenos sinais muito bem, estava longe de considerar que a conhecia o suficiente. pego de surpresa diante da franqueza, ouviu com atenção. a informação da morte de sua mãe não era inédita (todos sabiam naquela cidadezinha), mas não pôde evitar se abalar com o assunto. era seu calcanhar de aquiles, mesmo. “sinto muito” e de tudo o que havia falado a noite inteira, aquelas duas palavras provavelmente carregavam a maior carga de honestidade até então. nem havia notado que mal se dedicara à comida exposta a sua frente, dada tamanha atenção que a mulher detinha. ainda que o assunto da morte da figura materna fosse o que mais lhe havia chamado atenção, não deixou de perceber a coincidência escondida na menção de um acidente. assim que a pergunta foi devolvida, ele soube exatamente o que contar. estendeu a própria mão, pedindo a dela. riu quando notou a confusão e receio nos olhos alheios. “não vou morder. nem te pedir em casamento. prometo” e esperou que a jovem colocasse a mão sobre a dele. assim que o fizera, camilo a levou até a parte de trás da própria cabeça, pouco acima da nuca, entre os fios escuros. tateou o local com a mão feminina, até o indicador da mais nova encostar em uma pequena protuberância que facilmente passaria despercebida. “sentiu?” aguardou alguma confirmação. “é um fragmento bem pequeno de vidro, de um acidente de carro há uns bons anos. era mais perigoso uma cirurgia para retirar do que não fazer nada. então decidiram deixá-lo” era um lembrete dolorido do passado; do enorme erro cometido. não comentou sobre como o acidente havia ocorrido e nem o fato de não estar sozinho na ocasião. aquilo, por hora, ainda preferia manter em segredo. “para ser justo, a equipe médica que me atendeu também sabe disso. mas eu nunca contei, eles só estavam lá” brincou, soltando sua mão e finalmente provando a comida disposta à sua frente.

“uma ótima pergunta” reconheceu, reclinando-se para pensar melhor. já havia vivido tanto, feito tanta coisa… o que, de fato, o havia surpreendido? não sabia quanto tempo havia ficado em silêncio, perdido em pensamentos, mas quando se deu conta a resposta desencadeou a deixar os lábios sem qualquer auto controle. “sabe que a fazenda começou por uma ideia do meu pai? por um motivo... menos do que nobre. quer dizer, eu sempre gostei de animais, mas demorou um pouco até eu me envolver de verdade. no começo era só uma tarefa que eu tinha que executar." explicou de início, a fim de contextualizar a história que estava por vir. "então teve um dia que eu estava caminhando bem no meio das árvores, ali no final da propriedade, perto do lago. uma cachorrinha apareceu. veio até mim, direto, sem medo. estava tão magra que dava pra ver cada osso, tão suja que eu tive dificuldade de saber qual cor era o pelo. tinha um machucado na perna que não parecia recente, mas estava longe de cicatrizar. eu pensei em levá-la comigo, dar comida, cuidar, como fazíamos com todos os animais ali. mas quando tentava pegar no colo, ela não deixava. e não era que ela não me deixava encostar nela! só não me deixava tirar ela do lugar, mesmo. se eu tentava, ela colocava todo o peso pra baixo. nem sei de onde ela tirava força pra isso. então eu entendi que ela não queria me acompanhar, queria que eu a acompanhasse. quando eu finalmente deixei ela me guiar, correu até um buraco cavado atrás de um tronco de árvore caída, uns metros adiante. no buraco tinha um filhotinho pequeno e quase tão magro quanto ela. quando eu peguei ele no colo, ela desmaiou, como se finalmente a força dela tivesse acabado." lembrava-se de achar que o animal havia falecido, na ocasião.

"levei os dois correndo até o veterinário da fazenda e ele disse que, pela situação que a cadelinha estava, toda a força e energia que ela teve pra salvar o filhote foi praticamente um milagre.” pausou, como se pudesse ver na sua frente a imagem da cachorrinha sarnenta e magricela. ergueu a mão como que em rendição. “culpe a maldição, se quiser, mas foi a primeira vez que eu…" pensou em como explicar, a testa franzindo enquanto ele achava as palavras. "bom, foi a primeira vez que eu realmente vi amor” ele podia nunca ter sentido nada parecido, mas era inegável o que havia presenciado. “ foi depois desse dia que eu passei a levar a fazenda a sério” acrescentou, um último comentário antes de perceber o peso da história que lhe escapara. “além disso, já viu como as mulheres me olham quando eu estou com um filhotinho na mão? é um afrodisíaco natural” certo, aquilo deveria equilibrar um pouco a situação, possivelmente. serviu a ambos um pouco mais do vinho. “mas então, há quanto tempo é vegetariana?” parecia uma pergunta segura e suficientemente impessoal, para variar.

O Problema De Pessoas Como Neslihan Era Que Através De Suas Lentes Duramente Arbitrárias, Por Vezes

Tags
4 months ago

fios desalinhados , o blazer e a calça em evidente dissonância , brincos com pares trocados — o conjunto desordenado era um reflexo eloquente do estado mental de neslihan após a noite anterior e discussão com christopher . os dedos trêmulos e os olhos inquietos revelavam um turbilhão interno , uma miríade de sentimentos negativos que ameaçavam consumi-la . de alguma maneira teria de encontrar uma forma de exorcizá-los . sua presença no último dos três andares da casa comune era uma tentativa deliberada de aplacar as turbulências , e dedicar-se à produção teatral das crianças do orfanato , tarefa que assumira com zelo ao criar figurinos e cenários , trazia uma centelha de calor que gradualmente dissipava o frio que a envolvia .

imersa em pensamentos e no som dos risos infantis que respondiam aos próprios , percorria o espaço sem perceber os olhares furtivos e os sussurros que a seguiam , até que a voz suave se fez ouvir ao seu lado . a figura de pasqualina provocou uma tensão breve e quase imperceptível em seus ombros , antes que assentisse e seguisse a mais nova até o ambiente ventilado , embora um tanto estreito para acomodar ambas . a notícia sobre o estado da peça trouxe um suspiro carregado de autodepreciação . era esperado daquele dia , que , desatenta tivesse escolhido justamente o artigo com defeito , sem sequer verificar por imperfeições , como era de costume . ❝ levando em consideração o estado da minha cabeça hoje , não ficaria surpresa que outra peça também esteja se desfazendo . ❞ murmurando , exasperada envolveu parte do cabelo com uma das palmas , enquanto tentava oferecer um sorriso brando , embora sem grande convicção .

❝ consegue me ajudar a procurar por mais costuras soltas... lina ? ❞ arriscou utilizar o apelido que ouvira outros mencionarem , numa tentativa de estender um ramo de cordialidade , queria afastar a tensão que parecia reger cada interação entre elas . não sabia explicar o aperto que sentia sempre que os traços quase etéreos de pasqualina surgiam diante de si — ou melhor, sabia, mas recusava-se a tratá-la com a mesma insanidade quando vira a forma como os capel-d’angelo tratavam as opiniões dela . ❝ pensar que provavelmente desfilei por toda a cidade assim desde que saí de casa , e ninguém teve uma centelha de decência de me avisar ! ❞ a noção provocava uma pequena , e incrédula , risada . ❝ esses cucciolottos devem ter se divertido às minhas custas . ❞ entremeou as íris em bom humor . ❝ bem que os achei mais cheios de risos hoje do que o de costume . ❞ o tom carinhoso ao se referir às crianças era evidente , tangendo a afeição que não fazia questão de esconder .

Fios Desalinhados , O Blazer E A Calça Em Evidente Dissonância , Brincos Com Pares Trocados — O Conjunto

starter fechado para @neslihvns local: casa comune

Os movimentos com a cabeça e os olhares apontando para a calça não foram suficientes. Pasqualina tentava avisar Neslihan de que uma pequena descostura na calça de alfaiataria aumentava a cada passo que ela dava. A peça parecia de marca e muito bem-feita, combinava com o estilo social e altivo da mulher. Lina continuava tentando apontar, discretamente, mas não conseguia atingir seu objetivo.

O murmurinho de algumas pessoas ao redor foi o suficiente para lhe dar incentivar a se aproximar de Neslihan. A postura firme e a voz imponente eram muito bem admiradas à distância, interagir com a mulher não era algo comum para Lina, o que a deixava um pouco fora de sua zona de conforto. Personalidades e intuição à parte, ela sabia que precisava logo dar um trato naquela descostura. Se não o fizesse, logo a advogada estaria expondo partes que deveriam estar bem cobertas.

"Buonasera, com licença, poderia me acompanhar aqui rapidinho?" Cumprimentou a mulher, aproximando-se rapidamente e guiando-a pelo caminho à esquerda. "Where are you taking me?" Pasqualina respondeu enquanto abria bolsa para procurar seu "kit de costura para emergências. "Ao banheiro. A sua calça está com uma pequena descostura, deve ter sido algo pontiagudo que causou isso." Falava no seu tom amistoso, com o sorriso costumeiro nos lábios, mas com menos contato visual do que de costume. "Ia ser meio estranho costurar lá no meio de todo mundo. Hmm, deixa eu ver se tenho uma linha mais próxima dessa cor...Se não, vou dar um jeitinho de improvisar."

Starter Fechado Para @neslihvns Local: Casa Comune

Tags
3 months ago

àquela altura , com a intervenção constante do que parecia ser cada um dos milhares de habitantes de khadel em sua vida , neslihan já havia internalizado que a melhor forma de atravessar aquela maré de acontecimentos , da maneira mais indolor possível — e sem estilhaçar a esperança que poderia ver refletida em cada um dos olhares curiosos que a seguiam com crescente atenção desde o anúncio de olivia — , era apenas acenar em cordialidade , e aquiescer , sem protestos ou a usual argumentação incansável , cada encontro que se apresentasse . era quase cômica a maneira como insistiam em formar pares completamente improváveis , apesar da clara colocação da boscharino de que apenas os dez nomes citados estavam , teoricamente , ligados àquele desamor secular que pairava sobre a cidade como um manto invisível . e por cômico , em realidade , ousaria dizer frustrante , mas em mais um dia em meio à tempestade , ela tentava , com alguma determinação , focar nos aspectos positivos , se esquivando daquela voz assombrosa ainda ecoando em sua mente . ainda que pudesse sentir os tentáculos da irracionalidade se esforçando para se apoderar da sua razão , ela , com fervor , atinha-se à noção de que , sim , poderia enfrentar o maior número de encontros possíveis , até um próximo evento roubar a atenção de todos e os livrar daquele redemoinho de insanidade .

o rendezvous daquele dia , por sua vez , era orquestrado por uma pessoa querida , uma antiga funcionária dos şahverdi , cuja doçura e luminosidade fazia impossível dirigir negativa qualquer . o entusiasmo de signora gioconda era palpável , e a descrição feita era de alguém que , embora ela não tivesse qualquer intenção de cultivar uma conexão emocional , poderia ser uma alma companheira com tantas similaridades postas . as íris acendiam com humor e vivacidade ao recordar o ânimo da mulher , enquanto dirigia pelo caminho entre a villa gökçe e o centro de khadel . os cumprimentos se sucederam desde o momento em que saía do veículo , em uma das ruas laterais , pitoresca e charmosa , com os cachos de rosas pendendo das janelas , e bouganvilles adornando cada passo equilibrado nos saltos . as bochechas doíam , forçadas a manter uma expressão afável , embora não fosse totalmente infundada , e os bíceps , ainda doloridos pela queda , permaneciam dormentes em acenos infinitos , mas genuínos o suficiente para serem mantidos .

virando a esquina , o coreto surgia à sua frente , a estrutura encantadora cativando olhares com a miríade de cores e aromas que se fundiam harmoniosamente . embora a ideia do amor fosse algo inconcebível para si , o conceito de romance era um que cortejava as partes mais íntimas de seu ser . era impressionante como gestos simples podiam carregar uma dedicação tão imensa , declarando um compromisso profundo e um apreço pelo outro , embora ela mesma não fosse de apreciá-los da mesma forma . não , neslihan possuía um modo único , e quase patenteado , de demonstrar a sua lealdade e não era através de flores mortas e palavras derramadas em excessividade . porém , era inegável a beleza do quadro pintado diante de si .

ao contornar o gazebo com certa lentidão , o olhar percorria cada detalhe , até encontrar com o de quem recordava ser um dos funcionários do la bottega . dele , aceitou uma peônia vermelha , sua flor preferida , na cor favorita — embora a mulher a teria apreciado muito mais se ainda estivesse ligada aos seus rizomas . segurando-a delicadamente em uma das palmas , levou a outra até os óculos escuros , que a protegiam da intensidade do céu límpido . com um repuxar sincero dos lábios , subia os poucos degraus até o interior , mantendo a atenção em agradecimento ao mais jovem , quando a voz dolorosamente reconhecível a fez parar instantaneamente . virando-se com rapidez suficiente para açoitar alguém com os fios castanhos soltos , engoliu um grunhido , amassando a pobre flor no aperto . por sorte , o caule era desprovido de espinhos , ou os mesmos já estariam cravados na pele .

o que precisamente gioconda estava pensando , foi o primeiro de seus questionamentos , seguido por , como ela havia conseguido convencer o loiro daquela farsa fadada ao fracasso . tomando uma respiração profunda e retesando os ombros como forma de armar-se para o que certamente seguiria , cruzou a distância até o estofado luxuoso que parecia ter sido colocado ali unicamente para eles . a mesa impecavelmente posta com comidas cuidadosamente selecionadas e que evocavam memórias de sua infância , fez com que ela parasse por milésimos , antes de retornar as orbes para christopher . ❝ seja pegadinha ou não , o que , isso aqui , sinceramente , ultrapassa , eu tenho uma promessa a cumprir . ❞ conferiu , o tom baixo para que somente ele pudesse ouvir . depositando a peônia no assento de veludo , o contornou , antes de sentar-se com leve hesitação . ❝ e eu sugeriria que parasse com isso , fica parecendo um idiota , embora não precise de ajuda para tal . ❞ referindo ao gesto quase teatral que ele seguia com a cabeça , o sorriso retornou para as feições , agora milimetricamente fabricado e tenso . ❝ mesmo que não haja câmera alguma para registrar esse acidente em percurso , posso sentir pelo menos cinco pares de olhos me observando de todos os lados . ❞ a perspectiva de ter que interpretar mais uma cena com o homem , agora com a adição dos sussurros que já podia sentir circulando , deixava um toque amargo na língua . ❝ e não sei você , mas eu não quero ser reportada como a responsável por manter essa ridícula maldição . ❞ cruzando uma perna sobre a outra , solevou uma das sobrancelhas em questionamento , no mesmo instante em que captou o cheiro de mücver . e aquele prato branco... era cacık , bem ao lado dos gözlemlere ? ou seria çılbır . elevando a canhota ao estômago , tentando disfarçar o fato de que não havia tomado nem mesmo uma xícara de café em preparação ao brunch , esperou em suspense uma resposta . independentemente , neslihan não permitira que os pratos , que agora tinha a certeza deterem sido preparados pelas mãos de gioconda , fossem desperdiçados .

With @neslihvns, At Coreto De Rose.

with @neslihvns, at Coreto de Rose.

Desde o dia em que Olívia, em um ato deliberado, decidiu expor publicamente na praça a existência da maldição e declarou Christopher como sua possível alma gêmea, sua vida se transformou em uma constante fuga de encontros arranjados. A situação era frustrante ao extremo, especialmente porque ele sequer acreditava na possibilidade de aquilo ser real, algo que fazia questão de deixar claro sempre que podia. No entanto, suas palavras pareciam cair em ouvidos surdos. Ignorando suas objeções, as pessoas continuavam marcando encontros em seu nome ou lhe dando longas palestras sobre o porquê ele deveria se dedicar mais a encontrar sua suposta alma gêmea. Christopher já não tinha mais forças para argumentar ou tentar convencer ninguém de que toda aquela história era absurda. Ele estava cansado das discussões, e sua paciência parecia se esgotar cada vez mais rápido. Depois do episódio na cachoeira, algo dentro dele vacilou. Embora se recusasse a admitir em voz alta, uma pequena parte de sua mente começou a ponderar se talvez houvesse algum fundo de verdade naquela loucura. Mas esse pensamento permaneceu trancado dentro dele, enterrado sob uma fachada de descrença teimosa. Sem energia para continuar resistindo, ele começou a adotar uma estratégia de sobrevivência: simplesmente concordava. Afinal, o pior que poderia acontecer era ele não aparecer, dependendo de quem estivesse esperando por ele. No entanto, naquele dia específico, fugir não era uma opção. O organizador da vez tinha recorrido a um método infalível para garantir sua presença: envolver a mãe de Christopher na situação. E, bem, dizer "não" para ela era algo que ele jamais conseguiria fazer, dada sua condição.

O dia estava particularmente belo, com o sol iluminando tudo ao redor em sua plena intensidade, mas sem o incômodo de um calor abrasivo. Uma brisa suave serpenteava pelo ar, trazendo um frescor sutil que tornava o clima ainda mais agradável. O céu, de um azul profundo, era pontilhado por poucas nuvens, como pinceladas leves em uma tela. Acompanhado por uma das pessoas responsáveis por organizar o encontro, Christopher seguia em direção ao interior do Coreto, caminhando com passos calmos enquanto seus olhos captavam os detalhes ao redor. Os olhos percorriam as oferendas que agora preenchiam o local com uma abundância ainda maior desde que a quebra da maldição se tornara uma realidade em Khadel. Mesmo que uma parte cínica de sua mente considerasse o motivo dos tributos um tanto trivial, ele não podia ignorar a beleza que cada detalhe carregava.

As flores, em um festival de cores e formas, estavam dispostas de maneira quase poética. Algumas eram selvagens, outras cuidadosamente escolhidas, mas todas exalavam uma energia vibrante. Entre elas, pequenos objetos pessoais chamavam sua atenção – talismãs, fotos e pequenos itens cuidadosamente deixados ali, como se carregassem o peso de sentimentos profundos. Cartas escritas à mão, com caligrafias tão distintas quanto os autores, estavam presas com fitas coloridas que tremulavam suavemente ao toque da brisa, acrescentando um movimento delicado àquela cena já tão viva. Ele parou por um momento, deixando os olhos vagarem por tudo ao redor. Havia algo inegavelmente encantador naquela simplicidade cheia de significado. Pela primeira vez, Christopher sentiu que entendia o apelo romântico do lugar.

Agradeceu a pessoa que o havia levado até a mesa e passou a observar as comidas espalhadas sobre ela enquanto se acomodava no sofá. Reconheceu ali alguns dos pratos que havia dado como referência quando perguntado anteriormente sobre suas comidas favoritas, no entanto, era os que não haviam sido mencionados que chamavam sua atenção. Aquele treco branco é tofu? Quem que come essa porcaria? Me arrumaram um encontro as cegas com uma vegetariana? pensava enquanto encarava alguns dos pratos com o cenho franzido. No entanto, o barulho de passos fez com que sua atenção fosse redirecionada, e foi só então que entendeu. Claro que seria ela. "Isso só pode ser uma pegadinha." Disse, totalmente incrédulo que alguém havia achado um encontro entre eles uma boa coisa. "Onde estão as câmeras?" Perguntou, olhando para os lados enquanto aos poucos a compreensão do motivo do encontro ser as cegas o atingia como um soco.

With @neslihvns, At Coreto De Rose.

Tags
4 months ago
* Aqui Se Encontram Algumas Curiosidades E Pontos Importantes De Neslihan Para Melhor Compreensão Do

* aqui se encontram algumas curiosidades e pontos importantes de neslihan para melhor compreensão do seu todo !

além  da  causa  animal  e  feminista  ,  advoca  por  questões  de  raça  ,  gênero  e  sexualidade,  neurodivergência  ,  refugiados  e  meio-ambiente  !

por  mais  que  deseje  que  o  dia  tenha  72  horas  para  conseguir  realizar  tudo  o  que  precisa  ,  ainda  não  descobriu  o  segredo  para  o  tempo  ,  e  por  isso  é  extremamente  meticulosa  com  horários  e  compromissos  ! 

é  vegetariana  desde  tenros  seis  anos,  quando presenciou   cozinheiros  abaterem  inúmeros  animais  inofensivos  em  preparação  para  uma das muitas suntuosas festas que o pai promovia . desde  então  não  ingeriu  sequer  uma  lasanha que não fosse de vegetais . seu  objetivo  é  se  tornar  vegana  em  algum  momento  da  vida ,  mas  é  uma  ávida  consumidora  de tiramisu !

voluntária  na ong  animal de khadel  ,  já  adotou  após  o  resgate  ,  3  cachorros  ,  2  gatos  e  4  cavalos  de  corrida  que  mantém  muito  bem  acomodados  na  enorme  propriedade  herdada  da  mãe  ! 

da  herança  ,  manteve  em  seu  nome  quase que somente  o  lar  da  infância  materna  ,  intocado  pelo  amargor  paterno  ,  a grande parte restante  dividiu  em  doações  para  causas  necessitadas  e  sustenta-se  com  a  própria  profissão  !  

recentemente  foi  contratada  como  consultora  de  compliance  para a  prefeitura  de  khadel  ! 

apesar  da  paixão  correr  em  seu  sangue  por  tudo  o  que  faz  ,  a  mera  menção  de  laços  afetivos  para  além  dos  de  amizade ,  e  os  estritamente  físicos  ,  é  capaz  de  causar  intensa  reação  alérgica . metaforicamente  ,  claro . literalmente…  é  capaz  de  agressão  física  !

não significa no entanto que tem frieza em suas veias , não . consegue ser extremamente calorosa quando... estimulada !

o  diagnóstico  de  tpb  não  é  um  de  fácil  aceitação  e  ainda  que  tenha  recebido  tratamento  formal  antes  de  ingressar  na  faculdade  ,  é  relapsa  e  permite  que  pressões  do  passado  ,  e  presente  ,  a  consumam . é  mais  comum  vê-la  agindo  de  forma  impulsiva  do  que  não  ,  ainda  mais  quando  interligada  aos  seus  ideais  ,  e  em  constante  estado  de  auto  destruição  ! 

 lealdade  é  algo  que  construiu  ao  longo  dos  anos  como  um  traço  da  personalidade  além  dos  seus  moldes  ,  e  quando  afeiçoa-se  ,  o  improvável  é  o  limite  ! 

progressista  em  sua  visão  de  mundo  e  senso  social  ,  em  contrapartida  ,  é  incrivelmente  inflexível  após  tomar  decisões  acerca  do  caráter  alheio. dificilmente  sua  opinião  é  afetada  e  acha  que  suas  convicções  estão  um  pouco  acima  do  que  as  de  qualquer  outra  pessoa  !

rancor  é  um  sentimento  estranho  ,  postula  a  maioria  de  suas  reações  com  certa  efemeridade . procura  guardar  o  pior  de  si  aos  seus  oponentes  profissionais  e  aos  que  verdadeiramente  merecem  a  totalidade  do  seu  lado  negativo . volátil  ,  não  é  difícil  vê-la  esbravejando  com  alguém  próximo  de  si  para  dali  duas  horas  estar  se  desmanchando  em  risos  com  o  mesmo  !

o  desejo  pela  independência  emocional  foi  tão  grande  ,  que  hoje  ,  fecha-se  para  a  maioria  dos  sentimentos  além  da  superfície . mas  apesar  de  tal  máscara  ,  a  parte  de  si  que  ainda  necessita  de  constantes  afirmações  e  validações  é  a  sua  parte  que  mais  detesta  ,  mais  do  que  todas  as  outras  juntas  ! 

seu  passado  com  um  transtorno  alimentar ,  ao  contrário  do  tpb  ,  a  faz  muito  disciplinada  em  relação  à  alimentação  ,  mas  uma  porção  de  lokum  e  dois  ,  ou  dez  ,  pedaços  de  baklava  são  a  sua  ruína . o  paladar  doce  é  ao  mesmo  tempo  uma  benção  e  uma  maldição  ! 

consequência dos problemas com a imagem corporal , é assídua em seus treinos de tênis , o esporte uma excelente maneira de consumir toda a energia agressiva e caótica sobressalente de seu corpo e uma forma de manter o equilíbrio entre o físico e mental !

também  resquício  da  infância  e  adolescência  ,  traz  o  amor  pelo  hipismo , e cavalos , incorporado  no  seu  dia  a  dia  ! 

possui uma extensa coleção de miniaturas de cavalos nos mais diversos materiais , desde cristal à ouro e mármore . são presentes de amigos , de sua mãe , souvenirs de suas viagens e recordações de pessoas do mundo inteiro com quem se conectou por meio do ativismo !

acredita  no  espiritual  mais  do  que  no  divino  ,  cética  quanto  a  esse  ,  em  vidas  após  a  morte  e  energias  ! 

o assunto maldição é um tanto sensível . não se apega à noção de que uma cidade tenha sido amaldiçoada a desamar , uma vez que a concepção de amor é tão cômica quanto a existência de magia . a justificativa de tamanha miséria em relações românticas , para si , é simples : a natureza humana é intrinsecamente cruel , não amar é a tarefa mais fácil que alguém pode exercer !

 tem  um  dedo  verde  para  a  maioria  das  plantas  ,  legumes  e  vegetais  e  é  a  responsável  por  cultivar  a  impressionante  horta  e  jardins  espalhados  pelos  afastados  acres  onde  sua  residência  se  localiza  ! 

a tatuagem que leva logo abaixo da nuca foi realizada em uma noite particularmente difícil , após o abuso de substâncias lícitas e uma difícil discursão que trouxe à tona antigas , mas recorrentes , feridas quanto à sua relação com a mãe . a libélula com asas translúcidas e peroladas , uma verdadeira obra de arte , que adorna sua dorsal é homenagem à münevven . de beleza etérea , a recordou da mais velha , assim como a fragilidade resiliente , análoga à mesma . é símbolo também de liberdade , para recordá-la de que agora a mulher está eternamente livre !

@khdpontos


Tags
3 months ago

SMS to : ace

✉️ : se você diz... mas meus olhos sabem exatamente o que viram ✉️ : bom , podia fazer como eu faço e sair dessa cidade vez ou outra ✉️ : iria te fazer um bem absurdo , garanto ✉️ : uhm , talvez porque você estava em um encontro e parecia estar aproveitando ? ✉️ : e eu também estava meio que ocupada tentando lidar com camilo ✉️ : roupas sociais ? absolutamente não . mas se não foi você que escolheu... ✉️ : e não fui eu que te ajudei... ✉️ : quem foi ? ✉️ : como assim que tipo de aposta ? apostas são apostas , ele tinha direito a escolher o que quisesse ✉️ : e felizmente escolheu apenas um jantar ✉️ : aplaudi-lo por qual motivo exatamente ? ✉️ : francamente , eu esperava mais da sua confiança em mim , aaron ✉️ : mas claro que você ficaria impressionado com ele , homens sempre apoiam homens afinal , não é mesmo ?

📲 [aaron]: primeiro de tudo, sem exagero. eu não estava sorrindo abertamente.

📲 [aaron]: eu só não posso fazer nada se quase nunca tem gente nova nessa cidade.

📲 [aaron]: até pq, não sei se você se lembra, mas eu trabalho em um bar. é minha obrigação saber as coisas.

📲 [aaron]: segundo, se você me viu, por que diabos não falou nada?

📲 [aaron]: e "incrível em roupas sociais"? agora eu tô ofendido. você não acha que eu consigo escolher uma boa roupa sozinho?

📲 [aaron]: nes, nes, nes...

📲 [aaron]: eu percebi aqui o q você está fazendo. não tente mudar de assunto. Ricci ganhou uma aposta? que tipo de aposta? e por que você aceitou isso?

📲 [aaron]: sério, nes. não acredito que você caiu em uma do Milo...infelizmente, vou ter que aplaudir ele por isso


Tags
3 months ago

por mais que tudo em khadel parecesse mergulhado no caos , a gökçe não podia simplesmente permitir que o restante do mundo cedesse ao mesmo estado de histeria . os olhos ardiam em cansaço , resultado de um dia extenuante de reuniões consecutivas — começando na prefeitura e terminando com a tarde , e noite , em sua alma mater . respirar o ar expansivo de siena , que um dia chamara de lar , trazia um misto de familiaridade e sufoco , como se ao deixar a atmosfera de khadel fosse posto um fardo em seus pulmões , comprimindo-os e corroendo o tecido aos poucos . àquela altura , o junior elettrica parecia quase capaz de dirigir sozinha no trajeto entre as duas cidades e ela mal notava o velocímetro ultrapassar os limites italianos , mas também não se importava . a estrada , vazia e envolta em um silêncio inquietante , a recordava de um cenário de thriller , e o isolamento contribuía para a tensão palpável de pairava no ar .

foi então que um borrão de luz na mesma faixa que percorria capturou seu olhar , trazendo uma pontada de consternação . movendo o carro para o acostamento , o motor elétrico permanecia tão silencioso quanto a noite . só quando a figura encoberta pela escuridão virou-se em sua direção com agressividade perceptível , a lanterna revelando uma arma no aperto firme de mãos pálidas , que neslihan deu-se conta da extensão do risco que corria . sozinha , à beira de uma estrada , à noite . deveria ter ponderado melhor , e atribuía a falta de discernimento ao cansaço esmagador e os últimos dias que pesavam sobre cada terminação nervosa de seu corpo , ainda que adrenalina começasse a entrar em suas veias . mas então o tom feminino alcançou seus tímpanos , e os ombros relaxaram suavemente . ❝ bom , eu estava prestes a oferecer ajuda , mas se tem tudo sob controle , posso simplesmente seguir meu caminho... ? ❞ semicerrou as pálpebras contra o incômodo causado pela claridade do celular , que parecia perfurar sua retina . então a silhueta tornou-se reconhecível . o simples vislumbre foi suficiente para trazer à tona a memória da revelação da maldita cachoeira que tentava suprimir , um arrepio resvalando em sua espinha . ❝ ei , maxine . não percebi que era você... e então ? ❞ com o polegar indicou o próprio veículo , enquanto uma das palmas tentavam conter o brilho excessivo de incomodar ainda mais os olhos .

Por Mais Que Tudo Em Khadel Parecesse Mergulhado No Caos , A Gökçe Não Podia Simplesmente Permitir

@khdpontos

max voltava do hospital em destino a khadel para descansar do dia tão caótico e cansativo, seus pés pareciam brasas de tão quentes e latejantes, mas, o que estava lhe incomodando mais era a fome. por um momento lembrou-se de que não tinha uma unidade de pão em sua casa para poder comer e precisaria ir até algum local para comer. o caminho era tranquilo, uma estrada bem iluminada e familiar, mesmo se mudando a pouco tempo e ficando poucos anos de sua infancia por lá ela sentia bastante familiariedade. ouvia uma playlist de relaxamento quando seu carro começou a engasgar até parar, max girou a chave do carro algumas vezes pisando na embreagem e o mesmo nem sinal. a morena desceu do carro, já havia desistido dos seus sapatos e seus pés tocavam o chão. ao abrir o capô para verificar se havia algo de errado, suspeitou que pudesse ser algo relacionado com a bateria e torcia para não ser o motor. com muita dificuldade em enxergar, max tinha a lanterna de seu celular ligada e em poucos segundos ouvira passos proximos em sua direção, ela virou-se para trás sacando da chave de seu carro, destampando um canivete disfarçado pelo chaveiro. "o que você quer?" levantou seu celular para iluminar o local e aliviou-se por ser um rosto conhecido.

Max Voltava Do Hospital Em Destino A Khadel Para Descansar Do Dia Tão Caótico E Cansativo, Seus Pés

ou comente um emoji para um starter fechado!


Tags
Loading...
End of content
No more pages to load
  • neslihvns
    neslihvns reblogged this · 3 months ago
  • khadelrp
    khadelrp reblogged this · 3 months ago
  • graziellz
    graziellz reblogged this · 3 months ago
  • neslihvns
    neslihvns reblogged this · 3 months ago
  • graziellz
    graziellz reblogged this · 3 months ago
  • neslihvns
    neslihvns reblogged this · 4 months ago
  • neslihvns
    neslihvns reblogged this · 4 months ago
  • miloricci
    miloricci reblogged this · 4 months ago
  • neslihvns
    neslihvns reblogged this · 4 months ago
neslihvns - 𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice
𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice

𝒕𝒉𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒗𝒊𝒔𝒕 ! neslihan gökçe , 29 , human rights lawyer . can you hear my heart beating like a hammer ?

66 posts

Explore Tumblr Blog
Search Through Tumblr Tags